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23 de abr. de 2011

A SEPULTURA DO CORPO DE CRISTO


Por Francisco Fernández Carvajal.


I. DEPOIS DE TRÊS HORAS de agonia, Jesus morreu. Os evangelistas narram que, enquanto o Senhor esteve pregado na cruz, o céu escureceu e ocorreram coisas extraordinárias, pois era o Filho de Deus que morria. O véu do templo rasgou-se de alto a baixo1, dando a entender que, com a morte de Cristo, ficava abolido o culto da Antiga Aliança2; agora, o culto agradável a Deus passava a ser tributado através da Humanidade de Cristo, que é Sacerdote e Vítima.

A tarde da sexta-feira avançava e era necessário retirar os corpos. Não podiam ficar ali no sábado; deviam estar enterrados antes de que brilhasse a primeira estrela no firmamento. Como era a Parasceve (o dia da preparação da Páscoa), para que os corpos não ficassem na cruz, porque esse sábado era particulamente solene, os judeus rogaram a Pilatos que lhes quebrassem as pernas e os retirassem3. Pilatos encarregou alguns soldados de quebrarem as pernas dos ladrões a fim de que morressem mais rapidamente. Quando chegaram a Jesus e viram que já estava morto, um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança, e imediatamente saiu sangue e água4.

Este episódio, além do fato histórico presenciado por São João, tem um significado profundo. Santo Agostinho e a tradição cristã vêem brotar os sacramentos e a própria Igreja do lado aberto de Jesus: “Ali abria-se a porta da vida, e dali manaram os sacramentos da Igreja, sem os quais não se entra na verdadeira vida...”5 A Igreja “cresce visivelmente pelo poder de Deus. O seu começo e crescimento estão simbolizados no sangue e na água que brotaram do lado aberto de Cristo crucificado”6. A morte de Cristo significou a vida sobrenatural que recebíamos através da Igreja.

Esta ferida, que chega ao coração de Cristo e o trespassa, é uma ferida que se acrescenta às demais e que resulta da superabundância do seu amor. É uma maneira de expressar o que nenhuma palavra pode dizer. Maria compreende e sofre, como Corredentora. Seu Filho já não pode sentir o golpe da lança, mas Ela pode. E desse modo cumpre-se até o fim a profecia de Simeão: Uma espada trespassará a tua alma7.

Desceram Cristo da cruz com carinho e veneração, e depositaram-no com todo o cuidado nos braços de sua Mãe. Ainda que o seu corpo seja uma pura chaga, o seu rosto está sereno e cheio de majestade. Olhemos devagar e com piedade para Jesus, como a Virgem Santíssima o deve ter olhado. O Senhor não só nos resgatou do pecado e da morte, mas nos ensinou a cumprir a vontade de Deus por cima de todos os planos próprios, a viver desprendidos de tudo, a saber perdoar quando aqueles que nos ofendem nem sequer se arrependem, a ser apóstolos até o momento da morte, a sofrer sem queixas estéreis... “Não estorves a obra do Paráclito; une-te a Cristo, para te purificares, e sente, com Ele, os insultos, e os escarros, e as bofetadas..., e os espinhos, e o peso da Cruz..., e os ferros rasgando a tua carne, e as ânsias de uma morte ao desamparo... E mete-te no lado aberto de Nosso Senhor Jesus, até encontrares refúgio seguro em seu coração chagado”8.

Ali encontraremos a paz. Diz-nos São Boaventura, falando desse viver misticamente dentro das Chagas de Cristo: “Oh que boa coisa é estar com Jesus Cristo crucificado! Quero fazer nEle três moradas: uma, nos pés; outra, nas mãos; e outra, perpétua, no seu lado aberto. Aqui quero sossegar e descansar, e dormir e orar. Aqui falarei ao seu coração...”9

Olhamos para Jesus devagar e, na intimidade do nosso coração, dizemos-lhe: Ó bom Jesus, ouvi-me. Dentro das vossas chagas, escondei-me. Não permitais que me separe de Vós. Do inimigo maligno, defendei-me. Na hora da minha morte, chamai-me. E mandai-me ir para Vós, para que Vos louve com os vossos Santos, por todos os séculos dos séculos”10.

