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30 de jun. de 2011

Os quatro meios de honrar o Sagrado Coração de Jesus


30.06.2011 -

Escrito pelo Pe. François Zannini.

Extraído do Jornal Stella Maris – Junho 2011 Nº481

Se o Senhor nos revela os cinco espinhos que magoam e ferem intensamente Seu Coração divino, Ele nos dá como bom médico de almas e como Pai indulgente, quatro meios de honrar Seu Coração Misericordioso e tão amável para todo homem arrependido e aberto a Seu Amor e a Sua Palavra de vida.

O primeiro meio de honrar o Coração de Jesus é recebê-lo na Comunhão muitas vezes e se possível, todos os dias ou ao menos, cada domingo, com fé, devoção e amor sincero.
Com efeito, a maior prova de gratidão e amor que posamos dar para Aquele que se doa a nós é recebê-Lo.
Santa Theresa d’Ávila morria por não poder morrer de amor, tanto ela suspirava depois da comunhão:
“Não é mais possível, diz o sábio, trazer em si o fogo divino e não ser abrasado nele.”
O coração do cristão é todo palpitante de amor desde que recebe Jesus Hóstia com fé e devoção, pois, Jesus é um centro de ternura e
Toda alma piedosa e devota do Sagrado Coração deseja participar do banquete divino e se rejubila em poder comungar muitas vezes do Corpo e Sangue de Cristo para permanecer eternamente com Ele.
De toda maneira, quanto mais uma alma comunga Jesus, mais ela deseja se unir a Ele na Comunhão freqüente para viver por Ele e para Ele.
Santa Margarida Maria disse:
“Sem o Santo Sacramento eu não poderia viver”
Comungai muitas vezes e tantas vezes quanto possível em estado de graça, a fim de crescer pela Eucaristia em santidade.
“tenho imenso desejo de partilhar a Páscoa convosco. Tomai e comei, isto é Meu Corpo, isto é Meu Sangue.” nos disse Jesus.
Se os cristãos da Igreja primitiva se amavam muito e refletiam uma grande caridade mútua, é porque eles tinham uma grande devoção ao Santo Sacramento e comungavam todos os dias a Eucaristia.
Comungai muitas vezes em reparação pela frieza, a indiferença, todas as negligencias e traições dos homens.
Santa Margarida declarou:
“Tenho tão grande desejo da Santa Comunhão que voluntariamente para buscá-La eu caminharia de pés descalços num trajeto em chamas”.
Nada espantoso que com tal amor pela Eucaristia, santa Margarida ouvisse o Senhor lhe confirmar que Ele escolheu sua alma para ser um céu de repouso na terra e seu coração um trono de delícias para Seu divino Amor.
Deus tem necessidade de nutrir o coração humano com Sua Eucaristia.
E a todos aqueles que vêm a Ele em estado de graça, aprendem a crescer na fé, a permanecer na esperança, a partilhar na caridade e a progredir em todas as virtudes.
Feliz aquele que se nutre humildemente do Corpo de Cristo, porque recebe a plenitude da graça eucarística que absolve seus pecados veniais e eleva seu espírito e coração para mais sabedoria e amor.
Assim, o homem unido ao Cristo eucarístico se torna ele mesmo, um outro Cristo que completa pela sua liberdade entregue à vontade de Deus. E encontra nesta união a Deus, a alegria perfeita e o repouso da alma tanto desejada.

O segundo meio de honrar o Coração de Jesus são as visitas freqüentes ao Santo Sacramento. Jesus se faz prisioneiro do tabernáculo para me libertar de mim mesmo e de minha natureza preguiçosa.
Depois da santa Missa e Comunhão nada é mais agradável a Jesus do que nossa visita ao Santo Sacramento.
Ir contemplar e adorar o Corpo o Sangue , a Alma e a Divindade deste Deus Salvador no Sacramento de Seu Amor é a mais bela prova de amor que se possa testemunhar a Jesus Hóstia.
Jesus está lá com Seu Amor e Seu devotamento sem limites por nós.está lá na espera de ser amado, adorado, receber agradecimento e comido pelos cristãos para se tornarem por sua vez cordeiros de Deus, capazes de se imolar para fazer reviver o homem e chamá-lo a modificar sua vida, orientando-a mais para a oração, a meditação evangélica e a caridade fraterna.
Quem ama seus amigos deseja encontrá-los e partilhar com eles momentos intensos de alegria, reflexão e consolo.
Vir a Jesus para encontrá-Lo na Eucaristia é pegar nEle o conforto de Sua Graça oferecida, as luzes do espírito tão desejadas e a paz do coração tão procurada. Numa palavra, a graça do repouso em Jesus Cristo, o único que pode cobrir nossa alma com todo amor da sabedoria que procura.
É diante do Santíssimo Sacramento que o Cura d’Ars vinha buscar sua força de pastor e de confessor.
É diante de Jesus Hóstia que São Francisco Xavier vinha recobrar novas forças para evangelizar, suportar o rigor e preparo do apostolado em terra pagã.
É ainda diante do Santo Sacramento que Padre Pio vinha oferecer sua cruz suas tristezas e sofrimentos de seus estigmas para expiar os pecados dos homens e merecer para eles, graças de conversão, de cura e de discernimento.
A adoração do Coração de Jesus escondido sob os véus do Santo Sacramento foi a grande devoção de todos os santos da Igreja. E nós, cristãos de hoje, sabemos tomar um pouco de tempo para visitar o Santo Sacramento, para nos recolher diante deste Deus de Amor que nos espera para derramar graças em nossos corações e nossos espíritos?
Ou preferimos tardes mundanas , distrações fúteis, visitas entre amigos onde se misturam o vazio, a vaidade, a inveja e o ciúme?
Lembremo-nos humildemente que é sempre ao pé do tabernáculo que encontraremos consolação, esperança e força diante das nossas tentações, nossos desencorajamentos, desgostos e lassidão.
Feliz aquele que passa todo dia um pouco diante do Santíssimo Sacramento para fazer como o camponês de Ars, que dizia: “Eu olho para Ele e Ele olha para mim.”
E descobrir no face a face mútuo, toda a riqueza do filho com seu Pai e do homem com seu Deus.
O homem que sabe contemplar cada dia silenciosamente o Rosto e o Coração do Senhor no Santíssimo Sacramento, retira de sua oração, três verdades reconfortantes: a grandeza da humildade divina, a sabedoria da inteligência divina e o infinito do amor divino que é paciência e misericórdia para todo pecador arrependido e em marcha para sua salvação.

