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19 de ago. de 2014

O SENTIDO CRISTÃO DOS BENS

68.
O SENTIDO CRISTÃO DOS BENS
– Os bens da terra devem ordenar‑se para o fim sobrenatural do homem.
– A riqueza e os talentos pessoais devem estar a serviço do bem. Como é a pobreza de quem vive no meio do mundo e deve santificar‑se nos afazeres temporais.
– Desenvolver os talentos que o Senhor nos deu para o bem dos outros.
I. OS APÓSTOLOS VIRAM com pena como o jovem que não quis abandonar as suas riquezas para seguir o Mestre se retirava. Viram‑no partir com essa tristeza característica dos que não querem corresponder ao que Deus lhes pede.
Nesse clima, enquanto retomavam a caminhada, o Senhor disse‑lhes: É difícil a um rico entrar no reino dos céus. E acrescentou:Digo‑vos mais: é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus. Os discípulos ficaram muito admirados1.
Quem põe o seu coração nos bens da terra torna‑se incapaz de encontrar o Senhor, porque o homem pode ter como fim a Deus, a quem alcança através das coisas materiais utilizadas como simples meios que são, ou escolher as riquezas como meta da sua vida, nas suas diversas manifestações de desejo de luxo, de comodidade, de possuir mais... O coração orienta‑se de acordo com um desses fins. Quem o tem repleto de bens materiais não pode amar a Deus: Não se pode servir a Deus e às riquezas2, ensinou o Senhor em outra ocasião.
O termo arameu original que o Senhor utilizou para referir‑se às riquezas foi Mammon, que “designa com irrisão um ídolo. Por que se trata de um ídolo? Por um duplo motivo. Em primeiro lugar, porque um ídolo é um substitutivo de Deus; trata‑se de escolher um ou outro [...]. Em segundo lugar, pelo seu conteúdo. Além do dinheiro, simples unidade monetária, o ídolo Mammon simboliza um instrumento da vontade de poder, um meio de posse do mundo, uma expressão da avidez de coisas e também uma distorção das relações dos homens entre si. O domínio que o ídolo exerce sobre o homem opõe‑se ao que é próprio da pessoa humana, criada à imagem e semelhança de Deus, e portanto à sua relação com o Criador”3.
Quem concentra os seus desejos nas coisas da terra como se fossem um bem absoluto, comete uma espécie de idolatria4, corrompendo a sua alma como a corrompe com a impureza5, e, com freqüência, acaba por unir‑se aos “príncipes deste mundo”, que se levantam contra Deus e contra o seu Cristo6.
O amor desordenado pelos bens materiais, sejam poucos ou muitos, é um gravíssimo obstáculo para o seguimento de Cristo, como se observa no episódio do jovem rico e nas palavras duras e enérgicas com que o Senhor condena o mau uso das riquezas. Por isso, o cristão deve examinar com freqüência se está realmente desprendido das coisas da terra, se aprecia mais os bens da alma que os do corpo, se utiliza os seus bens para fazer o bem, se eles o aproximam ou antes o separam de Deus, se é austero nas suas necessidades pessoais, fugindo dos gastos supérfluos, dos caprichos, das falsas necessidades. Que pena se alguma vez não víssemos Jesus que passa ao nosso lado por termos o coração posto em coisas que em breve deveremos deixar! Coisas que valem tão pouco em comparação com as riquezas sem limites que Cristo dá aos que o seguem!
II. O CRISTÃO QUE VIVE no meio do mundo não deve esquecer, no entanto, que os bens materiais em si mesmos são bens que ele deve produzir em benefício da sua família e da sociedade, das boas obras que mantém com o seu esforço, e que lhe cabe santificar‑se com eles. Nada mais distante do verdadeiro espírito de pobreza laical que a atitude encolhida de quem vê com medo o mundo e as suas riquezas. O verdadeiro progresso e o desenvolvimento – também material – são bons e queridos por Deus. E o Senhor não pregou nunca nem a sujidade nem a miséria. Todos temos de lutar, na medida das nossas possibilidades, contra a pobreza, a miséria e qualquer situação de indigência que degrade o ser humano.
A pobreza do fiel cristão, que deve santificar‑se no meio das suas tarefas seculares, não depende de uma circunstância meramente exterior: de ter ou não ter bens materiais. É algo mais profundo que afeta o coração, o espírito do homem; consiste em ser humilde diante de Deus, em sentir‑se sempre necessitado diante dEle, em ser piedoso, em ter uma fé rendida que se manifesta nas obras e na vida.
Se se possuem essas virtudes e além disso abundância de bens, a atitude do cristão deve ser a do desprendimento, da caridade generosa. E quanto àquele que não possui bens materiais abundantes, nem por isso está justificado diante de Deus, se não se esforça por adquirir as virtudes que constituem a verdadeira pobreza. Na sua escassez, pode manifestar também a sua generosidade, o seu domínio sobre as coisas, e estar desprendido do pouquíssimo de que dispõe.
Jesus esteve muito perto dos pobres, dos doentes, dos que passavam necessidade, mas entre os mais chegados à sua pessoa não faltaram pessoas de fortuna mais ou menos considerável. As mulheres que o sustentavam com os seus bens eram pessoas de posses. Alguns dos Apóstolos, como Mateus ou os filhos de Zebedeu, tinham alguns meios econômicos. José de Arimatéia, que é mencionado expressamente como discípulo do Senhor, era um homem rico7; ele e Nicodemos tiveram o privilégio de receber o Corpo morto de Jesus8, para cujo sepultamento este último trouxe uma grande quantidade de aromas (umas cem libras, mais de trinta quilos!). A família de Betânia, pela qual Jesus nutria uma especial amizade, era, provavelmente, de bom nível social, pois foram muitos os judeus que acudiram à sua casa quando da morte de Lázaro. O Senhor faz‑se convidar por Zaqueu, que o recebe em sua casa, e admite‑o entre os seus seguidores9. As próprias roupas de Jesus eram de bom preço, pois vestia uma túnica inconsútil, orlada...
“Os bens da terra não são maus; pervertem‑se quando o homem os erige como ídolos e se prostra diante deles; enobrecem‑se quando os convertemos em instrumentos a serviço do bem, numa tarefa cristã de justiça e de caridade. Não podemos correr atrás dos bens materiais como quem vai à busca de um tesouro; o nosso tesouro [...] é Cristo, e nEle se devem concentrar todos os nossos amores [...]”10. Ele é o verdadeiro valor que define toda a nossa vida. Temos de imitá‑lo nas nossas circunstâncias pessoais. E nunca devemos dar por subentendido que já estamos desprendidos dos bens, porque a tendência de todo o homem, de toda a mulher, é fabricar os seus próprios ídolos, criar “necessidades desnecessárias”, sem tomar em consideração que “o homem, ao usá‑las, não deve ter as coisas que possui legitimamente como exclusivamente suas, mas também como comuns, no sentido de que não são proveitosas apenas para ele, mas também para os outros”11.
Examinemos hoje a retidão com que usamos os bens e se temos o coração posto no Senhor, desapegado do muito ou do pouco que possuímos, tendo em conta que “um sinal claro de desprendimento é não considerar – de verdade – coisa alguma como própria”12.
III. DEVEMOS DESENVOLVER sem medo, sem falsa modéstia nem timidez, todos os talentos que o Senhor nos deu; pôr em ação todas as nossas energias para que a sociedade progrida e seja cada vez mais humana, e se dêem as condições necessárias para que todos os homens tenham uma vida digna, própria dos filhos de Deus. Temos de aprender a dar do que é nosso, a fomentar e a ajudar instituições e fundações que elevem e redimam o homem da sua falta de cultura ou das suas condições menos humanas. Temos de procurar, na medida das nossas forças e sempre com o nosso exemplo, que deixem de existir essas desigualdades e diferenças sociais que bradam ao céu: por um lado, pessoas que lutam diariamente por sobreviver; por outro, desperdícios e esbanjamentos escandalosos que ofendem a criatura e o Criador.
São muitas as dificuldades que se levantam a quem se dispõe a viver o ideal da pobreza cristã: dificuldades internas – no nosso coração, em que subsistem as raízes do egoísmo, da posse desordenada e da ostentação – e externas – as de um ambiente lançado desenfreadamente na busca dos bens de consumo. Este ambiente externo, que traz às costas uma forte carga de sensualidade, “é o «caldo de cultura» propício para que proliferem os desvios morais de todos os tipos: o erotismo, a exaltação do prazer cultivado por si mesmo, a degradação pelo abuso das bebidas alcoólicas e das drogas, etc. É evidente que tais excessos surgem como conseqüência da profunda insatisfação que o homem experimenta quando se afasta de Deus [...]. O resultado salta à vista: homens e mulheres – incontáveis já – desprovidos de ideais, sem critério nem sentido claro das coisas da vida”13, que se levantam contra o Senhor e contra o seu Cristo.
O fim do cristão nesta vida não pode ser enriquecer‑se, acumular bens, possuir tanto quanto puder. Isso levaria ao maior empobrecimento da sua pessoa. A temperança na posse e no uso dos bens dá ao cristão uma maturidade humana e sobrenatural que lhe permite seguir Cristo de perto e realizar um grande apostolado neste mundo. É necessário oferecer à sociedade um exemplo firme de austeridade que a tire da cegueira em que pode encontrar‑se e lhe sirva de apoio para arrepiar caminho. Comecemos nós mesmos por ser desses homens heróicos – basta um punhado deles – que “põem em desprezar as riquezas o mesmo empenho que os homens põem em possuí‑las14.
A Virgem, que soube viver como ninguém esta virtude da pobreza, ajudar‑nos‑á hoje a formular um propósito bem concreto, que talvez consista em corrigir detalhes, ou talvez nos leve generosamente a rever toda a nossa vida, de alto a baixo, para imitarmos verdadeiramente o Senhor, que, sendo rico, se fez pobre15.