II. JOSÉ DE ARIMATÉIA, discípulo de Jesus, homem rico, influente no Sinédrio, que permanecera no anonimato quando o Senhor era aclamado por toda a Palestina, apresenta-se a Pilatos e faz-lhe “o maior pedido que jamais se fez: o Corpo de Jesus, o Filho de Deus, o tesouro da Igreja, sua riqueza, seu ensinamento e exemplo, seu consolo, o Pão com que havia de alimentar-se até à vida eterna. Naquele momento, José representava com o seu pedido o desejo de todos os homens, de toda a Igreja, que necessitava dEle para manter-se viva eternamente”11.

Nestes momentos de desconcerto, em que os discípulos, exceto João, fugiram, aparece ainda outro discípulo de grande relevo social, que também não estivera presente nas horas de triunfo. Chegou Nicodemos, aquele que outrora havia ido ter com Jesus de noite, levando umas cem libras de uma mistura de mirra e aloés12. Como a Virgem agradeceria a ajuda destes dois homens, a sua generosidade, a sua valentia, a sua piedade! Como também nós lhes estamos agradecidos!

O pequeno grupo que, junto com a Virgem e as mulheres que o Evangelho menciona expressamente, se encarregou de sepultar o corpo de Jesus, dispõe de pouco tempo para fazê-lo, pois a festa do dia seguinte começava ao entardecer desse dia. Lavaram o corpo do Senhor com extrema piedade, perfumaram-no, envolveram-no num lençol novo que José comprou13 e depositaram-no num sepulcro escavado na rocha que era do próprio José e que não tinha sido utilizado por ninguém14. Cobriram a sua cabeça com um sudário15.

Como invejamos José de Arimatéia e Nicodemos! Como gostaríamos de ter estado presentes naqueles momentos, para cuidar com imensa piedade do corpo do Senhor! “Eu subirei com eles até junto da Cruz, apertar-me-ei ao Corpo frio, cadáver de Cristo, com o fogo do meu amor..., despregá-lo-ei com os meus desagravos e mortificações..., envolvê-lo-ei com o lençol novo da minha vida limpa, e o enterrarei em meu peito de rocha viva, donde ninguém o poderá arrancar – e aí, Senhor, descansai! Quando todo o mundo Vos abandonar e desprezar..., serviam!, eu Vos servirei, Senhor!”16

Não devemos esquecer nem por um só dia que Jesus está nos nossos sacrários, vivo!, mas tão indefeso como na Cruz ou como depois no sepulcro. Cristo entrega-se à sua Igreja e a cada cristão para que o fogo do nosso amor o atenda e cuide da melhor maneira que possamos, e para que a nossa vida limpa o envolva como o lençol comprado por José. Mas, além dessas manifestações do nosso amor, deve haver outras que talvez exijam parte do nosso tempo, do nosso esforço, dos nossos recursos econômicos: José de Arimatéia e Nicodemos não regatearam essas outras provas de amor.

III. O CORPO DE JESUS jaz no sepulcro. O mundo foi envolvido pelas trevas. Maria é a única luz acesa sobre a terra.

“A Mãe do Senhor – minha Mãe – e as mulheres que tinham seguido o Mestre desde a Galiléia, depois de observarem tudo atentamente, vão-se embora também. Cai a noite.

“Agora tudo passou. Conclui-se a obra da nossa Redenção. Já somos filhos de Deus, porque Jesus morreu por nós e a sua morte nos resgatou.

“Empti enim estis pretio magno! ( 1 Cor 6, 20), tu e eu fomos comprados por um grande preço.

“Temos de converter em vida nossa a vida e a morte de Cristo. Morrer pela mortificação e pela penitência, para que Cristo viva em nós pelo Amor. E seguir então os passos de Cristo, com ânsias de corredimir todas as almas”17.

Não sabemos onde estavam os Apóstolos naquela tarde, enquanto sepultavam o corpo do Senhor. Deviam andar perdidos, desorientados e confusos, sem rumo fixo, cheios de tristeza. Se já no domingo os vemos novamente unidos18, é porque no sábado, ou talvez na própria tarde da sexta, procuraram com certeza a Virgem. Ela protegeu com a sua fé, com a sua esperança e o seu amor esta Igreja nascente, débil e assustada. Assim nasceu a Igreja: ao abrigo da nossa Mãe. Já desde o princípio Maria foi a Consoladora dos aflitos, dos que estavam em dificuldades. Este sábado, em que todos cumpriam o descanso festivosegundo mandava a lei19, não foi um dia triste para Nossa Senhora: seu Filho tinha deixado de sofrer. Ela aguardava serenamente o momento da Ressurreição; por isso não acompanhou as santas mulheres que foram embalsamar o corpo morto de Jesus, e por isso certamente consolou e tranqüilizou os Apóstolos.