O terceiro meio de honrar o Coração de Jesus é santificar a primeira sexta-feira do mês, festa de Seu Sagrado Coração.
Jesus disse à santa Margarida Maria:
“Tu comungarás todas as primeiras sextas-feiras do mês para honrar Meu Coração ultrajado.”
Margarida Maria permaneceu fiel a esta recomendação do Senhor e recebeu graças abundantes. Naquele dia, o Senhor dilatou Seu Coração e abriu mais ainda para espalhar sobre os homens rios de bênçãos e de graças.
Felizes as almas fervorosas que sabem nesse dia se aproximar deste coração adorável que tanto amou os homens e se unir a Ele na Eucaristia. Adorá-lo um momento no Sacramento de Seu Amor e aquecer neste ardente fogo de amor, o fogo de sua devoção, de seu zelo apostólico e seu ardor pela santidade.
Estes cristãos escolhem nesse dia, entrar neles mesmos e examinar diante de Deus como passaram o mês e tomar a resolução de fazer melhor para se santificar e agradar ao Senhor no presente e no futuro.
Nas comunidades religiosas, nos mosteiros, nas paróquias, o Santíssimo Sacramento é exposto nesse dia e termina com uma bênção do Santíssimo.
Milagres de proteção, de cura e de conversão acontecem nesse dia, atestando que a primeira sexta-feira do mês é um dia de festa privilegiada onde se pode pedir tudo e obter tudo do Coração Misericordioso de Jesus.
Nós sabemos como cristãos que a primeira sexta-feira do mês é o dia escolhido por Cristo para nos dar Suas graças em abundancia.
Saibamos fazer um dia de recolhimento, de adoração e de ação de graças.
Desde pela manhã, façamos nossa oração sobre as riquezas do Coração de Jesus e peçamos para abrir nosso espírito a Sua Sabedoria, para bem servi-Lo durante esse dia.
Vamos comungá-Lo na Eucaristia com todo o fervor possível, oferecendo a Jesus (para suprir nossa insuficiência) os méritos da Santa Virgem e de todos os santos que souberam amá-Lo na terra e daqueles que sabem preferi-Lo a tudo o que existe neste mundo.
Aproveitemos este dia para purificar nossa alma e fazer uma boa confissão para avançar na verdade, na virtude e na caridade do Senhor.
E aproveitemos a nossa adoração diante do Santíssimo Sacramento, para nos consagrar ao Sagrado Coração, nós e nossa família, atraindo sobre nós e nossos próximos, as bênçãos e as graças das quais temos necessidade para Lhe ser fiel na fé e na caridade.
Quantos cristãos tíbios se tornaram fervorosos pela devoção ao Sagrado Coração!
Quantos lares infelizes, divididos encontraram a alegria e a paz da união por uma devoção comum ao Sagrado Coração!
Quantas comunidades religiosas, grupos de ação social ou caritativa encontraram mais coesão fraterna e coragem apostólica, rezando ao Sagrado Coração de Jesus.
Todos aqueles que souberam guardar esta devoção ao Sagrado Coração e vivê-la intensamente no dia da primeira sexta-feira do mês, durante toda sua vida, receberam muitas graças para dominar o espírito mundano e nunca afundar nos vícios e males que poderiam matar o corpo e a alma.
Então, agradeçamos a Jesus que nos convida através de santa Margarida Maria, a venerar Seu Sagrado Coração e respondamos com alegria e entusiasmo Seu apelo para aliviar de todas as aflições os homens descrentes, indiferentes e hostis a Seu Amor.
Receberemos largamente as graças das quais temos necessidade para sermos fiéis a Sua vontade de Amor.

O quarto meio de honrar o Coração de Jesus é venerar Suas imagens.
E a imagem de Seu Coração de carne coroado de espinhos com uma cruz em cima, foi para Ele, o meio de mostrar aos homens de todos os tempos, quanto Ele os amou sobre a terra, a ponto de morrer pela sua salvação e quanto continua a amá-los na esperança de sua conversão e reconhecimento de Seu Amor infinito pelo gênero humano.
Ele prometeu à santa Margarida Maria que espalharia com abundância sobre aqueles que O honrassem, os tesouros de graças das quais Seu Coração está repleto e que em toda parte, onde Sua imagem é exposta para ser ali muitas vezes honrada, atrairia todas as graças e bênçãos.
Santa Margarida Maria tomou cuidado em fazer gravar esta imagem do Sagrado Coração e espalhar.
Ela queria que todos a conhecessem. Todos os pecadores para convertê-los. Todos os justos para inflamar ainda mais seu amor a Deus e ao próximo.
Santa Margarida Maria amava tanto o Coração divino que molhou uma destas imagens no seu sangue e compôs uma oração e consagração notável, na qual ela se consagrava a Jesus sem reserva e sem partilha.
Confortados pela promessa de Jesus os cristãos devotos do Sagrado Coração de Jesus gostam de venerar esta santa imagem e espalhá-la ao redor deles.
A vista desta imagem os consola e encoraja. Se a sombra dos apóstolos curava os doentes, é preciso se espantar que a imagem do Sagrado Coração de Jesus seja tão poderosa para curar os males da alma e do corpo?
Santa Theresa d’Avila queria encontrar o divino Coração de Jesus por toda parte onde olhava e dizia: “Se as pessoas amassem Nosso Senhor, elas se rejubilariam em ver Seu retrato, como no mundo somos felizes com as fotografias de entes queridos.”
Se nós amamos o divino Coração de Jesus, vamos espalhar Sua imagem santa e rezemos para que toque o coração dos homens, desde os mais endurecidos até os mais exigentes. Desde os mais ricos até os mais pobres. Desde os mais tíbios até os mais indiferentes.
Que cada um aprenda a conhecer os tesouros do Coração de Deus e buscar nele, as graças infinitas que contém e que Ele deseja tanto espalhar no coração humano tão só, tão abandonado, tão ferido pelo mal e tão ignorante de todo o bem que poderia dali retirar, se soubesse confiar no Coração tão amável de Jesus.
Saibamos rezar, oferecer nossas tristezas, nossas eucaristias pela conversão dos pecadores e dos pagãos a fim de que um dia, eles sejam tocados pela graça da devoção ao Sagrado Coração de Jesus e recebam desta devoção, as graças e as bênçãos sem limites, que os conduzirão a uma verdadeira conversão e a um amor profundo do Senhor.
Também para animar a coragem, a fé e a caridade dos justos, a fim de que munidos deste amor do Sagrado Coração eles saibam retirar dEle, a força de imitá-Lo, para amar como Ele até a morte e dar aos homens o sentido da Vida eterna.

Fonte: http://www.recadosaarao.com.br

Será que amo corretamente as pessoas e a Igreja?


Você já parou para pensar na sua forma de amar? Pensa ai nas pessoas, coisas e instituições que você ama? Será que o seu amor é um amor que edifica o ser amado?

Nos últimos dias estou acompanhando uma pessoa que têm sofrido muito por ver sua mãe em uma clínica de recuperação de dependentes químicos. Chora por saber que sua mãe esta em um lugar confinado, em uma vida ascética, tendo que obedecer muitas regrinhas de vida comunitária e sem poder se divertir. Realmente as clínicas de recuperação têm estas características “radicais” e até compreendo a razão de ser de tantas lagrimas.

Mas o centro da questão é o seguinte: Será que esta pessoa chorava e sofria tanto quando sua mãe estava se “divertindo” nos bares, enchendo a “cara” de cervejas, vinhos e até mesmo cachaça? Se embriagando, chegando de madrugada em casa e sendo abusada por “amizades interesseiras”? Não, não existiam todas estas lagrima. Mal, mal uma leve preocupação.

A pessoa sofre absurdamente ao saber que sua mãe esta se recuperando em uma clinica e não sofria tanto quando via sua mãe se matando nos bares. Que amor é este? É o amor doente. A Filáucia. Um amor que em nada edifica o ser amado. Se você quiser entender mais sobre este amor doente escute esta palestra do Padre Paulo Ricardo:

Espero em Deus que a alma desta pessoa seja curada para que consiga amar de forma ordenada e edificante sua mãe.

Refletindo nesta situação cheguei à conclusão que existem em muitas almas um amor doente pela Igreja. Tenho visto muitas pessoas doentes de filáucia no contexto eclesial.

Vamos de exemplo para ficar mais claro. Algumas pessoas ficam revoltadas quando alguém denuncia um herege que está na hierarquia da Igreja, todos nós sabemos que os hereges na hierarquia fazem um mal terrível para as almas, porém o “falso amor” faz com que exista um diabólico silencio que em nada edifica o Corpo de Cristo.

Sempre se escuta o seguinte: “odeio quem fala mal de Padres”, “Estes leigos deveriam se colocar nos seus lugares” ou “não aguento mais este povo que dividi a Igreja”.

Querem uma falsa união e uma falsa paz na Igreja tal como o filho do caso acima queria uma falsa liberdade para a mãe. A igreja neste caminho se torna amiga do relativismo e da mentira. Isto é um absurdo e que acontece muito na nossa realidade.

Querem o bem da Igreja. Mas que bem é este que omite a verdade? Que bem é este que dá liberdade para mentirosos falarem o que querem em nome da Igreja? Um bem desvinculado da verdade e da clareza só tem poder de destruir.

Satanás é o “bom macaco” que sempre desvirtua as coisas de Deus, o desgraçado consegue fazer com que estejamos mergulhados em vícios achando que somos virtuosos.