Dilma faz uso perfeito do 'dilmês' no Jornal Nacional

Dilma faz uso perfeito do 'dilmês' no Jornal Nacional

Presidente-candidata abusou de frases longas e rodeios e se esquivou dos temas mais espinhosos – em alguns casos, simplesmente porque não respondeu

Presidente Dilma Rousseff é entrevistada no Jornal Nacional
DILMÊS APLICADO – A presidente-candidata Dilma Rousseff em entrevista ao Jornal Nacional: rodeios e respostas confusas (Reprodução/TV Globo)
Em entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo, nesta segunda-feira, a presidente-candidata Dilma Rousseff lançou mão do mais puro dilmês: frases longas e confusas, engatadas umas nas outras. Por mais de uma vez, ela insistiu em concluir suas longas explanações: "Só um pouquinho, Bonner", dizia. Dilma ultrapassou em quase 50 segundos o tempo de 15 minutos destinado a ela. Mas desta vez o dilmês pode ter jogado a seu favor. Numa sala do Palácio da Alvorada, e não nos estúdios da Rede Globo, os entrevistadores — além de Bonner, Patricia Poeta — só conseguiram lhe fazer quatro perguntas. Se da entrevista não resultou nenhum slogan de campanha, ela tampouco será lembrada por uma frase negativa, com o reconhecimento de um erro ou malfeito. Diante das interpelações mais duras, Dilma se escondeu atrás de sua barragem de frases. 
Na primeira pergunta, William Bonner tratou dos muitos escândalos do governo petista e perguntou se era difícil escolher pessoas honestas para preencher os cargos do governo. A presidente não respondeu diretamente: optou por tratar das instâncias de combate à corrupção. "Nós fomos o governo que mais estruturou os mecanismos de combate à corrupção, a irregularidades e malfeitos", disse ela, que também minimizou os escândalos. "Nem todas as denúncias de escândalo resultaram em realmente a constatação que a pessoa tinha de ser punida e seria condenada".
A petista também se escudou convenientemente no cargo e foi evasiva quando o apoio do PT aos mensaleiros condenados por currupção pelo Supremo Tribunal Federal foi colocado em pauta: "Eu não vou tomar nenhma posição que me coloque em confronto, conflito, ou aceitando ou não (sic). Eu respeito a decisão da Suprema Corte brasileira. Isso não é uma questão subjetiva".

Em seguida, Dilma afirmou que a troca de César Borges por Paulo Sérgio Passos no Ministério dos Transportes – uma exigência do PR, envolvido em casos de corrupção na própria pasta, para apoiar a reeleição da petista – foi feita com base na integridade do nome indicado pela sigla. "Os partidos podem fazer exigências. Mas eu só aceito quando considero que ambos são pessoas íntegras e não só integras, são competentes", afirmou.

Quando o assunto foi economia, a estratégia foi a mesma: William Bonner perguntou se o governo não havia errado em nenhum momento na reação à crise internacional. A resposta foi o discurso-padrão apresentado pela presidente nos últimos meses: "Nós enfrentamos a crise pela primeira vez no Brasil não desempregando, não arronchando salário, não aumentando tributos e sem demitir", disse ela.
Em um dos poucos momentos significativos da entrevista, a presidente acabou admitindo que a saúde não está em padrões minimamente razoáveis: "Não acho", disse ela, antes de desandar a falar sobre o Mais Médicos, uma das bandeiras de sua campanha.

Já com o tempo estourado, Dilma ainda tentou pegar carona na comoção que tomou o país com a morte do candidato do PSB, Eduardo Campos, cuja frase final no Jornal Nacional – "Não vamos desistir do Brasil" –virou lema do PSB. "Eu acredito no Brasil", disse Dilma, que foi interrompida uma última vez enquanto tentava pedir votos aos eleitores.
 

Arcebispo de Mosul: “Perdi minha Diocese para o Islã – Vocês no Ocidente também serão vítimas dos muçulmanos”.


Arcebispo de Mosul: “Perdi minha Diocese para o Islã – Vocês no Ocidente também serão vítimas dos muçulmanos”.

Igreja Ortodoxa Armênia em Raqqa, Síria, atualmente escritório do ISIS.
Nossos sofrimentos de hoje são o prelúdio daqueles que vocês, europeus e cristãos ocidentais, também sofrerão no futuro próximo. Perdi minha diocese. O local físico do meu apostolado foi ocupado por radicais islâmicos que nos querem convertidos ou mortos. Porém, minha comunidade ainda está viva. 
Por favor, tentem nos compreender. Aqui os seus princípios liberais e democráticos não valem coisa alguma. Vocês devem considerar novamente a nossa realidade no Oriente Médio, porque vocês estão acolhendo em seus países um número cada vez maior de muçulmanos. Vocês também estão em perigo. Vocês devem tomar decisões fortes e corajosas, mesmo ao custo de contradizer os seus princípios. Vocês pensam que todos os homens são iguais, mas isso não é verdade: o Islã não diz que todos os homens são iguais. Os seus valores não são os deles. Se vocês não compreenderem essa realidade o suficiente, vocês se tornarão as vítimas do inimigo que acolheram em sua casa.
Dom Amel Nona
Arquieparca Católico Caldeu de Mosul, atualmente exilado em Erbil
14 de agosto de 2014

18 de ago. de 2014

Para conhecer e amar a Igreja católica.