Em qualquer circunstância – mas de modo particular se alguma vez abandonamos Jesus e nos encontramos desorientados e perdidos por termos fugido do sacrifício e da Cruz, como os Apóstolos –, devemos recorrer sem qualquer demora a essa luz continuamente acesa na nossa vida que é a Virgem Santíssima. Ela nos devolverá a esperança. “Nossa Senhora é descanso para os que trabalham, consolo para os que choram, remédio para os doentes, porto para aqueles que a tempestade maltrata, perdão para os pecadores, doce alívio para os que estão tristes, socorro para os que lhe imploram”20. Ao lado dEla, preparamo-nos para viver a imensa alegria da Ressurreição.

(1) Cfr. Mt 27, 51; (2) cfr. Hebr 9, 1-14; (3) Jo 19, 31; (4) Jo 19, 33; (5) Santo Agostinho, Coment. ao Evang. de São João, 120, 2; (6) Conc. Vat. II, Const. Lumen gentium, 3; (7) Lc 2, 35; (8) Josemaría Escrivá, Caminho, n. 58; (9) Oração de São Boaventura, citada por Frei Luis de Granada, Vida de Jesus Cristo; (10) Missal Romano, Ação de graça depois da Missa; (11) L. de la Palma, La Pasión del Señor, pág. 244; (12) Jo 19, 39; (13) Mc 15, 46; (14) cfr. Mt 27, 60; (15) cfr. Jo 20, 5-6; (16) Josemaría Escrivá, Via Sacra, XIVª est., n. 1; (17) ib.; (18) cfr. Lc 24, 9; (19) cfr. Lc 23, 56; (20) São João Damasceno, Homilia sobre a dormição de Nossa Senhora.

Fonte: hablarcondios

Sábado Santo: Solenidade de Nossa Senhora

“Voltou tão triste a aflita e pobre Mãe, que todos os que A viam, d'Ela se compadeciam e choravam” (São Bernardo)

"Um grande silêncio reina hoje sobre a terra; um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei dorme; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque Deus adormeceu segundo a carne e despertou os que dormiam há séculos. Deus morreu segundo a carne e acordou a região dos mortos." (De uma antiga homilia de Sábado Santo)
 
Virgem dolorosa,

que aflita chorais!

Virgem magoada,

Bendita sejais!


Ó Mãe dolorosa,

que aflita chorais,

repleta de dores,

Bendita sejais!

Que duras espadas,

que duros punhais!

ferem Vosso peito,

Bendita sejais!

Que espada pungente

vós experimentais,

que o peito vos vara

Bendita sejais!


As dores futuras,

já Vós suportais!

Nós somos a causa,

Bendita sejais!



* * *


Bendita sejais, Mãe do Redentor!

Por Vossa tão grande dor!
 
 
 
 
Fonte: Blog Saúde da Alma
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Contemple as dores da Virgem Santíssima rezando a Coroa das Sete dores, que está logo abaixo.

Coroa das Sete Dores de Nossa Senhora

Uma preciosíssima oração que podemos rezar durante estes dias em que Jesus foi morto injustamente. Podemos, com ela, contemplar as dores desta mãe que, por amor a Deus, disse sim ao plano de salvação do Senhor por nós. É salutar rezarmos esta oração para unirmo-nos às dores de Nossa Senhora.


Ao longo de sua vida, Nossa Senhora teve alegrias e teve dores. Grandes alegrias, grandes dores...

A quaresma, sobretudo na Semana Santa, é uma época oportuna para acompanharmos as dores de Nossa Senhora. Convido você para estarmos ao lado de Virgem Dolorosa em sete das dores que ela teve. As dores d'Ela foram muitas, imensas. E não foram apenas sete.

Aqui estão episódios tirados dos Santos Evangelhos. Eles formam o caminho de dores da Filha amorosa de Deus Pai sofrendo em sua alma padecimentos semelhantes aos da Paixão de seu Divino Filho.

Nada desse mundo serve de comparação para as dores que Ela sofreu junto a Jesus. Nenhuma criatura viveu com tanto amor essas dores. Também, só Ela pode ser chamada de corredentora! Só Ela pode ser chamada de Onipotência Suplicante!