Convido os leitores a pensar na forma com que tem amado as pessoas e a Igreja. É um amor que edifica ou é um amor “superprotetor” que só faz mal para o ser amado? Vale a pena parar e refletir.

Bruno Cruz

@bhcvida

O Milagre e o ceticismo do homem do século XXI.


Mario Pappagallo- Corriere della Sera

Uma pílula fingida pode reduzir as dores crônicas, a asma, a pressão alta, as doenças do coração? Sim. É o efeito placebo. Um “milagre” laico, justamente para não confundir muito as ideias em um momento de beatificações. A eficácia está em crer em um fármaco, não sabendo que, na realidade, não há fármaco. E, se os resultados existem, não se pode falar de sugestão, visto que, nos experimentos, nem os médicos sabem o que estão administrando.

À parte do efeito placebo, não é raro que o prognóstico infausto de uma doença incurável se revele, inexplicavelmente, errado nos modos e nos tempos. Nas histórias de importantes oncologistas, sente-se ainda o espanto dos seus pacientes que, depois de anos, ainda convivem com o seu tumor enquanto não deveriam ter vivido mais do que alguns meses. Casos de remissões espontâneas, inexplicáveis diante da ciência, por ainda não serem interpretáveis com base nos conhecimentos atuais.

Un miracolo nella mia vita [Um milagre na minha vida] (Ed. Sperling & Kupfer), de Margherita Enrico, examina exatamente os testemunhos de “condenados pela ciência, salvos pela fé: histórias de curas impossíveis”. Uma homenagem à beatificação deJoão Paulo II.

Margherita Enrico, jornalista e escritora, conheceu o papa polonês juntamente com o Prêmio Nobel de Medicina Luc Montagnier, ateu. Uma coincidência? Talvez não. Montagnier comenta: “O livro de Enrico fala de curas extraordinárias não explicadas pela ciência. Curas de natureza misteriosa como os milagres que ocorrem em Lourdes, e dos quais eu sempre me interessei, até a estudá-los. Nesse sentido, considero que, quando um fenômeno é inexplicável, e é confirmada a sua boa-fé, não adianta negá-lo.

Muitos cientistas cometem o erro de rejeitar aquilo que não compreendem, mas eu não compartilho essa atitude e cito muitas vezes as palavras do astrofísico Carl Sagan: a ausência de prova não é prova de ausência”.

Muitos cientistas que não acreditam nas curas milagrosas costumam repetir muitas vezes uma frase de Felix Michaud: “Creria nos milagres só se me demonstrassem que uma perna amputada cresceu de novo. Mas isso não aconteceu e nunca vai acontecer”. Mas a resposta a Michaud vem de Vittorio Messori, em seu livro Il miracolo.

Messori relata nos mínimos detalhes o excepcional crescimento de um membro amputado de um jovem agricultor. “Recrescimento” ocorrido em um vilarejo de Aragão em 1640.

Em Calanda, relata Messori, na noite do dia 29 de março de 1640, ao jovem Miguel Juan Pellicer, reapareceu de repente a perna direita, amputada mais de dois anos antes no hospital de Saragoça, depois de um acidente. O fato ocorreu por intercessão de Nossa Senhora do Pilar, venerada em Saragoça.

O prodígio da perna teria sido atestado depois de apenas três dias por um protocolo de cartório e depois por um processo eclesiástico, com dezenas de testemunhas oculares. Conhecidos, médicos, sacerdotes, todos confirmam que, sim, trata-se justamente de Miguel, que tinha antes uma perna cortada e agora a tinha novamente no lugar: um pouco contraída nos primeiros dias, mas depois igual à de antes.

Até com as mesmas cicatrizes e um sinal vermelho circular debaixo do joelho, onde havia sido operada a “solda” milagrosa. O evento era conhecido em toda a Europa, e Pellicer se dirigiu até a uma audiência em Madri, pelo rei Filipe IV, que quis beijar a perna restituída.

Depois, caiu o silêncio sobre o evento. Interrompido só por Messori.

Fonte: http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/


Manifeste-se contra a blasfêmia ocorrida na Parada Gay

A respeito do gravíssimo ato de vilipêndio religioso ocorrido na última “Parada do Orgulho Gay” de São Paulo, faço minhas estas considerações do Voto Católico. E uno-me a esta campanha: diante da blasfêmia pública, da provocação gratuita, do vilipêndio a céu aberto, manifeste-se! Pois, se ficarmos calados, coisas piores virão.
Se você sentiu-se ofendido e agredido na sua fé com os cartazes desrespeitosos à fé católica na “Parada LGBT”, convidamos a:



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Leia também:
  1. Gaystapo: blasfêmias
  2. Cariocas contra a Ditadura Gay
  3. Padre Norman Weslin, preso por protestar contra o aborto
  4. “A Ditadura Gay” – por Carlos Apolinario
  5. Proteste contra a profanação de uma capela na Espanha!
Fonte: Blog Deus lo Vult

O que pedir na oração ?




Sabemos que precisamos pedir

Você, como todos os cristãos, pede coisas a Deus, para si e para outros. Faz bem. Mais ainda, quando pede está fazendo algo que Cristo deseja. Não lembra quantas vezes Ele nos mandou, de maneira explicita e insistente, que fizéssemos oração de petição?

Baste recordar, neste sentido, o Pai-nosso, com toda a sua sequência de pedidos (o pão de cada dia, o perdão das nossas ofensas, o socorro na tentação, a libertação do mal); e também as afirmações categóricas do Senhor sobre o dever de pedir, como: Eu vos digo: pedi, e vos será dado; buscai, e achareis; batei, e vos abrirão (Lc 11,9). Pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa (Jo 16,24).

Nós pedimos, e achamos lógico fazer assim, porque temos consciência de que precisamos da graça, das bênçãos e dos dons de Deus. Sobre isso não há a menor dúvida: Toda dádiva boa e todo dom perfeito - escreve São Tiago - vêm de cima: descem do Pai das luzes, no qual não há mudança nem mesmo aparência de instabilidade (Tg 1,17).

Objeções sobre a oração de petição

Mas, não poucas vezes, alguns bons cristãos que sabem disso muito bem, dizem que não entendem por que devemos pedir. Todos cremos - comentam - que Deus é um Pai que nos ama e que, como Jesus diz, sabe o que vos é necessário, antes mesmo que vós o peçais? (Mt 6,8). Então, por que pedir - dizem -, se Ele já sabe de antemão o que precisamos, é bom, é todo-poderoso e quer o nosso bem?

Além disso, acrescentam: Se, como diz São Tiago, em Deus não há mudança nem instabilidade, não será pretensão nossa esperar que «mude», por causa da nossa oração, e nos conceda o que nós - não Ele - desejamos? Não seria mais perfeito dizer simplesmente Seja feita a vossa vontade? E alguns concluem, então: Por isso eu não peço nada, só agradeço e me abandono em Deus? (coisa que, seja dito de passagem, também fizeram determinados santos, mas só durante algumas temporadas - inspirados por Deus -, e só depois de terem feita uma intensa e contínua oração de petição).

Tudo o que essas pessoas dizem sobre a bondade, o poder e e ciência de Deus é verdade, mas as conclusões que tiram não estão certas. Em todo o caso, não há duvida de que aí está colocado um problema difícil: Como combinar essas verdades sobre a bondade e a ciência de Deus com o fato de que o próprio Deus mande pedir, e pedir insistentemente: É necessário rezar sempre, sem esmorecer (Lc 18,1)?

Seria absurdo achar que fomos nós, agora, os que «descobrimos» essa aparente contradição. Já foi «descoberta» faz muitos séculos pelos antigos cristãos, e os dois maiores teólogos católicos, Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino estudaram a questão amplamente e chegaram ambos a idênticas conclusões.

Como eles dizem (e eu apenas vou resumir), é verdade que nós não precisamos de rezar para «informar» Deus sobre as nossas necessidades, porque Ele já as conhece muito bem; e também é verdade que seria absurdo pretender «dobrar» Deus, fazendo com que «mude» a sua vontade, e se deixe «dominar» pela nossa.