''Não há mais que uma centena de pessoas nos Estados Unidos que odeiam a Igreja Católica. Há milhões, no entanto, que odeiam o que erroneamente acreditam ser a Igreja Católica – e isto é, claramente, algo bem diferente.
Estes milhões dificilmente podem ser culpados por odiar católicos porque católicos ‘adoram imagens’; porque católicos ‘põem a Virgem Maria no mesmo nível que Deus’ por que eles falam que ‘indulgência é uma permissão para cometer pecado’; porque o Papa ‘é um fascista’; porque a ‘Igreja é uma defensora do capitalismo’.
Se a Igreja ensinasse ou acreditasse em qualquer uma dessas coisas ela deveria ser odiada, mas o fato é que a Igreja não acredita nem ensina nenhuma delas.Segue então que o ódio de milhões é direcionando contra o erro e não contra a verdade.Aliás, se nós católicos acreditássemos em todas as inverdades e mentiras que contam sobre a Igreja, nós provavelmente a odiaríamos mil vezes mais do que eles a odeiam.
Se eu não fosse um católico e estivesse buscando a verdadeira Igreja no mundo de hoje, eu iria procurar por aquela Igreja que não se dá bem com o mundo. Em outras palavras, eu procuraria pela Igreja que o mundo odeia.Minha razão para fazer isso seria que se Cristo estivesse em alguma das igrejas do mundo de hoje, Ele deveria ainda ser odiado como Ele foi odiado quando estava na terra em carne.
Se você deseja encontrar Cristo hoje, então encontre a Igreja que não se dá bem com o mundo. Procure pela Igreja que é odiado pelo mundo, assim como Cristo foi odiado pelo mundo. Procure pela Igreja que é acusada de estar atrasada no tempo, como Nosso Senhor foi acusado de ser um ignorante e de nunca ter aprendido.
Procure pela Igreja que os homens zombam por ser socialmente inferior, do mesmo modo que eles zombaram de Nosso Senhor por Ele ser de Nazaré.
Procure pela Igreja que é acusada de possuir o demônio, como Nosso Senhor foi acusado de estar possuído por Belzebu, o Príncipe dos demônios.
Procure pela Igreja que, em ocasiões de fanatismo,os homens dizem que deve ser destruída em nome Deus, do mesmo modo que os homens crucificaram Cristo pensando estar fazendo um serviço a Deus.
Procure pela Igreja que o mundo rejeita porque alega ser infalível, como Pitalos rejeitou Cristo porque Ele chamou a si mesmo de Verdade.
Procure pela Igreja que é rejeitada pelo mundo como Nosso Senhor foi rejeitado pelos homens.
Procure pela Igreja que, no meio de uma confusão de opiniões contrárias, possui membros que a amam como amam a Cristo, e que respeita sua voz como respeita a voz do seu Fundador, e sua suspeita irá crescer de que se a Igreja é tão impopular com o espírito desse mundo,é porque não é desse mundo, é do outro mundo.
E desde que é do outro mundo é infinitamente amada e infinitamente odiada como foi o próprio Cristo.
Mas apenas o que é divino pode ser infinitamente
odiado e infinitamente amado. Então a Igreja é Divina. Assim, se o ódio sobre a Igreja é fundado em crenças errôneas, segue que a necessidade básica do momento é instrução.
Amor depende de conhecimento, uma vez que não podemos aspirar nem desejar o desconhecido.
Nosso grande país é repleto daquilo que podemos chamar Cristãos marginais, isto é, aqueles que vivem à margem da religião e que são descendentes de pais Cristãos, mas que agora são Cristãos apenas no nome. Eles retém alguns dos ideais cristãos apenas por indolência ou por força do hábito; eles sabiam a gloriosa história do Cristianismo apenas através de certas formas retiradas dela, mas que se casaram com o espírito dos tempos e estão agora morrendo com ele. Sobre o Catolicismo e seus sacramentos, seu perdão, sua graça, sua certitude e sua paz, eles nada sabem exceto alguns preconceitos herdados. E ainda assim, eles são boas pessoas que querem fazer a coisa certa, mas que não têm uma filosofia definida sobre isso. Eles educam seus filhos longe da religião, mas ainda ressentem o compromisso moral de seus filhos. Eles ficam com raiva se você os dissesse que não são Cristãos, mas ainda assim eles não acreditam que Cristo é Deus. Eles ressentem-se aos serem chamados de pagãos e ainda assim eles nunca tomam um conhecimento prático da existência de Deus. Há apenas uma coisa sobre a qual eles estão certos:  de que as coisas não estão certas do modo como estão.
E é esta única certeza que os tornam o que pode ser chamado de grandes ‘potenciais’, já que eles estão prontos para serem puxados para uma de duas direções. Em um curto espaço de tempo eles devem escolher um lado; eles devem ou se unirem a Cristo ou se espalharem; eles devem estar com Ele ou contra Ele; eles devem estar na Cruz como outros Cristos ou abaixo dela, como outros executores. Para qual direção esses Cristãos marginais irão?
A resposta depende daqueles que têm fé. Como as multidões que seguiam Nosso Senhor pelo deserto, esses cristãos são ovelhas sem pastor. Eles estão esperando para ser guiados junto com as ovelhas ou com a cabras. Apenas uma coisa é certa: sendo humanos e possuindo coração, eles querem mais que luta de classes e economia, eles querem Vida, eles querem Verdade e eles querem Amor. Em uma palavra, eles querem a Cristo.
É para esses milhões que acreditam em coisas erradas contadas sobre a Igreja e para esses Cristãos marginais que esse pequeno livro é destinado. Não para provar que eles estão ‘errados’, nem para provar que nós estamos ‘certos’, mas sim para apresentar a verdade de modo que a verdade possa crescer através da graça de Deus. Quando homens estão famintos, ninguém precisa dizer-lhes para evitar venenos, nem para comer porque há vitaminas nesse alimento. O que alguém precisa fazer é ir a eles e dizer-lhes que estão famintos e dar-lhes o pão, e a partir daí as leis da natureza cuidará do resto. Este livro de ‘Respostas de rádio’ com 1588 questões e respostas aparece como uma missão similar. Seu principal desafio não é humilhar os errados, nem glorificar a Igreja Católica como intelectual e autoprobante, mas apresentar a verdade de uma maneira calma e clara, de modo que, pela graça de Deus, almas possam vir para o abençoado abraço de Cristo.
Não é o único ponto do livro provar que a Igreja Católica é a única igreja existente  capaz de satisfazer a alma completamente, mas também mostrar que é a única Igreja que nos dias de hoje que pode remontar seu passado ao tempo de Cristo. A História é bastante precisa nesse ponto, e é curioso quantas mentes não percebem essa obviedade.
 Portanto, quando vocês, os leitores de ‘Radio Replies’ no século XX, desejarem saber sobre Cristo, sobre Sua Igreja primitiva e sobre Seus mistérios, nós pedimos a vocês que não apenas partam para os registros escritos, mas para a Igreja viva que começa com o próprio Cristo. E  Esta Igreja, este Corpo Místico, que está viva todos esses séculos que é a base de nossa fé e, para nós católicos, Ela fala assim:
 ‘’Eu vivo com Cristo. Eu vi Sua Mãe e eu sei que era uma Virgem, e a mais amável e pura de todas as mulheres do céu ou da terra; Eu vi Cristo na Cesaréia quando, após mudar o nome de Simão para Pedro, Ele disse a este que este era a pedra sobre a qual sua Igreja seria construída e que duraria até o fim do mundo.Eu vi Cristo pregado numa cruz e eu O vi ressuscistar de seu túmulo, Eu vi Maria Madalena correr para os Seus pés; eu vi os anjos vestidos de branco ao lado da grande pedra; eu estava na sala do Cenáculo quando Tomé duvidou e pôs seus dedos nas Suas mãos; Eu estava nas Oliveiras quando Ele ascendeu aos céus e prometeu enviar Seu Espírito aos apóstolos para fazer neles a fundação do Seu novo Corpo Místico na terra. Eu estava no apedrejamento de Estevão e vi Saulo segurar as vestes daqueles que o mataram, e, mais tarde, eu escutei Saulo como Paulo, pregando o Cristo e Sua crucificação. Eu testemunhei a decapitação de Pedro e de Paulo em Roma, e com meus próprios olhos vi dezenas de milhares de mártires tingindo de vermelho as areias com seu próprio sangue, em vez de negar a fé que receberam de Pedro e de Paulo.
Eu estava viva quando Bonifácio foi enviado para a Alemanha, quando Agostinho de Cantuária foi enviado para Inglaterra, Cirilo e Metódio para as Pólis e Patrício para a Irlanda. No início do século nove eu lembro Carlos Magno coroado como rei em assuntos temporais assim como o sucessor de Pedro é reconhecido como supremo em assuntos espirituais. No século treze eu vi grandes pedras clamando em tributo a mim e explodindo em Catedrais Góticas; nas sombras dessas mesmas paredes eu vi imensas catedrais do pensamento surgirem na prosa de Aquino e Boaventura e na poesia de Dante.
No século dezesseis eu vi meus filhos amaciados pelo espírito do mundo deixar a casa do Pai e reformar a fé em vez de reformar a disciplina, o que os traria de volta ao meu abraço; no último século e no começo deste eu escutei o mundo falar que não me aceitaria porque eu estava atrás no tempo. Eu não estou atrás no tempo, eu estou nos seus bastidores. Eu adaptei-me em toda forma de governo que o mundo conheceu; vivi com Césares e reis, tiranos e ditadores, parlamentares e presidentes, monarquias e repúblicas. Eu dei boas-vindas a cada avanço da ciência, e se não fosse por mim os grandes registros do mundo pagão não teriam sido preservados. É verdade que eu não mudei minha doutrina, mas isso é porque a doutrina não é minha mas Daquele que Me enviou. Eu mudei minhas vestimentas que pertencem ao tempo, mas não o meu espírito, que pertence à eternidade. No curso da minha longa vida eu vi tantas novas ideias se tornando velhas, que eu sei que cantarei um réquiem para as ideias modernas de hoje, como eu cantei para as ideias modernas do século passado.
 Eu celebrei o 1900° aniversário da morte do meu Redentor e ainda assim eu não sou mais velha agora do que antes, porque meu Espírito é Eterno, e o Eterno nunca envelhece. Eu sou o  Personagem permanente dos séculos. Eu sou a contemporânea de todas as civilizações. Eu nunca estou fora de data, porque sou sem data; nunca fora de tempo, porque sou atemporal. Eu tenho quatro grandes marcas: sou Una, porque tenho a mesma Alma que tinha no início; eu sou Santa, porque essa Alma é o Espírito de Santidade; eu sou Católica, porque esse Espírito permeia todas as células vivas do meu corpo; eu sou Apostólica, porque minha origem é a mesma que vem de Nazaré, Galileia e Jerusalém. Eu irei crescer fraca quando meus membros se tornarem ricos e cessarem de orar, mas eu nunca irei morrer. Eu irei ser perseguida como eu sou perseguida agora no México e na Rússia; Eu irei ser crucificada como eu fui no Calvário, mas eu irei me erguer novamente, e finalmente quando o tempo não existir mais e eu tiver crescido toda minha estatura, então eu serei erguida aos céus como esposa da minha Cabeça, Cristo, onde as núpcias celestiais serão celebradas, e Deus será tudo em tudo, porque Seu Espírito é amor e amor é o paraíso’’
Traduzido gentilmente por João Marcos