Unamos nossas dores imperfeitas aos sofrimentos d'Ela. Considerando os padecimentos da Mãe Dolorosa, encontraremos âmimo para suportarmos as dificuldades de nosso dia a dia, teremos força para subirmos ao alto de nosso próprio Calvário.






Coroa das Sete Dores de Nossa Senhora


A Coroa das Sete Dores de Nossa Senhora relembra as principais dores que a Virgem Maria sofreu em sua vida terrena, culminando com a Paixão, Morte e Sepultamento de Seu Divino Filho. É junto à Cruz que a Mãe de Jesus torna-se Mãe de todos os homens e do corpo Místico de Cristo: a Igreja Católica.
Unir-se às dores de Maria é unir-se também às dores de Nosso Senhor Jesus Cristo.

As reflexões presentes no texto são de São Josermaria Escrivá, fundador da prelazia papal, o Opus Dei.
* No início reza-se o Creio, o Pai Nosso e 3 Ave-Marias. Para cada dor de Maria deve-se rezar 1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai.


Primeira Dor de Nossa Senhora: A Apresentação de Jesus no Templo e a profecia de Simeão


Ao apresentar o Menino Jesus no Templo, Maria encontrou Simeão que proferiu a seguinte profecia: "Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições, a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma" (Lc 2, 34-35)

Nossa Senhora ouve com atenção o que Deus quer, pondera aquilo que não entende, pergunta o que não sabe. Imediatamente a seguir, entrega-se sem reservas ao cumprimento da vontade divina: eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a Vossa palavra. Vedes esta maravilha? Santa Maria, mestra de toda a nossa conduta, ensina-nos agora que a obediência a Deus não é servilismo, não subjuga a consciência, pois move-nos interiormente a descobrirmos a liberdade dos filhos de Deus.


Mestra de caridade! Recordai aquele episódio da apresentação de Jesus no templo. O velho Simeão assegurou a Maria, sua Mãe: este Menino está destinado para ruína e para ressurreição de muitos em Israel e para ser sinal de contradição; o que será para ti mesma uma espada que trespassará a tua alma, a fim de que sejam descobertos os pensamentos ocultos nos corações de muitos. A imensa caridade de Maria pela Humanidade faz com que se cumpra também n’Ela a afirmação de Cristo: ninguém tem mais amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos.

Com razão os Romanos Pontífices chamaram a Maria Corredentora: juntamente com o seu Filho paciente e agonizante, de tal modo padeceu e quase morreu e de tal modo abdicou, pela salvação dos homens, dos seus direitos maternos sobre o seu Filho e o imolou, na medida em que d’Ela dependia, para aplacar a justiça de Deus, que com razão se pode dizer que ela redimiu o género humano juntamente com Cristo. Assim entendemos melhor aquele momento da Paixão de Nosso Senhor, que nunca nos cansaremos de meditar: stabat autem iuxta crucem Jesu mater eius, junto da Cruz de Jesus estava a sua Mãe.

ORAÇÃO

Pela dor que sofrestes ao ouvir a profecia de Simeão, de que uma espada de dor transpassaria o Vosso Coração, Mãe de Deus, ouvi a nossa prece!
Unidos à dor que Maria sentiu nessa ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência todas as dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados do pecado.

1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai.


Segunda Dor de Nossa Senhora: A fuga para o Egito

Após o nascimento de Jesus, o Rei Herodes quis matá-lo e, por causa disso, um anjo do Senhor apareceu a São José e disse: "Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise". Obediente, "José levantou-se durante a noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito." (Mt 2, 13-14).

Maria cooperou com a sua caridade para que nascessem na Igreja os fiéis membros da Cabeça de que é efetivamente mãe segundo o corpo. Como Mãe, ensina; e, também como Mãe, as suas lições não são ruidosas. É preciso ter na alma uma base de finura, um toque de delicadeza, para compreender o que nos manifesta, mais do que com promessas, com obras.


Mestra de fé! Bem-aventurada és tu, porque acreditaste! Assim a saúda Isabel, sua prima, quando Nossa Senhora sobe à montanha para a visitar. Tinha sido maravilhoso aquele acto de fé de Santa Maria: eis aqui a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra. No nascimento de seu Filho contempla as grandezas de Deus na terra; há um coro de Anjos e tanto os pastores como os poderosos da terra vêm adorar o Menino. Mas depois a Sagrada Família tem de fugir para o Egipto, para escapar às intenções criminosas de Herodes. Depois, o silêncio; trinta longos anos de vida simples, vulgar, como a de qualquer lar, numa pequena povoação da Galileia.