Certo. Então, por que devemos pedir? A resposta a isso é dupla, e cheia de sentido para quem tiver a perspectiva da fé. É importante, sobretudo, para a nossa vida prática, para que compreendamos que nunca devemos relegar a oração de petição para um segundo plano, antes devemos considerá-la sempre uma necessidade espiritual básica, uma parte essencial da vida interior do cristão.

A dupla resposta

A) Vamos ver uma primeira resposta à indagação «por que devemos pedir?».

Seria suficiente responder que devemos pedir porque Deus assim o manda, como já dissemos e repisamos. Não há dúvida de que Ele assim o quer.

Mas é lógico que nos perguntemos: Por que o quer? Pense numa coisa: Deus, doador de todas as graças, sabe infinitamente melhor do que nós qual é a melhor maneira de nos fazer chegar com proveito os seus dons. Por isso, a sabedoria divina - que muitas vezes não alcançamos a compreender - determinou que um dos grandes canais que deviam trazer-nos as graças fosse a oração de petição (os outros canais são, como sabe, os Sacramentos, e o mérito sobrenatural das obras boas, praticadas no amor de Deus).

B) Embora isso seja claro, pode vir à alma outra pergunta: Por que Deus escolheu precisamente esse canal da oração de súplica? Poderíamos responder sem dar resposta concreta: «Ele sabe das coisas muito melhor do que nós». Está certo. Mas a Sagrada Escritura, através da qual Deus nos fala, traz luzes a esse respeito, que os santos souberam enxergar, e que nós podemos também, pelo menos, vislumbrar.

Santo Tomás no seu Compêndio de Teologia (Liv. II, cap. 2), explica que, quando oramos, pedindo a Deus os seus dons, estamos reconhecendo com humildade as nossas limitações, falhas e carências, e nos voltamos para Deus com uma humildade cheia de fé, colocando nEle a nossa esperança. Esta é uma resposta baseada na Bíblia, na Palavra de Deus, pois ela nos ensina, constantemente, que só as virtudes da humildade e da fé deixam a alma em condições de receber os dons de Deus. A humildade e a fé são como os dois batentes que abrem a porta do nosso coração a Deus.

Só a título de amostra, vou lembrar-lhe alguns ensinamentos da Sagrada Escritura a esse respeito. São Pedro e São Tiago, por exemplo, citam uma frase do Antigo Testamento, do livro dos Provérbios (Prov 3,34), que querem gravar a fogo na alma dos primeiros cristãos: Deus resiste aos orgulhosos, mas dá a sua graça aos humildes (1Pedr 5,5; Tg 4,6). A necessidade da humildade, para receber a graça, fica assim claríssima, e a oração nos faz humildes.

Quanto à necessidade da fé, bastaria citar os inúmeros trechos dos Evangelhos em que Cristo faz depender da fé a concessão das graças: Ó mulher, grande é a tua fé! Seja-te feito como desejas, diz a uma pagã que pede insistentemente a cura da filha (Mt 15,28); e igualmente ao Centurião romano, que pede a cura de seu servo: Vai, seja-te feito conforme a tua fé (Mt 8,13). Pelo contrário, aos seus conterrâneos de Nazaré recriminará a falta de fé que os tornava fechados aos dons de Deus: Por causa da falta de fé deles, operou ali poucos milagres (Mt 13,58).

Os primeiros cristãos acolhiam essas verdades sem a mínima dúvida. É significativo que o texto mais antigo do Novo Testamento, a primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses, termine dizendo, como algo óbvio e necessário: Vivei sempre contentes. Orai sem cessar! (1 Tes 5,16-17).

Que conclusão vamos tirar, então, desta nossa reflexão? Penso que será a de rezar muito mais. Faz-nos muita falta. Mas é preciso pedir bem. É disso que vamos tratar com mais detalhe na próxima meditação.

fonte:http://www.padrefaus.org

O lamento do maior blog gay dos EUA




O maior blog gay dos EUA lamenta: “SEMPRE PERDEMOS” quando os eleitores decidem sobre casamento
Kathleen Gilbert
29 de junho de 2011 (Notícias Pró-Família) — Uma famosa publicação gay online confessou a existência de um obstáculo persistente, mas pouco conhecido, para a legalização do “casamento” de mesmo sexo: os eleitores americanos.
Uma postagem no blog Queerty na segunda-feira concluiu que o silêncio do presidente Obama acerca do “casamento” gay é consequência de que ele reconhece que a maioria dos eleitores dos EUA se opõe a esse casamento.
“Até mesmo os organizadores LGBT concordam em que preferem aprovar leis de igualdade de casamento através do poder legislativo em vez de plebiscitos, porque nas votações SEMPRE PERDEMOS”, escreveu Daniel Villarreal no Queerty.
“As pessoas que se opõem às votações também gostam de dizer que se os Estados Unidos votassem acerca do casamento inter-racial na década de 1960, esse tipo de casamento poderia ainda ser ilegal também. Mas será que essa realmente é a nossa única defesa contra o argumento do voto?” continuou ele. “Se for, não é de admirar que Obama não tenha articulado um motivo para apoiar o casamento que não vá contra o processo democrático que tivesse nos negado nossos direitos”.
Antes que os legisladores de Nova Iorque tivessem aprovado um projeto de lei de “casamento” de mesmo sexo, uma pesquisa de opinião pública feita por QEV Analytics revelou que 57 por cento dos eleitores no estado apoiam o casamento como “somente” entre um homem e uma mulher. A mesma pesquisa de opinião pública, comissionada pela Organização Nacional de Casamento, revelou que 59 por cento favoreciam a colocação dessa questão em plebiscitos em vez de a deixarem para os legisladores.
Quando colocada para os legisladores, medidas para consagrar o verdadeiro casamento em lei ou em constituições estaduais ganharam a aprovação em todos os 30 estados [dos EUA] onde foram apresentadas.
Os dados das pesquisas de opinião pública nessa questão rotineiramente se mostram equivocados: uma pesquisa de setembro de 2008 revelou que as principais pesquisas de opinião pública de boca de urna em média reduzem de modo vasto os números do real apoio ao casamento tradicional nas eleições.

fonte:http://noticiasprofamilia.blogspot.com

29 de jun. de 2011

Faleceu hoje Padre Gobbi fundador do movimento sacerdotal mariano


NOTA DE FALECIMENTO. Morte de Padre Steffano Gobbi.
Todos nós do Movimento Sacerdotal Mariano estamos de luto pela morte deste ser iluminado que era Padre Gobbi. É com tristeza que recebemos a noticia. Deus o ilumine onde quer que esteja. Vamos continuar o movimento propagando a nossa fé religiosa com Maria.

Padre Gobbi falece em Milão
Por Dom Milton Santos,sdb
29 de junho de 2011


Os Responsáveis farão de tudo para que o corpo esteja em Collevalenza (Itália) para a Missa de corpo presente. Padre GOBBI sempre repetia que o MOVIMENTO SACERDOTAL MARIANO tinha NOSSA SENHORA - o IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA - como a FUNDADORA. Portanto, o MSM deve continuar por todo o mundo com o seu vigor que cresce sempre mais.

Íntegra da Homilia do Papa Bento XVI em seus 60 anos de sacerdócio.

In Vatican.va

Amados irmãos e irmãs!

«Non iam servos, sed amicos» – «Já não vos chamo servos, mas amigos» (cf. Jo 15, 15). Passados sessenta anos da minha Ordenação Sacerdotal, sinto ainda ressoar no meu íntimo estas palavras de Jesus, que o nosso grande Arcebispo, o Cardeal Faulhaber, com voz um pouco débil já mas firme, nos dirigiu, a nós novos sacerdotes, no final da cerimónia da Ordenação.