23 de jun. de 2014

POR QUE O DEMÔNIO ODEIA MARIA?

diante de Maria. Eu agora vou dizer algo que pode chocar você um pouquinho: durante as orações de exorcismo, quando mencionamos o nome Maria para o demônio, ele se torna até mais furioso do que quando a gente menciona Jesus".
“Vou tentar explicar: eu não estou dizendo que ele tema mais a Maria do que a Jesus. O que eu estou dizendo é que ele se torna mais raivoso quando se menciona Maria do que quando se menciona Jesus. E a razão é a seguinte: ele sabe que Jesus é o filho de Deus. Ele sabe que Jesus o venceu. Apesar de ser tão orgulhoso ele sabe que precisa dobrar o joelho diante de Jesus. Mas ele não pode aguentar que Maria, uma criatura, uma criatura humana possa tê-lo vencido".
“Durante o exorcismo, Deus ordena ao demônio a dizer a verdade. Quando um exorcista pergunta ao demônio: 'por que você treme diante de Maria?'. Neste momento, Deus ordena ao demônio que responda. E que responda a verdade. E o demônio responde: 'eu odeio Maria porque ela é muito humilde'. O demônio não tem medo das pessoas que ficam gritando ao tentar expulsá-lo. Ele não se impressiona com gritaria. Ele é um espírito. Não tem ouvido. Então não há utilidade nenhuma ficar gritando".
"O demônio odeia a humildade. Ele não tem medo de gritaria, mas a humildade o apavora. Quanto mais humilde, mais ele treme. Exatamente porque ele é orgulhoso".
(Frei Elias Vella, padre exorcista da Ilha de Malta).
Nossa Senhora da Defesa, seja a nossa proteção!
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23 de abr. de 2014

CÉU: MORADA DOS SANTOS


“Nela jamais entrará algo de imundo”.

Nenhum pecador entrará no céu, mas somente os santos.
Não entrará no céu nada de impuro... nem os depravados, mentirosos, fornicadores, ladrões, adúlteros, beberrões, efeminados... mas somente os que estão inscritos no livro da vida, do Cordeiro.
As portas da Cidade santa estarão abertas durante o dia, ou seja, sempre, porque ali não haverá nunca mais noite, como tão pouco haverá nada impuro: só entrarão os santos.
Os verdadeiros cidadãos da Jerusalém celeste serão os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro, quer dizer, os eleitos: “Vi então os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono, e abriram-se os livros. Também foi aberto outro livro, o da vida. Os mortos foram então julgados conforme sua conduta, a partir do que estava escrito nos livros. O mar devolveu os mortos que nele jaziam, a Morte e o Hades entregaram os mortos que neles estavam, e cada um foi julgado conforme sua conduta. A Morte e o Hades foram então lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte: o lago de fogo. E quem não se achava inscrito no livro da vida foi também lançado no lago de fogo” (Ap 20, 12-15).
Para entrar no céu é preciso que cada pecador mude de vida... arranque do coração tudo aquilo que ofende ao Criador: “O céu é, pois, de quem se vence, de quem prefere guerrear o corpo em suas inclinações desordenadas, a ir expiar os seus desvarios nas penas eternas!” (Pe. Alexandrino Monteiro).
Não entrará no céu nada de profano. O adjetivo koivóv pode significar impuro (Is 52, 1; At 10, 14-28; 11, 8; Rm 14,14), porém, também profano(Mc 7, 2; Hb 10, 29),
Entrarão no céu somente os santos... os que morrerem com a Graça Santificante na alma, livres do pecado mortal.
A graça de Deus na alma é a “moeda” com que se compra a entrada no reino do céu. Quem morrer com a alma ornada dessa graça tem direito a entrar, porque Jesus Cristo nos fez herdeiros do reino que Ele conquistou para si com a morte na cruz.
O céu é o reino dos vivos. A graça é a vida da alma; logo, só aqueles que, ao separar-se do mundo, estão em estado de graça e amizade com Deus, lá têm entrada. Nem vale para entrar no céu ter possuído a vida sobrenatural, a quem na hora decisiva se achar dela despojado.
Salvar-se-ão somente os que praticarem a Palavra de Deus, que não forem simples ouvintes.
Para ser amigo de Jesus Cristo na outra vida, é preciso ter sido amigo d’Ele nessa vida passageira.

Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Anápolis, 06 de setembro de 2013

20 de abr. de 2014

O que vem depois da morte?


O que vem depois da morte?
Fonte: Mercaba.org
Autor Valerio Chávez Hernandez
Tradução: Rogério SacroSancttus
Esta é uma pergunta que todos nos fazemos... alguns dizem: "Depois da morte tudo se acaba". Outros pensam que o espirito segue vivendo e há quem acha que se vai passando de um estado a outro até chegar a perfeição. Outros dizem que se reencarna e assim alcançar a perfeição que apregoam os anteriores e outros (e neste grupo estão a maioria dos evangelicos) pensam que ainda que o espirito segue vivendo mas não sofre e nem goza; é como se estivesse num estado de semi-inconsciência. E apesar todos dizerem apoiar suas ideias na Biblia, a verdade é que somente tomam textos isolados sem ter em conta toda a Revelação.
Deus nos dá resposta a esta questão em sua Palavra. "...Como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo". Heb. 9:27. Este texto derruba por terra a ideia da reencarnação pois o homem não morre varias vezes mas uma única vez.
E o homem tem alma e corpo, espirito e materia e o corpo se destrói mas a alma segue vivendo. "Deus criou o homem para a imortalidade, e o fez à imagem de sua própria natureza.". Sab. 2:23. "E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.". Eclesiastes 12,7. "Não temais aqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temei antes aquele que pode precipitar a alma e o corpo na geena". Mt 10:28. "Jesus respondeu-lhe: Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso". Lc. 23:43. "Sinto-me pressionado dos dois lados: por uma parte, desejaria desprender-me para estar com Cristo - o que seria imensamente melhor" Fil. 1:23.
Jesus Cristo é "o caminho, a verdade e a vida" Jo. 14:6 e Ele assegura que o homem segue vivendo depois de sua morte. "Por outra parte, que os mortos hão de ressuscitar é o que Moisés revelou na passagem da sarça ardente (Ex 3,6), chamando ao Senhor: Deus de Abraão, Deus de Isaac, Deus de Jacó .Ora, Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos; porque todos vivem para ele". Lc. 20:37-38; Ex.3:6.
Não foi dito: "Eu fui" mas afirma claramente : "Eu sou" quer dizer, segue sendo seu Deus "Por que lhe parece incrivel que Deus ressucite aos mortos?".
" Pois, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E se Cristo não ressuscitou, é inútil a vossa fé, e ainda estais em vossos pecados. Também estão perdidos os que morreram em Cristo. Se é só para esta vida que temos colocado a nossa esperança em Cristo, somos, de todos os homens, os mais dignos de lástima. Mas não! Cristo ressuscitou dentre os mortos, como primícias dos que morreram!".Atos. 26:8; I Cor. 15:16-20.
Para Deus todos vivem e não estão insensiveis ou inconscientes, mas plenamente conscientes, sabendo e sentindo e portanto, gozan ou sofrem.
"E estando ele nos tormentos do inferno, levantou os olhos e viu, ao longe, Abraão e Lázaro no seu seio. Gritou, então: - Pai Abraão, compadece-te de mim e manda Lázaro que molhe em água a ponta de seu dedo, a fim de me refrescar a língua, pois sou cruelmente atormentado nestas chamas.". Lc. 16:23-24, Cf. Ap. 20:15, Mc. 9:47-49.
Haverá um dia em que todos os que se encontram mortos ressucitarão. Será o dia do juizo final.
"Tenho esperança em Deus, como também eles esperam, de que há de haver a ressurreição dos justos e dos pecadores.". Atos. 24:15. Jo 5:28-29.
"Mas, pela tua obstinação e coração impenitente, vais acumulando ira contra ti, para o dia da cólera e da revelação do justo juízo de Deus,que retribuirá a cada um segundo as suas obras ". Rom. 2:5-6.
Para os que fazem o esforço em seguir a Cristo, a gloria representa a etapa final de sua existência, uma etapa que durará para sempre. Deus Jesus:
"Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar. Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais." Jo 14:1-3. "Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, cremos também que Deus levará com Jesus os que nele morreram." 1 Tes. 4:14. "Nós, porém, somos cidadãos dos céus. É de lá que ansiosamente esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo" Fil. 3:20.
"Mas as almas dos justos estão na mão de Deus, e nenhum tormento os tocará.Aparentemente estão mortos aos olhos dos insensatos: seu desenlace é julgado como uma desgraça. E sua morte como uma destruição, quando na verdade estão na paz!". Sab. 3:1-3.
Esta formosa promessa de uma eternidade cheia de gozo só sera alcançada se procurarmos conhecer e viver como Cristo quer "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é que me ama. E aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e manifestar-me-ei a ele.". Jo. 14:21.
Como temos visto, depois da morte o corpo vai ao sepulcro enquanto a alma ou espirito segue vivendo na glória se a pessoa portou-se bem ou no sofrimento se ela portou-se mal.
"Assim, pois, consolai-vos mutuamente e edificai-vos uns aos outros, como já o fazeis. Porquanto não nos destinou Deus para a ira, mas para alcançar a salvação por nosso Senhor Jesus Cristo." 1 Tes. 5:11.9 "Tomai, enfim, o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a palavra de Deus. Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos. ". Ef. 6:17-18.
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14 de jan. de 2014