O Santo Evangelho facilita-nos rapidamente o caminho para entender o exemplo da Nossa Mãe: Maria conservava todas estas coisas dentro de si, ponderando-as no seu coração. Procuremos nós imitá-la, tratando com o Senhor, num diálogo cheio de amor, de tudo o que nos acontece, mesmo dos acontecimentos mais insignificantes. Não nos esqueçamos de que devemos pesá-los, avaliá-los, vê-los com olhos de fé, para descobrir a Vontade de Deus.

Se a nossa fé é débil, recorramos a Maria. Conta S. João que, devido ao milagre das bodas de Caná que Cristo realizou a pedido de sua Mãe, acreditaram n’Ele os seus discípulos. A Nossa Mãe intercede sempre diante de seu Filho para que nos atenda e se nos mostre de tal modo que possamos confessar: – Tu és o Filho de Deus.

ORAÇÃO

Pela dor que sofrestes quando fugistes para o Egito, apertando ao peito virginal o Menino Jesus, para o salvar das fúrias do ímpio Herodes, Virgem Imaculada, ouvi a nossa prece!
Unidos à dor que Maria sentiu nessa ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência as dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados do pecado.

1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai.


Terceira Dor de Nossa Senhora: A perda do Menino Jesus no Templo

Terminada a festa da Páscoa, o Menino Jesus ficou em Jerusalém sem que seus pais o percebessem. Três dias depois o acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. (Lc 2, 43-50)

O Evangelho da Santa Missa recordou-nos aquela cena comovente de Jesus que fica em Jerusalém ensinando no templo. Maria e José perguntaram por ele a parentes e conhecidos. E, como não o encontrassem, voltaram a Jerusalém à sua procura. A Mãe de Deus, que procurou com afã o seu Filho, perdido sem sua culpa e que sentiu a maior alegria ao encontrá-lo, ajudar-nos-á a voltar atrás, a rectificar o que for preciso, quando, pelas nossas leviandades ou pecados, não consigamos descobrir Cristo. Teremos assim a alegria de o abraçar de novo, para lhe dizer que nunca mais o perderemos.


Maria é Mãe da ciência, porque com Ela se aprende a lição que mais importa: que nada vale a pena se não estamos junto do Senhor, que de nada servem todas as maravilhas da terra, todas as ambições satisfeitas, se no nosso peito não arde a chama de amor vivo, a luz da santa esperança, que é uma antecipação do amor interminável, na nossa Pátria definitiva.

Onde está Jesus? – Senhora: o Menino!… Onde está?

Maria chora. – Bem corremos, tu e eu, de grupo em grupo, de caravana em caravana; não O viram. – José, depois de fazer esforços inúteis para não chorar, chora também… E tu… E eu.

Eu, como sou um criadito rústico, choro até mais não poder e clamo ao céu e à terra…, por todas as vezes que O perdi por minha culpa e não clamei.

Jesus! Que eu nunca mais Te perca… E então, a desgraça e a dor unem-nos, como nos uniu o pecado, e saem de todo o nosso ser gemidos de profunda contrição e frases ardentes, que a pena não pode, não deve registar.

E, ao consolar-nos com a alegria de encontrar Jesus – três dias de ausência! – disputando com os Mestres de Israel (Lc II, 46), ficará bem gravada, na tua alma e na minha, a obrigação de deixarmos os de nossa casa, para servir o Pai Celestial.

Santo Rosário, Quinto mistério gozoso


ORAÇÃO

Pela dor que sofrestes quando da perda do Menino Jesus por três dias, Santíssima Senhora, ouvi a nossa prece!
Unidos à dor que Maria sentiu nesta ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência todas as dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados do pecado.

1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai


Quarta Dor de Nossa Senhora: O encontro com Jesus no Caminho do Calvário


Um dos momentos mais pungentes da Paixão é o encontro de Jesus com Sua Mãe no caminho do Calvário. As lágrimas que Maria deramou na ocasião, a troca de olhar com o Filho, a constatação das crueldades que Ele estava sofrendo, tudo causava imensa dor no Seu Coração de Mãe.