Segundo o ordenamento litúrgico daquele tempo, esta proclamação significava então a explícita concessão aos novos sacerdotes do mandato de perdoar os pecados. «Já não sois servos, mas amigos»: eu sabia e sentia que esta não era, naquele momento, apenas uma frase «de cerimónia»; e que era mais do que uma mera citação da Sagrada Escritura. Estava certo disto: neste momento, Ele mesmo, o Senhor, di-la a mim de modo muito pessoal. No Baptismo e na Confirmação, Ele já nos atraíra a Si, acolhera-nos na família de Deus. Mas o que estava a acontecer naquele momento, ainda era algo mais. Ele chama-me amigo. Acolhe-me no círculo daqueles que receberam a sua palavra no Cenáculo; no círculo daqueles que Ele conhece de um modo muito particular e que chegam assim a conhecê-Lo de modo particular. Concede-me a faculdade, que quase amedronta, de fazer aquilo que só Ele, o Filho de Deus, pode legitimamente dizer e fazer: Eu te perdoo os teus pecados. Ele quer que eu – por seu mandato – possa pronunciar com o seu «Eu» uma palavra que não é meramente palavra mas acção que produz uma mudança no mais íntimo do ser. Sei que, por detrás de tais palavras, está a sua Paixão por nossa causa e em nosso favor. Sei que o perdão tem o seu preço: na sua Paixão, Ele desceu até ao fundo tenebroso e sórdido do nosso pecado. Desceu até à noite da nossa culpa, e só assim esta pode ser transformada. E, através do mandato de perdoar, Ele permite-me lançar um olhar ao abismo do homem e à grandeza do seu padecer por nós, homens, que me deixa intuir a grandeza do seu amor. Diz-me Ele em confidência: «Já não és servo, mas amigo». Ele confia-me as palavras da Consagração na Eucaristia. Ele considera-me capaz de anunciar a sua Palavra, de explicá-la rectamente e de a levar aos homens de hoje. Ele entrega-Se a mim. «Já não sois servos, mas amigos»: trata-se de uma afirmação que gera uma grande alegria interior mas ao mesmo tempo, na sua grandeza, pode fazer-nos sentir ao longo dos decénios calafrios com todas as experiências da própria fraqueza e da sua bondade inexaurível.

«Já não sois servos, mas amigos»: nesta frase está encerrado o programa inteiro duma vida sacerdotal. O que é verdadeiramente a amizade? Idem velle, idem nolle – querer as mesmas coisas e não querer as mesmas coisas: diziam os antigos. A amizade é uma comunhão do pensar e do querer. O Senhor não se cansa de nos dizer a mesma coisa: «Conheço os meus e os meus conhecem-Me» (cf. Jo 10, 14). O Pastor chama os seus pelo nome (cf. Jo 10, 3). Ele conhece-me por nome. Não sou um ser anónimo qualquer, na infinidade do universo. Conhece-me de modo muito pessoal. E eu? Conheço-O a Ele? A amizade que Ele me dedica pode apenas traduzir-se em que também eu O procure conhecer cada vez melhor; que eu, na Escritura, nos Sacramentos, no encontro da oração, na comunhão dos Santos, nas pessoas que se aproximam de mim mandadas por Ele, procure conhecer sempre mais a Ele próprio. A amizade não é apenas conhecimento; é sobretudo comunhão do querer. Significa que a minha vontade cresce rumo ao «sim» da adesão à d’Ele. De facto, a sua vontade não é uma vontade externa e alheia a mim mesmo, à qual mais ou menos voluntariamente me submeto ou então nem sequer me submeto. Não! Na amizade, a minha vontade, crescendo, une-se à d’Ele: a sua vontade torna-se a minha, e é precisamente assim que me torno de verdade eu mesmo. Além da comunhão de pensamento e de vontade, o Senhor menciona um terceiro e novo elemento: Ele dá a sua vida por nós (cf. Jo 15, 13; 10, 15). Senhor, ajudai-me a conhecer-Vos cada vez melhor! Ajudai-me a identificar-me cada vez mais com a vossa vontade! Ajudai-me a viver a minha existência, não para mim mesmo, mas a vivê-la juntamente convoco para os outros! Ajudai-me a tornar-me sempre mais vosso amigo!

Esta palavra de Jesus sobre a amizade situa-se no contexto do discurso sobre a videira. O Senhor relaciona a imagem da videira com uma tarefa dada aos discípulos: «Eu vos destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça» (Jo 15, 16). A primeira tarefa dada aos discípulos, aos amigos, é pôr-se a caminho – destinei, para que vades –, sair de si mesmos e ir ao encontro dos outros. A par desta, podemos ouvir também a frase que o Ressuscitado dirige aos seus e que aparece na conclusão do Evangelho de Mateus: «Ide fazer discípulos de todas as nações…» (cf. Mt 28, 19). O Senhor exorta-nos a superar as fronteiras do ambiente onde vivemos e levar ao mundo dos outros o Evangelho, para que permeie tudo e, assim, o mundo se abra ao Reino de Deus. Isto pode trazer-nos à memória que o próprio Deus saiu de Si, abandonou a sua glória, para vir à nossa procura e trazer-nos a sua luz e o seu amor. Queremos seguir Deus que Se põe a caminho, vencendo a preguiça de permanecer cómodos em nós mesmos, para que Ele mesmo possa entrar no mundo.

Depois da palavra sobre o pôr-se a caminho, Jesus continua: dai fruto, um fruto que permaneça! Que fruto espera Ele de nós? Qual é o fruto que permanece? Sabemos que o fruto da videira são as uvas, com as quais depois se prepara o vinho. Por agora detenhamo-nos sobre esta imagem. Para que as uvas possam amadurecer e tornar-se boas, é preciso o sol mas também a chuva, o dia e a noite. Para que dêem um vinho de qualidade, precisam de ser pisadas, há que aguardar com paciência a fermentação, tem-se de seguir com cuidadosa atenção os processos de maturação. Características do vinho de qualidade são não só a suavidade, mas também a riqueza das tonalidades, o variegado aroma que se desenvolveu nos processos da maturação e da fermentação. E por acaso não constitui já tudo isto uma imagem da vida humana e, de modo muito particular, da nossa vida de sacerdotes? Precisamos do sol e da chuva, da serenidade e da dificuldade, das fases de purificação e de prova mas também dos tempos de caminho radioso com o Evangelho. Num olhar de retrospectiva, podemos agradecer a Deus por ambas as coisas: pelas dificuldades e pelas alegrias, pela horas escuras e pelas horas felizes. Em ambas reconhecemos a presença contínua do seu amor, que incessantemente nos conduz e sustenta.

Agora, porém, devemos interrogar-nos: de que género é o fruto que o Senhor espera de nós? O vinho é imagem do amor: este é o verdadeiro fruto que permanece, aquele que Deus quer de nós. Mas não esqueçamos que, no Antigo Testamento, o vinho que se espera das uvas boas é sobretudo imagem da justiça, que se desenvolve numa vida segundo a lei de Deus. E não digamos que esta é uma visão veterotestamentária, já superada. Não! Isto permanece sempre verdadeiro. O autêntico conteúdo da Lei, a suasumma, é o amor a Deus e ao próximo. Este duplo amor, porém, não é qualquer coisa simplesmente doce; traz consigo o peso da paciência, da humildade, da maturação na educação e assimilação da nossa vontade à vontade de Deus, à vontade de Jesus Cristo, o Amigo. Só deste modo, tornando verdadeiro e recto todo o nosso ser, é que o amor se torna também verdadeiro, só assim é um fruto maduro. A sua exigência intrínseca, ou seja, a fidelidade a Cristo e à sua Igreja, requer sempre que se realize também no sofrimento. É precisamente assim que cresce a verdadeira alegria. No fundo, a essência do amor, do verdadeiro fruto, corresponde à palavra relativa ao pôr-se a caminho, ao ir: amor significa abandonar-se, dar-se; leva consigo o sinal da cruz. Neste contexto, disse uma vez Gregório Magno: Se tendeis para Deus, tende cuidado que não O alcanceis sozinhos (cf. H Ev1, 6, 6: PL76, 1097s). Trata-se de uma advertência que nós, sacerdotes, devemos ter intimamente presente cada dia.

Queridos amigos, talvez me tenha demorado demasiado com a recordação interior dos sessenta anos do meu ministério sacerdotal. Agora é tempo de pensar àquilo que é próprio deste momento.