Qual e a Igreja verdadeira?

 

Diz Cristo: "Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja" (Mt 16,18).“Se não escutar a Igreja, seja ele para ti como gentio e publicano" (Mt 18,17). Cristo fala de um único rebanho e de um só pastor (Jo 10,16), de uma única videira (Jo 15), do reino dos céus na terra (Mt 13,24.47).
 Os Apóstolos falam de uma única Igreja, que Cristo amou e pela qual se entregou (Ef 5, 25.27.32), de um único corpo de Cristo (l Cor 12,20; Cl 1,18), de uma só esposa (Ap 21,9). Os coríntios se tinham dividido em partidos. São Paulo exclama: "Estará porventura Cristo dividido?" (l Cor 1,13).
Comenta Clemente de Alexandria: "Há um só Pai de todos, um único Verbo para todos e um só Espírito Santo que está em toda parte. E há, outrossim, uma só e única virgem mãe que eu chamo a Igreja".

A Igreja de Cristo é a Igreja Católica

Jesus Cristo, Nosso Salvador, fundou apenas uma Igreja, não várias, como é desejo dos hereges. Ele fundou a Igreja Católica Apostólica Romana: "Cabe ao Filho realizar, na plenitude dos tempos, o plano de salvação de seu Pai. este é o motivo de sua missão. O Senhor Jesus iniciou sua Igreja pregando a Boa Nova, isto e, o advento do Reino de Deus prometido nas Escrituras havia séculos" (Catecismo da Igreja Católica, 763).
Os pastores evangélicos, em geral, costumam apontar o dedo para o próprio peito dizendo serem eles a "pedra" sobre a qual Cristo Jesus fundou a Sua Igreja; outros bem mais "cultos" e "místicos", dizem que a "Igreja" está dentro do coração, e aquele que "aceitar" Jesus, pertence à Igreja de Nosso Senhor.
São Cipriano que não era herege, ambicioso nem enganador diz:"Cristo edifica a Igreja sobre Pedro. Encarrega-o de apascentar-lhe as ovelhas. A Pedro é entregue o primado para que seja uma Igreja e uma cátedra de Cristo. Quem abandona a cátedra de Pedro, sobre a qual foi fundada a Igreja, não pode pensar em pertencer à Igreja de Cristo" (De un. Eccl. cap. IV), e: "Pedro é o vértice, o chefe dos Apóstolos" (I Concílio de Nicéia).
Por mais que os hereges gritem, apontem o dedo e mentem, não dá para enganar aquele católico bem instruído; só escorregam em suas salivas, aqueles que se dizem católicos e que vivem às margens da Igreja:"Quando Jesus Cristo diz: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei A MINHA IGREJA, e as portas do inferno não prevalecerão contra ELA” (Mt 16, 18) a que Igreja se refere? Não é ao Protestantismo, nem a nenhuma Igreja protestante em particular, porque as Igrejas protestantes só começaram a existir no século XVI.
Refere-se, sem dúvida alguma, à IGREJA CATÓLICA; é fácil demonstrá-lo.
Logo nos inícios da Igreja, os seguidores de Cristo foram designados com o nome de cristãos. Assim podiam distinguir-se dos filósofos pagãos e dos judeus ou seguidores da sinagoga. Este nome de cristãos como se sabe, já vem na própria Bíblia, e tal denominação começou em Antioquia: “em Antioquia é que foram os discípulos denominados CRISTÃOS, pela primeira vez” (At 11, 26), “Então Agripa disse a Paulo: Por pouco me não persuade a fazer-me CRISTÃO” (At 26, 28). “Se padece como CRISTÃO, não se envergonhe; mas glorifique a Deus neste nome” (1Pd 4, 16).
Aconteceu, porém que, tão logo a Igreja começou a propagar-se, começaram a aparecer os hereges, seguindo doutrinas diversas daquela que tinha sido recebida dos Apóstolos, mas tomando o nome de cristãos, pois também criam em Cristo e d’Ele se diziam discípulos. Era preciso, portanto, um novo nome para designar a verdadeira Igreja, distinguindo-a dos hereges. E desde tempos antiquíssimos, desde os tempos dos Apóstolos, a Igreja começou a ser designada como IGREJA CATÓLICA, isto é, UNIVERSAL, a Igreja que está espalhada por toda a parte, para diferençá-la dos hereges, pertencentes à igrejinhas isoladas que existiam aqui e acolá. Assim é que já Santo Inácio de Antioquia, que foi contemporâneo dos Apóstolos, pois nasceu mais ou menos no ano 35 da era cristã e, segundo Eusébio de Cesaréia no seu Chrónicon, foi bispo de Antioquia, entre os anos 70 e 107, já Santo Inácio nos fala abertamente da Igreja Católica, na sua Epístola aos Esmirnenses: “Onde comparecer o Bispo, aí esteja a multidão, do mesmo modo que, onde estiver Jesus Cristo, aí está a IGREJA CATÓLICA” (Epístola aos Esmirnenses c 8, 2).
Outro contemporâneo dos Apóstolos foi São Policarpo, bispo de Esmirna, que nasceu no ano 69 e foi discípulo de São João Evangelista. Quando São Policarpo recebeu a palma do martírio, a Igreja de Esmirna escreveu uma carta que é assim endereçada: “A Igreja de Deus que peregrina em Esmirna à Igreja de Deus que peregrina em Filomélio e a todas as paróquias da IGREJA SANTA E CATÓLICA em todo o mundo”. Nessa mesma Epístola se fala de uma oração feita por São Policarpo, na qual ele “fez menção de todos quantos em sua vida tiveram trato com ele, pequenos e grandes, ilustres e humildes, e especialmente de toda a IGREJA CATÓLICA, espalhada por toda a terra” (c. 8).
O Fragmento Muratoriano que é uma lista feita no segundo século, dos livros do Cânon do Novo Testamento fala em livros apócrifos que “não podem ser recebidos na IGREJA CATÓLICA”.
São Clemente de Alexandria (também do século segundo) responde à objeção dos infiéis que perguntam: “como se pode crer, se há tanta divergência de heresias, e assim a própria verdade nos distrai e fatiga, pois outros estabelecem outros dogmas?” Depois de mostrar vários sinais pelos quais se distingue das heresias a verdadeira Igreja, assim conclui São Clemente: “Não só pela essência, mas também pela opinião, pelo princípio pela excelência, só há uma Igreja antiga e é a IGREJA CATÓLICA. Das heresias, umas se chamam pelo nome de um homem, como as que são  chamadas por Valentino, Marcião e Basílides; outras, pelo lugar donde vieram, como os Peráticos; outras do povo, como a heresia dos Frígios; outras, de alguma operação, como os Encratistas; outras, de seus próprios ensino, como os Docetas e Hematistas". (Stromata 1.7. c. 15). O mesmo argumento podemos formular hoje. Há uma só Igreja que vem do princípio: é a IGREJA CATÓLICA. As seitas protestantes, umas são chamadas pelos nomes dos homens que as fundaram, ou cujas opiniões seguem, como: Luteranos (de Lutero), Calvinistas (de Calvino), Zuinglianos (de Zuínglio), etc.