Mal Jesus se levantou da Sua primeira queda, encontra Sua Mãe Santíssima, junto do caminho por onde Ele passa.


Com imenso amor Maria olha para Jesus, e Jesus olha para a Sua Mãe; os Seus olhares encontram-se, e cada coração verte no outro a Sua própria dor. A alma de Maria fica mergulhada em amargura, na amargura de Jesus Cristo.

- Ó vós, que passais pelo caminho: olhai e vede se há dor semelhante à minha dor (Lam I, 12)!

Mas ninguém repara, ninguém presta atenção; apenas Jesus.

Cumpriu-se a profecia de Simeão: uma espada trespassará a tua alma (Lc II, 35).

Na escura solidão da Paixão, Nossa Senhora oferece ao seu Filho um bálsamo de ternura, de união, de fidelidade; um sim à Vontade divina.

Pela mão de Maria, tu e eu queremos também consolar Jesus, aceitando sempre e em tudo a Vontade do Seu Pai, do nosso Pai.

Só assim saborearemos a doçura da Cruz de Cristo e abraçá-la-emos com a força do Amor, levando-a em triunfo por todos os caminhos da terra.

Via Sacra, IV Estação


ORAÇÃO

Pela dor que sofrestes quando viste O querido Jesus com a Cruz ao ombro, a caminho do Calvário, Virgem Mãe das Dores, ouvi a nossa prece!
Unidos à dor que Maria sentiu nesta ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência todas as dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados do pecado.

1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai

Quinta dor de Nossa Senhora: Maria fica de pé junto à Cruz de Jesus


Maria acompanhou de perto todo o sofrimento de Jesus na Cruz e assistiu de pé à sua morte: "junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cleofás, e Maria Madalena" (Jo 19, 25)

Mal Jesus se levantou da Sua primeira queda, encontra Sua Mãe Santíssima, junto do caminho por onde Ele passa.


Com imenso amor Maria olha para Jesus, e Jesus olha para a Sua Mãe; os Seus olhares encontram-se, e cada coração verte no outro a Sua própria dor. A alma de Maria fica mergulhada em amargura, na amargura de Jesus Cristo.

- Ó vós, que passais pelo caminho: olhai e vede se há dor semelhante à minha dor (Lam I, 12)!

Mas ninguém repara, ninguém presta atenção; apenas Jesus.


Cumpriu-se a profecia de Simeão: uma espada trespassará a tua alma (Lc II, 35).

Na escura solidão da Paixão, Nossa Senhora oferece ao seu Filho um bálsamo de ternura, de união, de fidelidade; um sim à Vontade divina.

Pela mão de Maria, tu e eu queremos também consolar Jesus, aceitando sempre e em tudo a Vontade do Seu Pai, do nosso Pai.

Só assim saborearemos a doçura da Cruz de Cristo e abraçá-la-emos com a força do Amor, levando-a em triunfo por todos os caminhos da terra.

Via Sacra, IV Estação

ORAÇÃO

Pela dor que sofrestes quando viste O querido Jesus com a Cruz ao ombro, a caminho do Calvário, Virgem Mãe das Dores, ouvi a nossa prece!

Unidos à dor que Maria sentiu nesta ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência todas as dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados do pecado.

1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai.


Sexta Dor de Nossa Senhora: Maria recebe o corpo de Jesus morto em seus braços



Nossa Senhora da Piedade, é assim que o povo católico invoca Maria nesse momento da Paixão. Depois "tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no em panos com os aromas, como os judeus costumam sepultar." (Jo 19, 40)

Situados agora no Calvário, quando Jesus já morreu e não se manifestou ainda a glória do seu triunfo, temos uma boa ocasião para examinar os nossos desejos de vida cristã, de santidade para reagir com um ato de fé perante as nossas debilidades e, confiando no poder de Deus, fazer o propósito de pôr amor nas coisas do nosso dia-a-dia. A experiência do pecado tem de nos conduzir à dor, a uma decisão mais madura e mais profunda de sermos fiéis, de nos identificarmos deveras com Cristo, de perseverarmos, custe o que custar, nessa missão sacerdotal que Ele encomendou a todos os seus discípulos sem excepção, que nos impele a sermos sal e luz do mundo.