Na solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, antes de mais nada dirijo a minha mais cordial saudação ao Patriarca Ecuménico Bartolomeu I e à Delegação por ele enviada, cuja aprazível visita na ocasião feliz da festa dos Santos Apóstolos Padroeiros de Roma, vivamente agradeço. Saúdo também os Senhores Cardeais, os Irmãos no Episcopado, os Senhores Embaixadores e as autoridades civis, como também os sacerdotes, os colegas da minha Missa Nova, os religiosos e os fiéis leigos. A todos agradeço a presença e a oração.

Aos Arcebispos Metropolitanos nomeados depois da última festa dos grandes Apóstolos, será agora imposto o pálio. Este, que significa? Pode recordar-nos em primeiro lugar o jugo suave de Cristo que nos é colocado aos ombros (cf. Mt 11, 29-30). O jugo de Cristo coincide com a sua amizade. É um jugo de amizade e, consequentemente, um «jugo suave», mas por isso mesmo também um jugo que exige e plasma. É o jugo da sua vontade, que é uma vontade de verdade e de amor. Assim, para nós, é sobretudo o jugo de introduzir outros na amizade com Cristo e de estar à disposição dos outros, de cuidarmos deles como Pastores. E assim chegamos a um novo significado do pálio: este é tecido com a lã de cordeiros, que são benzidos na festa de Santa Inês. Deste modo recorda-nos o Pastor que Se tornou, Ele mesmo, Cordeiro por nosso amor. Recorda-nos Cristo que Se pôs a caminho pelos montes e descampados, aonde o seu cordeiro – a humanidade – se extraviara. Recorda-nos como Ele pôs o cordeiro, ou seja, a humanidade – a mim – aos seus ombros, para me trazer de regresso a casa. E assim nos recorda que, como Pastores ao seu serviço, devemos também nós carregar os outros, pô-los por assim dizer aos nossos ombros e levá-los a Cristo. Recorda-nos que podemos ser Pastores do seu rebanho, que continua sempre a ser d’Ele e não se torna nosso. Por fim, o pálio significa também, de modo muito concreto, a comunhão dos Pastores da Igreja com Pedro e com os seus sucessores: significa que devemos ser Pastores para a unidade e na unidade, e que só na unidade, de que Pedro é símbolo, guiamos verdadeiramente para Cristo.

Sessenta anos de ministério sacerdotal! Queridos amigos, talvez me tenha demorado demais nos pormenores. Mas, nesta hora, senti-me impelido a olhar para aquilo que caracterizou estes decénios. Senti-me impelido a dizer-vos – a todos os presbíteros e Bispos, mas também aos fiéis da Igreja – uma palavra de esperança e encorajamento; uma palavra, amadurecida na experiência, sobre o facto que o Senhor é bom. Mas esta é sobretudo uma hora de gratidão: gratidão ao Senhor pela amizade que me concedeu e que deseja conceder a todos nós. Gratidão às pessoas que me formaram e acompanharam. E, subjacente a tudo isto, a oração para que um dia o Senhor na sua bondade nos acolha e faça contemplar a sua glória. Amén.

Fonte: comshalom.org/carmadelio


É lícito bater palmas, dançar e tocar ritmos como rock ou funk durante a Santa Missa?” Padre Paulo Ricardo responde.


Esta é uma temática que gera muita polêmica. Como batizados somos chamados
a escutar a resposta católica e corresponder com a santa obediência. Ouçamos:


Salve Maria!

Homenagem ao Santo Padre pelos sessenta anos de sacerdócio. Veja vídeos com trechos de sua ordenação.


Gloria a Deus pelo Sacerdócio do Santo Padre.
Sessenta anos de entrega, amor e defesa da fé.
Homem que ama a humanidade e é amigo da verdade.
Que alegria poder ser da geração do Papa Ratzinger.

Veja o que o Santo Padre disse em Freising em 2006 quando ainda era cardeal:

Queridos irmãos e irmãs!

Para mim, este é um momento de alegria e de grande gratidão (…) em particular pelo fato de que agora, no final, pude mais uma vez voltar à Catedral de Freising.

Agora que me encontro nesta Catedral, emergem do meu íntimo muitas recordações ao ver os antigos companheiros e os jovens sacerdotes que transmitem a mensagem, a tocha da fé. Emergem as lembranças da minha ordenação: quando estava aqui, prostrado por terra e, como envolvido pela Ladainha de todos os santos, pela intercessão de todos os santos, me dava conta de que neste caminho não estamos sozinhos, mas que a grande multidão dos santos caminha conosco e os santos ainda vivos, os fieis de hoje e de amanhã, nos apoiam e nos acompanham. Depois foi o momento da imposição das mãos... e, enfim, quando o Cardeal Faulhaber nos bradou: "Iam non dico vos servos, sed amicos" (Já não vos chamo servos, mas amigos"), então experimentei a ordenação sacerdotal como a iniciação na comunidade dos amigos de Jesus, que são chamados para permanecer com Ele e anunciar a sua mensagem.

Acompanhe trechos da ordenação presbiteral do Papa:




Salve Maria!

O Mascarado Polêmico - Kit gay (Parte 1)


28 de jun. de 2011

Maravilhoso video do papa usando um ipad e twitando



* Histórico: Bento XVI acaba de assinar a primeira mensagem de um Papa na rede social ‘Twitter’.http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/gd_imager.pl?img=Tweet_bentoxvi_pt2.JPG&conf=noticia





Bento XVI acaba de assinar a primeira mensagem de um Papa na rede social ‘Twitter’, para anunciar o lançamento do novo portal multimédia do Vaticano, online a partir desta terça-feira.

“Caros Amigos, acabo de lançar o http://www.news.va/. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! Com minhas orações e bênçãos, Benedictus XVI” é o teor do ‘tweet’, disponível em http://twitter.com/#!/news_va_pt.

Segundo a mais recente edição do jornal do Vaticano, ‘L’Osservatore Romano’, “Bento XVI acolheu a proposta de enviar a sua bênção ao povo da rede”, uma ideia do arcebispo Claudio Maria Celli, presidente do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais.

“Devo dizer que o Papa aceitou de imediato e de bom grado. De resto, estima muitíssimo a comunicação e, sobretudo, deseja que a Igreja esteja presente onde o homem vive e se encontra”, acrescenta este responsável.

O novo portal referido por Bento XVI, www.news.va, apresenta as principais notícias publicadas ou emitidas tanto pela Rádio como pelo Centro Televisivo do Vaticano, bem como do VIS (Servço de Informação do Vaticano), do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais e da Misna, agência de notícias do mundo missionário ligada à Santa Sé.

No site, pode ler-se que se quer oferecer ao leitor “uma apresentação multimédia, exclusiva, de todas as outras páginas de comunicação da Santa Sé na Internet”.

Disponível inicialmente em inglês e italiano, o portal utiliza as mais recentes tecnologias digitais para oferecer áudio e vídeo, para além de imagens em alta definição e um feed do twitter com mensagens instantâneas sobre as notícias mais importantes para dispositivos móveis.

A denominação Twitter deriva da palavra inglesa com a mesma grafia, que em português pode ser traduzida por “gorjear” ou “piar”, razão pela qual o logótipo daquela rede social representa um pássaro.

http://www.news.va/en
fonte:http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/

Nota oficial do Cardeal Scherer sobre a parada gay de São Paulo


Parada Gay: respeitar e ser respeitado

Eu não queria escrever sobre esse assunto; mas diante das provocações e ofensas ostensivas à comunidade católica e cristã, durante a Parada Gay deste último domingo, não posso deixar de me manifestar em defesa das pessoas que tiveram seus sentimentos e convicções religiosas, seus símbolos e convicções de fé ultrajados.