Outras, do lugar donde vieram: Igreja Livre Evangélica Sueca, Irmão de Plymouth;
Outras, de um povo: Anglicanos (da Inglaterra), Irmãos Moravos (da Morávia);
No século III, Firmiliano, bispo de Capadócia, diz assim: “Há uma só esposa de Cristo que é a IGREJA CATÓLICA” (Ep. De Firmiliano nº 14).
Na história do martírio de São Piônio (morto em 251) se lê que Polemon o interroga:
— Como és chamado?
— Cristão.
— De que igreja?
— Católica (Ruinart. Acta martyrum pág. 122 nº 9).
São Frutuoso, martirizado no ano 259, diz: é necessário que eu tenha em mente a IGREJA CATÓLICA, difundida desde o Oriente até o Ocidente” (Ruinart. Acta martyrum pág 192 nº 3).
Lactâncio, convertido ao cristianismo no ano 300, diz: “Só a IGREJA CATÓLICA é que conserva o verdadeiro culto. Esta é a fonte da verdade; do qual se alguém sair, está privado da esperança de vida e salvação eterna” (Livro 4º cap. III).
São Paciano de Barcelona (morto no ano 392) escreve na sua epístola a Simprônio: “Como, depois dos Apóstolos, apareceram as heresias e com nomes diversos procuram cindir e dilacerar em partes aquela que é a rainha, a pomba de Deus, não exigia um sobrenome o povo apostólico, para que se distinguisse a unidade do povo que não se corrompeu pelo erro?... Portanto, entrando por acaso hoje numa cidade populosa e encontrando marcionistas, apolinarianos, catafrígios, novacianos e outros deste gênero, que se chamam cristãos, com que sobrenome eu reconheceria a congregação de meu povo, se não se chamasse CATÓLICA? (Epísola a Simprônio nº 3). E mais adiante, na mesma epístola: “Cristão é o meu nome; CATÓLICO, o sobrenome”(idem nº 4).
São Cirilo de Jerusalém (do mesmo século IV) assim instruiu os catecúmenos “Se algum dia peregrinares pelas cidades, não indagues simplesmente onde está a casa do Senhor, porque também as outras seitas de ímpios e as heresias querem coonestar com o nome de casa do Senhor, as suas espeluncas; nem perguntes simplesmente onde está a igreja, mas onde está a IGREJA CATÓLICA; este é o NOME PRÓPRIO desta SANTA MÃE de todos nós, que é também a ESPOSA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO” (Instrução Catequética c. 18; nº 26).
Santo Agostinho (do séc V) dizia: “Deve ser seguida por nós aquela religião cristã, a comunhão daquela Igreja que é a CATÓLICA, e CATÓLICA, é chamada não só pelos seus, mas também por todos os seus inimigos” (Verdadeira religião c 7; nº 12).
E quando o Concílio de Constantinopla, no ano de 381, colocou, no seu Símbolo estas palavras: “Cremos na Igreja Una, Santa, CATÓLICA e Apostólica”, isto não constituía novidade alguma, pois já desde tempo antiquíssimo, se vinha recitando no Credo ou Símbolo dos Apóstolos: creio na Santa Igreja CATÓLICA.
Vemos, portanto, na história do Cristianismo, o contraste evidente entre aquela igreja que veio desde o princípio e logo se espalhou por toda a parte (Ide, pois, e ensinais todas as gentes – Mt 28, 19) e que desde o começo foi chamada CATÓLICA, segundo o que acabamos de demonstrar, e as heresias que foram aparecendo no decorrer dos séculos, discordando deste ou daquele ponto, inventadas por um homem qualquer, mas todas levadas de vencida pela Igreja, pois ou desapareceram por completo ou ficaram reduzidas em número de adeptos que logo mergulharam no esquecimento.
Chega esta Igreja ao séc. XVI. Aparece então Martinho Lutero, pretendendo afirmar que esta Igreja está completamente afogada no erro e é preciso fazer uma reforma doutrinária. Queremos aqui fazer apenas uma pergunta ao “inspirado” e “esclarecido” Lutero: “Como é que Cristo deixou durante tantos séculos a sua Igreja mergulhada completamente no erro, e só no séc. XVI fez aparecerem os “inspirados” e “esclarecidos” doutrinários da verdade: Onde está a Providência Divina com relação à obra de Deus que é a sua Igreja?
Se tal desastre se tivesse verificado, então teria falhado completamente a promessa de Cristo: “E as portas do inferno não prevalecerão CONTRA ELA” (Mt 16, 18).
“Nem toda a água do rio Elba daria lágrimas bastante para chorar a desgraça da Reforma” (Melanchton, amigo de Lutero)" (Lúcio Navarro, Legítima Interpretação da Bíblia).
Católico, tampe os ouvidos diante dos uivos dos lobos que trabalham furiosamente para arrancar-te do seio da Verdadeira Igreja, não lhes dê ouvidos, mas lembre-se com freqüência de que Cristo Jesus é o Santo Fundador da Única Igreja, e por mais que lancem pedras sobre ela, jamais a destruirão: "Cristo é o único Senhor da Igreja. Ela lhe pertence, pois é ele quem a edifica. É Pedro, porém, quem lhe guarda as chaves - para abrir - fechar - cerrar - excluir. Inimigos ardilosos, que a não conseguiram suplantar em campo aberto - tentarão - introduzir-se à socapa em seu seio, procurando combatê-la e destruí-la pelo interno"(Alfred Barth, Enciclopédia Catequética, Vol. II)Ame, sirva e defenda a Igreja Católica, Cristo Jesus deu a vida por ela: "Com a vitória da cruz, ele adquiriu para si o poder e o domínio sobre todas as gentes" (Santo Tomás de Aquino, Summa Theol., III, 42, 1), e: "Aquele que, feito homem, se tornara cabeça e senhor da humanidade, ora resgatou seu povo com seu Sangue - libertou-o - remiu-o - fê-lo seu. O véu do templo - a antiga aliança - rasgou-se" (Leão I, Serm., 68, 3), e também: "Amem esta Igreja, sejam essa Igreja, fiquem na Igreja! E amem o Esposo!" (Santo Agostinho).

Fora da Igreja Católica não há salvação

“Apoiado na Sagrada Escritura e na Tradição, (o Concílio) ensina que esta Igreja peregrina é necessária para a salvação. O único mediador e caminho da salvação é Cristo, que se nos torna presente em seu Corpo, que é a Igreja. Ele, porém, inculcando com palavras expressas a necessidade da fé e do batismo, ao mesmo tempo confirmou a necessidade da Igreja, na qual os homens entram pelo Batismo, como que por uma porta. Por isso não podem salvar-se aqueles que, sabendo que a Igreja Católica foi fundada por Deus por meio de Jesus Cristo como instituição necessária, apesar disso não quiserem nela entrar ou nela perseverar” (Catecismo da Igreja Católica, 846).