É a hora de recorreres à tua Mãe bendita do Céu, para que te acolha nos seus braços e te consiga do seu Filho um olhar de misericórdia. E procura depois fazer propósitos concretos: corta de uma vez, ainda que custe, esse pormenor que estorva e que é bem conhecido de Deus e de ti. A soberba, a sensualidade, a falta de sentido sobrenatural aliar-se-ão para te sussurrarem: isso? Mas se se trata de uma circunstância tonta, insignificante! Tu responde, sem dialogar mais com a tentação: entregar-me-ei também nessa exigência divina! E não te faltará razão: o amor demonstra-se especialmente em coisas pequenas. Normalmente, os sacrifícios que o Senhor nos pede, os mais árduos, são minúsculos, mas tão contínuos e valiosos como o bater do coração.

ORAÇÃO


Pela dor que sofrestes quando recebestes em vossos braços o corpo inanimado de Jesus, descido da Cruz, Mãe dos Pecadores, ouvi a nossa prece!

Unidos à dor que Maria sentiu nessa ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência todas as dores de nossas vidas, e para nos matermos afastados do pecado.

1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai


Sétima Dor de Nossa Senhora: Maria deposita Jesus no Sepulcro



O sepultamento de Seu Divino Filho foi a última dor que Maria sentiu durante a Paixão. "No lugar em que ele foi crucificado havia um jardim, e no jardim um sepulcro novo, em que ninguém ainda fora depositado. Foi ali que depositaram Jesus." (Jo 19, 41-42)

Vamos pedir agora ao Senhor, para terminar este tempo de conversa com Ele, que nos conceda poder repetir com S. Paulo que triunfamos por virtude daquele que nos amou. Pelo qual estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as virtudes, nem o presente, nem o futuro, nem a força, nem o que há de mais alto, nem de mais profundo, nem qualquer outra criatura poderá jamais separar-nos do amor de Deus que está em Jesus Cristo Nosso Senhor .


Este amor também a Escritura o canta com palavras inflamadas: as águas copiosas não puderam extinguir a caridade, nem os rios afogá-la. Este amor encheu sempre o Coração de Santa Maria, ao ponto de enriquecê-la com entranhas de Mãe para toda a humanidade. Em Nossa Senhora o amor a Deus confunde-se com a solicitude por todos os seus filhos. O seu Coração dulcíssimo teve de sofrer muito, atento aos mínimos pormenores – não têm vinho – ao presenciar aquela crueldade colectiva, aquele encarniçamento dos verdugos, que foi a Paixão e Morte de Jesus. Mas Maria não fala. Como o seu Filho, ama, cala e perdoa. Essa é a força do amor.

ORAÇÃO

Pela dor que sofrestes quando o corpo de Jesus foi depositado no sepulcro, ficando Vós na mais triste solidão, Senhora de Todos os Povos, ouvi a nossa prece.

Unidos à dor que Maria sentiu nesta ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência todas as dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados do pecado.

1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai.



ORAÇÃO FINAL:

Dai-nos, Senhora, a graça de compreender o oceano de angústias que fizeram de Vós a “Mãe das Dores”, para que possamos participar de Vossos sofrimentos e Vos consolemos pelo nosso amor e nossa fidelidade. Choramos convosco, ó Rainha dos Mártires, na esperança de ter a felicidade de um dia nos alegrarmos convosco no céu. Amém.

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Privilégios para quem pratica essa devoção:

Em revelação particular a Santa Brígida, devidamente aprovada pela Igreja, Nossa Senhora promete conceder sete graças para quem, cada dia, rezar sete Ave-Marias em honra das suas dores e lágrimas:

Eis as promessas:

Porei a paz em suas famílias;

Serão iluminados sobre os Divinos Mistérios;

Serão consolados em suas penas e os acompanharei nas suas aflições;

Tudo o que pedirem lhes será concedido, contanto que nada se oponha à vontade adorável do Meu Divino Filho e à santificação das suas almas;

Irei defendê-los nos combates espirituais contra o inimigo infernal e serão protegidos em todos os instantes da vida;

Irei assistí-los visivelmente no momento da morte e verão o rosto da Sua Mãe Santíssima;

Obtive do Meu Filho que, os que propaguem esta devoção (às Minhas Lágrimas e Dores), sejam transladados desta vida terrena à felicidade eterna, diretamente, pois terão todos os seus pecados apagados e o Meu Filho e Eu seremos a sua eterna consolação e alegria.

Fonte: Canção Nova