Ficamos entristecidos quando vemos usados com deboche imagens de santos, deliberadamente associados a práticas que a moral cristã desaprova e que os próprios santos desaprovariam também. Histórias romanceadas ou fantasias criadas para fazer filmes sobre santos e personalidades que honraram a fé cristã não podem servir de base para associá-los a práticas alheias ao seu testemunho de vida. São Sebastião foi um mártir dos inícios do Cristianismo; a tela produzida por um artista cerca de 15 séculos após a vida do santo, não pode ser usada para passar uma suposta identidade homossexual do corajoso mártir. Por que não falar, antes, que ele preferiu heroicamente sofrer as torturas e a morte a ultrajar o bom nome e a dignidade de cristão e filho de Deus?!

“Nem santo salva do vírus da AIDS”. Pois é verdade. O que pode salvar mesmo é uma vida sexual regrada e digna. É o que a Igreja defende e convida todos a fazer. O uso desrespeitoso da imagem dos santos populares é uma ofensa aos próprios santos, que viveram dignamente; e ofende também os sentimentos religiosos do povo. Ninguém gosta de ver vilipendiados os símbolos e imagens de sua fé e seus sentimentos e convicções religiosas. Da mesma forma, também é lamentável o uso desrespeitoso da Sagrada Escritura e das palavras de Jesus – “amai-vos uns aos outros” – como se ele justificasse, aprovasse e incentivasse qualquer forma de “amor”; o “mandamento novo” foi instrumentalizado para justificar práticas contrárias ao ensinamento do próprio Jesus.

A Igreja católica refuta a acusação de “homofóbica”. Investiguem-se os fatos de violência contra homossexuais, para ver se estão relacionados com grupos religiosos católicos. A Igreja Católica desaprova a violência contra quem quer que seja; não apoia, não incentiva e não justifica a violência contra homossexuais. E na história da luta contra o vírus HIV, a Igreja foi pioneira no acolhimento e tratamento de soro-positivos, sem questionar suas opções sexuais; muitos deles são homossexuais e todos são acolhidos com profundo respeito. Grande parte das estruturas de tratamento de aidéticos está ligada à Igreja. Mas ela ensina e defende que a melhor forma de prevenção contra as doenças sexualmente transmissíveis é uma vida sexual regrada e digna.

Quem apela para a Constituição Nacional para afirmar e defender seus direitos, não deve esquecer que a mesma Constituição garante o respeito aos direitos dos outros, aos seus símbolos e organizações religiosas. Quem luta por reconhecimento e respeito, deve aprender a respeitar. Como cristãos, respeitamos a livre manifestação de quem pensa diversamente de nós. Mas o respeito às nossas convicções de fé e moral, às organizações religiosas, símbolos e textos sagrados, é a contrapartida que se requer.

A Igreja Católica tem suas convicções e fala delas abertamente, usando do direito de liberdade de pensamento e de expressão. Embora respeitando as pessoas homossexuais e procurando acolhê-las e tratá-las com respeito, compreensão e caridade, ela afirma que as práticas homossexuais vão contra a natureza; essa não errou ao moldar o ser humano como homem e mulher. Afirma ainda que a sexualidade não depende de “opção”, mas é um fato de natureza e dom de Deus, com um significado próprio, que precisa ser reconhecido, acolhido e vivido coerentemente pelo homem e pela mulher.

Causa preocupação a crescente ambiguidade e confusão em relação à identidade sexual, que vai tomando conta da cultura. Antes de ser um problema moral, é um problema antropológico, que merece uma séria reflexão, em vez de um tratamento superficial e debochado, sob a pressão de organizações interessadas em impor a todos um determinado pensamento sobre a identidade do ser humano. Mais do que nunca, hoje todos concordam que o desrespeito às leis da natureza biológica dos seres introduz neles a desordem e o descontrole nos ecossistemas; produz doenças e desastres ambientais e compromete o futuro e a sustentabilidade da vida. Ora, não seria o caso de fazer semelhante raciocínio, quando se trata das leis inerentes à natureza e à identidade do ser humano? Ignorar e desrespeitar o significado profundo da condição humana não terá consequências? Será sustentável para o futuro da civilização e da humanidade?

As ofensas dirigidas não só à Igreja Católica, mas a tantos outros grupos cristãos e tradições religiosas não são construtivas e não fazem bem aos próprios homossexuais, criando condições para aumentar o fosso da incompreensão e do preconceito contra eles. E não é isso que a Igreja Católica deseja para eles, pois também os ama e tem uma boa nova para eles; e são filhos muito amados pelo Pai do céu, que os chama a viver com dignidade e em paz consigo mesmos e com os outros.


Publicado em O SÃO PAULO, ed. de 28.06.2011

Card. Odilo P. Scherer

Arcebispo de São Paulo



Pré-escola da Suécia proíbe que crianças sejam tratadas como meninos e meninas


Pré-escola da Suécia proíbe que crianças sejam tratadas como meninos e meninas
THADDEUS BAKLINSKI | 28 JUNHO 2011
INTERNACIONAL - EUROPA

Não há livros infantis tradicionais como Branca de Neve, Cinderela ou os contos de fadas clássicos, disse Rajalin. Em vez disso, as prateleiras têm livros que lidam com duplas homossexuais, mães solteiras, filhos adotados e obras sobre "maneiras modernas de brincar".

ESTOCOLMO, Suécia, 27 junho de 2011 (Notícias Pró-Família) - Em conformidade com um currículo escolar nacional que busca combater a "estereotipação" dos papéis sexuais, uma pré-escola do distrito de Sodermalm da cidade de Estocolmo incorporou uma pedagogia sexualmente neutra que elimina completamente todas as referências ao sexo masculino e feminino.

Os professores e funcionários da pré-escola "Egalia" evitam usar palavras como "ele" ou "ela" e em vez disso se dirigem aos mais de 30 meninos e meninas, de idades variando entre 1 e 6 anos, como "amigos".

"A sociedade espera que as meninas sejam garotinhas gentis e elegantes, e que os meninos sejam viris, duros e expansivos", Jenny Johnsson, uma professora de 31 anos na escola que é sustentada por impostos dos trabalhadores suecos, disse para o jornal Daily Mail. "Egalia lhes dá uma oportunidade fantástica de ser quem quer que eles queiram ser". A diretora Lotta Rajalin disse para a Associated Press que a escola contratou um "pedagogo de diversidade sexual" para ajudar os professores e funcionários a remover as referências masculinas e femininas na linguagem e conduta, indo ao ponto de garantir que os jogos infantis de blocos Lego e outros brinquedos de montagem sejam mantidos próximos aos brinquedos de utensílios de cozinha a fim de evitar que algum papel sexual tenha preferência.
Os pronomes suecos "han" e "hon" (ele e ela), por exemplo, foram substituídos na escola pela palavra sexualmente neutra "hen", um termo inventado que não existe em sueco, mas é amplamente usado pelas feministas e homossexuais.

"Nós usamos a palavra 'Hen' por exemplo, quando um médico, policial, eletricista ou encanador, etc., está vindo à pré-escola", disse Rajalin. "Nós não sabemos se é ele ou ela. Por isso, dizemos: 'Hen está vindo aqui lá pelas 14h'.

Então as crianças poderão imaginar tanto um homem quanto uma mulher. Isso amplia a perspectiva delas".

Além disso, não há livros infantis tradicionais como Branca de Neve, Cinderela ou os contos de fadas clássicos, disse Rajalin. Em vez disso, as prateleiras têm livros que lidam com duplas homossexuais, mães solteiras, filhos adotados e obras sobre "maneiras modernas de brincar".

"Um exemplo concreto poderia ser quando as meninas estão brincando de casinha e o papel de mãe já foi pego por uma e elas começam a disputar", disse Rajalin. "Então sugerimos duas ou três mães e assim por diante".

Contudo, nem todos os pais suecos estão apoiando a agenda de seu país que está eliminando os papéis sexuais.

"Diferentes papéis sexuais não são problemáticos enquanto têm valor igual", Tanja Bergkvist disse para a Associated Press, denunciando o que ela chamou de "loucura da diversidade sexual" na Suécia.