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

João Paulo II e as Seitas


Como João Paulo II responde ao desafio das seitas
Não existiu nenhum outro Pontífice que tenha falado, com tanta valentia sobre um tema que, por sua raiz complexa e urticante, não poucos preferem calar.
Em razão da impossibilidade de incluir todas as manifestações, selecionamos os textos e parágrafos mais relevantes, razão pela qual sugerimos uma segunda leitura dos documentos por completo.
Especial importância tem a mensagem dirigido ao terceiro grupo de bispos norte americanos, em sua visita "ad limina" em 18 de maio de 1993, onde João Paulo II alude a um tema de grave consideração, como é o da penetração de idéias e conceitos da New Age ou Nova era "na pregação, na catequese, nos congressos e retiros" , chegando a "influenciar inclusive os católicos praticantes".
Também é digno de ressaltar pela riqueza do conteúdo e orientações, a mensagem que o Papa por motivo da Jornada Mundial do Emigrante, deu em 25 de julho de 1990. No mesmo, o Pontífice se refere exclusivamente ao fenômeno das seitas e NMR, e menciona as diversas realidades pelas que atravessam os emigrantes, realidades estas, que muitas vezes facilitam a adesão a não poucos movimentos de características sectárias.
O nosso país é um onde os emigrantes estão à ordem do dia: pessoas que emigram às nossas terras, provenientes de variados países; pessoas que emigram do interior às grandes cidades; e pessoas nativas das grandes cidades que não emigram, mas pelas características alienantes das megalópolis, como tais em suas próprias cidades.
A continuação conseguimos uma recopilação de mensagens do Papa João Paulo II, onde se refere ao fenômeno das seitas e NMR.

Discurso de João Paulo II, aos bispos da Bolívia em sua mensagem pastoral, L'Osservatore Romano, 21 (1988), p.10.
"...Alegra-me profundamente poder comprovar pessoalmente a religiosidade do povo boliviano, que espera e necessita de nossa guia doutrinal, para poder purificar e consolidar na verdade suas sinceras e profundas crenças religiosas, assim mesmo necessita de nossas orientações para saber como atuar e defender-se frente à atividade proselitista das seitas, que em recentemente, estão se multiplicando na Bolívia; tais seitas de corte fundamentalista estão semeando confusão no povo, e por desgraça podem logo diluir a coerência e a unidade da mensagem evangélica".

Discurso de João Paulo II, aos bispos do Peru em sua visita ad limina, Vaticano, junho de 1988 - L'Osservatore Romano, 23 (1988), p. 21 e 32.
"Vejo que nos diversos países da América Latina o problema número um é, cada vez mais, o problema das seitas; alguns Bispos manifestaram uma opinião muito pessimista frente ao futuro, eu não posso permanecer indiferente ante estas opiniões pessimistas (...)".
"Isto deve constituir um motivo a mais de preocupação pastoral, que nos leva a propor e planejar uma ação evangelizadora, para a qual precisa-se de agentes de pastoral convenientemente formados e imbuídos de grande espírito apostólico".

Discurso de João Paulo II, aos bispos do Zaire em sua visita ad limina, L'Osservatore Romano, 48 (1988), pp. 21 e 32.
" Aludis à proliferação das seitas e sua ação corrosiva. As razões são sem dúvida múltiplas. O fato constitui para a Igreja uma séria interpelação, convidando a desenvolver a formação catequética dos fiéis e de comunidades eclesiais ricas, posto que os que são tentados pelas seitas, buscam provavelmente uma resposta simples ou sincretista à suas interrogações e uma sustentação calorosa, que pertence à ordem da caridade".

Discurso de João Paulo II, aos bispos da Conferência Episcopal Mexicana, Lago Guadalupe, México, 12 de maio de 1990 - L'Osservatore Romano, 34 (1990), p.1.
"Tampouco deve-se descuidar da grave problemática dos 'novos grupos religiosos', que semeiam confusão entre os fiéis, especialmente nos ambientes meios e marginais ou pobres. Seus métodos, seus recursos econômicos e a insistência de seu trabalho proselitista causam impacto, principalmente, entre aqueles que emigram do campo para a cidade".

- Mensagem de João Paulo II, na Jornada mundial do Emigrante
Vaticano, 25 de julho de 1990 - L'Osservatore Romano, 34 (1990), p. 1 e 2.
"Quisera refletir convosco por ocasião da Jornada mundial do Emigrante sobre um problema que está se tornando cada vez mais preocupante: o perigo a que estão expostos muitos emigrantes, de perder sua própria fé cristã por causa de seitas e de novos movimentos religiosos que proliferam sem cessar. Alguns destes grupos se reclamam cristãos; outros se inspiram em religiões orientais; e outros fazem referência às ideologias, freqüentemente revolucionárias, de nosso tempo".
"Ainda que seja difícil descobrir uma linha de conteúdos comuns em todos eles, é possível traçar sua tendência geral. Nestes movimentos a salvação costuma ser considerada, no geral, como algo exclusivo de um grupo minoritário, guiado por personalidades superiores, que crêem ter uma relação privilegiada com Deus cujos segredos pretendem somente eles conhecer. Também a busca do sagrado apresenta contornos ambíguos. Para alguns trata-se de um valor superior, para o qual o homem tende sem poder jamais alcançá-lo; para outros, ao contrário, está situado no mundo da magia, e buscam atraí-lo à sua própria esfera para manipulá-lo e reduzi-lo a seu próprio serviço".
"As seitas e os novos movimentos religiosos propõem hoje à Igreja um grande desafio pastoral tanto pelo mal-estar espiritual e social em que fundam suas raízes, como pelas instâncias religiosas das quais são instrumentos. Essas instâncias, tiradas do contexto da doutrina e da tradição católica, freqüentemente são levadas a conclusões muito distantes das originárias. O difundido milenarismo, por exemplo, evoca as temáticas da escatologia cristã e os problemas relativos ao destino do homem; querer dar respostas de caráter religioso a questões políticas ou econômicas revela a tendência a manipular o verdadeiro sentido de Deus , chegando de fato a excluir Deus da vida dos homens; o zelo quase agressivo com que alguns buscam novos adeptos indo de casa em casa ou detendo aos transeuntes nas esquinas das ruas, é uma falsificação sectária do zelo apostólico e missionário; a atenção que se presta ao indivíduo e a importância que se atribui a sua abordagem à causa e ao desenvolvimento do grupo religioso, além de responder ao desejo de valorizar a própria vida sentindo-se úteis à comunidade a que pertencem, constitui uma expressão desviada do papel ativo próprio dos fiéis, membros vivos do Corpo de Cristo, chamados a trabalhar pela difusão do reino de Deus".
"De fato, a expansão das seitas e dos novos movimentos religiosos concentra seus esforços em alguns setores estratégicos: entre estes estão as migrações. Pela situação de desarraigo social e cultural, e pela instabilidade em que se encontram, costumam ser presas fáceis de métodos insistentes e agressivos. Excluídos da vida social do país de origem, estranhos à sociedade em que se inserem, obrigados com freqüência a movimentar-se fora de uma ordem objetiva que defenda seus direitos, os emigrantes pagam a necessidade de ajuda e o desejo de sair da marginalização, em que estão confinados de fato, com o abandono de sua fé. É um preço que nenhum homem respeitoso dos direitos humanos deveria pedir ou aceitar. Ao emigrante não somente é ferido em sua dignidade humana, mas também em sua positiva e respeitosa colocação no ambiente social que o acolhe. E, desde então, não dão mostra de honradez e sensibilidade aqueles que, ainda tendo o dever de aliviar no emigrante o trauma e a desorientação causados pelo impacto com um mundo estranho à própria cultura, se aproximam a ele em um momento de profundo mal-estar para enganá-lo e instrumentalizá-lo".
"Os pontos fracos em que se apóiam os novos movimentos religiosos são a instabilidade e a incerteza. Neles baseiam sua estratégia de aproximação. Trata-se de um conjunto de atenções e de serviços prestados para fazer que o emigrante abandone sua fé se adira a uma nova proposta religiosa. Apresentando-se como os únicos possuidores da verdade, afirmam a falsidade da religião que o emigrante professa e lhe pede que dê uma mudança bruta e imediata de rota. Trata-se, evidentemente, de uma verdadeira agressão moral, da qual não é fácil escapar com boas maneiras, pois seu ardor e insistência são sufocantes".

"Os ensinamentos das seitas e novos movimentos religiosos, opõem-se à doutrina da Igreja Católica; por isso, a adesão a eles significa renegar a fé em que foram batizados e educados. O evangelho, ao mesmo tempo em que nos exorta a ser simples como as pombas, nos convida também a ser prudentes e astutos como as serpentes. A mesma vigilância que pondes quando estão em jogo vossos assuntos materiais, com o fim de não ser vítimas dos enganos de quem quer se aproveitar de vós, deve guiar-vos para não cair na rede das armadilhas de quem tenta contra vossa fé. " Olhai a que ninguém vos engane -nos adverte o Senhor- Virão muitos usurpando meu nome e dizendo "eu sou", e enganarão a muitos... Se alguém vos disser: "Olhai o Cristo aqui". "Olhai-o ali" , não credes. Pois surgirão falsos profetas" (Mc 13, 6. 21-22). E também nos diz: "Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos ferozes" (Mt 7, 15-16)".

"Outros motivos que podem levar a acolher as proposições desses novos movimentos religiosos são a pouca coerência com que alguns batizados vivem seu compromisso cristão, e também o desejo de uma vida religiosa mais fervorosa, que se espera experimentar em uma determinada seita, quando a comunidade que se freqüenta está pouco comprometida".
"Mas trata-se de um engano. Do mal-estar interior antes mencionado é combatido, de fato, mediante uma verdadeira conversão, segundo o evangelho, e não afligindo-se irrefletidamente a essa classe de grupos, adotando ritos religiosos que ocultam com o ruído das palavras a apatia do coração. Por isso faz falta uma séria renovação espiritual e uma coerente adesão à vontade de Deus, ao seguimento de Cristo; é um desvio o limitar-se a cumprir algum mandamento isolado e extravagante, do que faz depender o próprio destino da vida ou da morte".
"(...) Os aspectos de instabilidade, nos quais se apóiam as seitas e os movimentos religiosos para tender armadilhas à fé do emigrante, devem constituir para a Igreja motivos para dar prioridade à atenção e à assistência ao emigrante. Os serviços, que freqüentemente costumam pagar com a renúncia à sua fé, devem ser prestados pela Igreja com solicitude gratuita, alegre de poder prestar um serviço ao próprio Cristo. Assim como Jesus é a imagem transparente do amor do Pai, igualmente deveria ser imagem da ternura do Redentor; por isso, deveria ser evidente que a comunidade, à que chega o emigrante, é comunidade capaz de acolher e amar. A comunidade dos que crêem em Cristo não deve mostrar nunca o rosto triste de quem sente estorvado em seus compromissos e projetos diários, mas que deve manifestar o rosto alegre de quem descobriu a Cristo, esperado e reconhecido no estrangeiro (...)".

"Queridos emigrantes: Mantenhais-vos firmes na fé, sede homens, sede fortes" (1Cor 16,13). A exortação do Apóstolo Paulo é um eco das palavras do Senhor que nos convida a construir nossa própria existência sobre a rocha sólida que é o próprio Jesus, Filho de Deus, nos assegura a salvação. Só quem está firmemente enraizado nele pode dar frutos que resistam ao desgaste de todas as modas, inclusive as das seitas religiosas. A gratidão para com o dom de Deus, manifestada mediante a resposta de uma vida cristã coerente, atrai sobre vós outros dons de comunhão com ele e de perseverança em vosso fiel compromisso cristão. 'Quem me ama, será amado por meu Pai; Eu o amarei e me manifestarei a ele' (Jo 14,21) e 'a todo aquele que tem será dado e terá em abundância' (Mt 25,29). Quanto mais vos adentreis no caminho da vida cristã, tanto mais estareis ao abrigo das armadilhas que atentam contra vossa fé".


- Discurso de João Paulo II, aos bispos argentinos em sua visita ad limina, Vaticano, 18 de janeiro de 1991 - Aica Doc 230, Aica Nº 1779 (1991), pp. 2/6.
" ... Com paciência, com pedagogia paternal, mediante um itinerário catequético permanente, através de missões populares e outros meios de apostolado, ajudai a esses fiéis a amadurecer em sua consciência de pertencer à Igreja e a descobri-la como sua família, sua casa, o lugar privilegiado de seu encontro com Deus".
" São precisamente essas multidões que conservam a fé de seu batismo, mas provavelmente debilitada pelo desconhecimento das verdades religiosas e por uma certa 'marginalidade' eclesial, as mais vulneráveis frente o combate do secularismo e do proselitismo das seitas (...)".
"A presença das seitas, que atuam especialmente sobre estes batizados insuficientemente evangelizados ou afastados da prática sacramental, mas que conservam inquietudes religiosas, deve constituir para nós um desafio pastoral ao que será necessário responder com um renovado dinamismo missionário".

- Mensagem de João Paulo II, em sua Segunda viagem apostólica ao Brasil, outubro de 1991 - Citado por URREA, JUAN C. " Os NMR na América Latina", Ed. Paulinas, Chile 1992, p. 62.
" Se bem a promoção destas seitas e grupos conta com fortes recursos econômicos e que sua pregação seduz ao povo com falsos espelhismos, engana com simplificações distorcidas e semeia confusão, principalmente nos mais simples que receberam escassa instrução religiosa".
"É importante pois, que vossa pastoral, saiba ocupar os espaços nos quais estas seitas atuam, despertando no povo a alegria e o santo orgulho de pertencer à única Igreja de Cristo, que subsiste em nossa santa Igreja Católica".

Discurso de João Paulo II, ao terceiro grupo de bispos dos EUA em sua visita ad limina. Vaticano, 18 de maio de 1993 - Reprodução em 'Palavra', 343/4, Madri, agosto de 1993, p. 129.
"Enquanto a secularização continua avançando sob muitos aspectos da vida, há uma nova demanda de espiritualidade, como mostra a aparição de muitos movimentos religiosos e terapêuticos, que pretendem dar uma resposta à crise dos valores da sociedade ocidental".
"Esta inquietude do homo religious produz alguns resultados positivos e construtivos, como a busca de um novo significado da vida, uma nova sensibilidade ecológica e o desejo de ir além de uma religiosidade fria e racionalista. Por outro lado, este despertar religioso traz consigo alguns elementos muito ambíguos, incompatíveis com a fé cristã".
"Muitos de vós escreveram cartas pastorais sobre os problemas que representam as seitas e movimentos pseudo-religiosos, incluído o chamado New Age. As idéias da New Age às vezes abrem caminho na pregação, a catequese, nos congressos e nos retiros, e assim chegam a influenciar inclusive aos católicos praticantes, que talvez não são conscientes da incompatibilidade dessas idéias com a fé da Igreja".
"Em sua perspectiva sincretista e imanente, estes movimentos pára-religiosos prestam pouca atenção na Revelação, e bem, tentam chegar a Deus através do conhecimento e da experiência, baseados em elementos que pegam emprestados da espiritualidade oriental e de técnicas psicológicas. Tendem a relativisar a doutrina religiosa em favor de uma vaga visão do mundo, que se expressa mediante um sistema de mitos e símbolos revestidos de uma linguagem religiosa. Além disso propõem freqüentemente uma concepção panteísta de Deus, incompatível com a Sagrada Escritura e a tradição cristã. Substituindo a responsabilidade pessoal de nossas ações frente a Deus com um sentido de dever frente ao cosmo, tergiversando assim o verdadeiro conceito de pecado e a necessidade da redenção por meio de Cristo".

- Discurso de João Paulo II, ao primeiro grupo de bispos argentinos em sua visita ad limina. Vaticano, 7 de fevereiro de 1995 -Aica Doc 328, Aica Nº 199O (1995), pp. 67/71.
" (...) A ignorância religiosa e a deficiente assimilação vital da fé, que deriva de uma catequese insuficiente ou imperfeita, deixariam aos batizados inermes frente aos perigos reais do secularismo ou do proselitismo das seitas fundamentalistas, com o conseguinte risco de que estes substituem as valiosas e sugestivas expressões cristãs da piedade popular (...)".
"Outro fenômeno de nossa cultura contemporânea é que, enquanto a secularização continua avançando sob muitos aspectos da vida, percebe-se também uma nova demanda de espiritualidade, expressão da condição religiosa do homem e sinal de sua busca de respostas à crise de valores da sociedade ocidental (...)".
" Deve-se ter presente, entretanto, que não faltam desvios que deram origem a seitas e movimentos gnósticos ou pseudo-religiosos, configurando uma moda cultural de vastos alcances que, às vezes, encontra eco em amplos setores da sociedade e chega inclusive a ter influência em ambientes católicos".
"Por isso, alguns deles, em uma perspectiva sincretista, amalgamam elementos bíblicos e cristãos com outros extraídos de filosofia e religiões orientais, da magia e de técnicas psicológicas".
"Esta expansão das seitas e de novos grupos religiosos que atraem a muitos fiéis e semeia confusão e incerteza entre os católicos é motivo de inquietude pastoral".


Matéria extraída da internet em 03/04/2007: http://www.acidigital.com/seitas/papa.htm
Fonte:http://www.filhosdapaixao.org.br/igreja/unica.htm