Bergkvist comentou que aqueles que estão promovendo a igualdade entre os sexos com iniciativas que demolem os papéis sexuais "dizem que há uma hierarquia onde tudo o que os meninos fazem recebe importância mais elevada, mas fico pensando: quem é que decide o que é que tem valor mais elevado? Por que há um valor mais elevado em brincar com carros?"

Bergkvist, que é uma crítica eloquente da promoção que o Estado faz de uma estrutura sexualmente neutra nas escolas e de ambientes acadêmicos focados em estudos de diversidade sexual, comentou em seu blog como exemplo da "loucura da diversidade sexual" no país que o Conselho de Ciências da Suécia, que é sustentado pelo governo, deu uma verba de 80 mil dólares para bolsas de estudos de pós-doutorado para pesquisas no "trompete como símbolo de diversidade sexual".

FONTE: http://www.midiasemmascara.org/

Deputada Myrian Rios vitima da ditadura gay emite nota oficial


* Deputada Myrian Rios emite nota oficial.




Faz parte do lobby ideológico; qualquer pessoa que se manifeste publicamente contra o comportamento homossexual é “esquartejada” midiaticamente.

Procura-se nas entrelinhas “qualquer palavra” que possa, de alguma forma, indicar homofobia.

A autêntica homofobia deve ser combatida, sem dúvida, mas o regime de terror nos lembra outros momentos da história onde a liberdade individual foi oprimida. No caso aqui, não é pela maioria mas pela minoria.

Sem discernimento, corre-se o risco de uma certa “guerra” na cabeça de muitas pessoas.

Devemos permanecer firmes na verdade daquilo que cremos, respeitando as pessoas de opinião divergentes, discutindo idéias com liberdade e sendo solidários aos que são perseguidos…Dos dois lados!

Sim, cada vez fica mais claro que além da insana homofobia, existe agora a heterofobia que tentou vitimar mais uma vítima: Myrian Rios.

***

Nota Oficial
Rio de Janeiro, 27 de junho de 2011


Iniciei meu discurso de 21 de junho na tribuna da Alerj relatando a minha condição de católica, missionária consagrada da comunidade Canção Nova e, como tal, eu prego o respeito, o amor ao próximo, o perdão. Destaco que Deus ama a todas as pessoas, pois Ele não faz diferenciação. Em um dos trechos, afirmo: não sou preconceituosa e não descrimino.

Repudio veementemente o pedófilo e jamais tive a intenção de igualar esse criminoso com o homossexualismo. Se entenderam desta maneira, peço desculpas. Conto na minha família com parentes e amigos homossexuais e os amo, respeito como seres humanos e filhos de Deus. Da mesma forma repudio a agressão aos homossexuais, pois nada justifica tamanha violência.

Votei contra a PEC-23 por minhas convicções e não contra este ou aquele segmento de determinada orientação sexual.


MYRIAN RIOS
DEPUTADA ESTADUAL – PDT

FONTE:http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/
Fonte:

Dom Henrique Soares: A propaganda gay, a cultura ex-cristã e os cristãos


Vai crescendo a olhos vistos a propaganda pró-gay. Não é somente a questão contra um preconceito injusto e violento contra as pessoas homossexuais. Trata-se, ao invés, de uma verdadeira apologia do comportamento homossexual, dos atos homossexuais e da chamada cultura gay. Os meios de comunicação fazem pesada propaganda e divulgam eventos gays, desde a Parada de São Paulo, passando pela desastrada decisão do Supremo Tribunal Federal, até a caricatura de casamento numa “igreja” do Rio de Janeiro. Sem dúvida, hoje em dia é chique ser gay!

Todos estes fatos devem fazer os cristãos refletirem... Não sejamos desavisados: cada vez mais posturas, atitudes e comportamentos totalmente estranhos à cultura cristã serão propagados, louvados e impostos... E por quê? Porque nossa matriz cultural já não é o cristianismo: o Ocidente renegou Cristo, apostatou de sua fé. Esta é a verdade! Certamente há ainda muitíssimos cristãos, mas o cristianismo como inspirador da cultura ocidental foi ultrapassado e não tem forças para voltar a inspirar esta sociedade.

Sei que muitos me tacham de pessimista e alarmista quando me escutam dizer isto. No entanto, não posso negar minhas ideias e minhas convicções! Mais ainda: quando as digo – e as tenho dito muitas vezes neste Blog – não é para ser pessimista ou alarmista, mas para ser fiel ao verdadeiro realismo cristão, que não tem medo de encarar a realidade porque sabe que a história está nas mãos do Cordeiro imolado e ressuscitado.

Vejamos: o que estamos presenciando é o descolamento do verniz cristão que, desde Constantino Magno, Imperador romano, passando por Teodósio, Clóvis e Carlos Magno, fora aplicado à sociedade ocidental. É verdade que o cristianismo impregnou a Europa medieval de modo admirável e fecundo, gerando a Cristandade. Mas isto passou! É verdade também que a fé cristã nunca pode ser uma adesão de massa, adesão de uma multidão a Cristo, por moda ou força, sem passar pelo encontro pessoal e transformador com a sua adorável Pessoa. Ora, desde a segunda metade do século XIV, a sociedade ocidental foi se afastando da adesão ao Senhor e foi-se criando uma torta concepção de que o homem somente será ele mesmo quando livrar-se de Deus e do seu Cristo: não a um Deus que diga quem sou, como devo viver ou o que devo crer ou fazer! É esta a ideologia que se impôs e tem triunfado no Ocidente. E sobretudo nas últimas décadas este processo de descristianização da c. ultura ocidental assumiu uma profundidade e uma aceleração impressionantes. Como os cristãos devemos reagir, como devemos nos portar?

1. Fundamentalmente, aprofundando a nossa fé como encontro com Cristo e adesão amorosa à sua Pessoa. O cristianismo é uma questão de amor apaixonado por Jesus: não é questão de maioria, não é questào de todo mundo ter que ser cristão; é questão de amor, de um encontro transformante de amor! Esse amor é estritamente pessoal, mas não é individual: leva-nos à Comunidade dos amantes de Cristo, dos seus discípulos, que o têm como absoluto critério e verdade da existência: a Igreja. É no "nós" da Igreja que experimentamos o Senhor vivo na Palavra proclamada na Escritura e interpretada pela Comunidade de fé em plena sintonia com a doutrina dos Apóstolos, bem como é aí que recebemos e vivenciamos constantemente a graça salvífica do amado Jesus nos seus gestos perenes, que são os sacramentos.

2. Num mundo que oferece todas as porcarias e aberrações possíveis e imaginárias, todos os caminhos mais disparatados e antievangélicos, é imprescindível compreender e estarmos convictos de que nosso modo de viver não decorre de uma norma moralizante exterior, mas do nosso amor, da nossa adesão incondicional a Cristo Jesus, Verdade de toda a humanidade: o amor tem suas exigências e negá-las é não amar, é tornar vão o amor! Assim sendo, a vivência da moral cristã não deve ser vista e vivida como uma regra opressora, mas como expressão de um compromisso de amor exigente porque envolve toda a vida e a vida toda.

3. Vivemos no mundo – num mundo agora "multicultural" e, de modo geral, hostil ao cristianismo. É importante ter convicção de que somos diferentes, de que a escolha de Cristo nos separou do mundo; é essencial não negar a nossa fé, não esconder nosso modo de crer e de viver! Nunca caiamos na ilusão tola de que aplaudindo e mascarando os erros do mundo seremos aceitos e converteremos o mundo. Um dos grandes erros dos cristãos atuais é pensar que ainda somos iguais a todo mundo e que todo mundo nos compreende! daí um irenismo tolo, uma simpatia meio retardada diante dum mundo hostil! Isso sempre degenera somente em covardia e infidelidade ao Senhor e aos testemunho que devemos dar dele. É nosso dever respeitar o mundo, compreender que cada um tem o direito de seguir seu caminho e tomar o rumo que bem entender para a sua vida, mesmo que esse leve à morte e ao inferno. A nossa questão fundamental é que os cristãos vivam como cristãos e proclamem com toda a coragem a sua fé, sem medo nem complexos: cristãos que vivam como cristãos!

4. É necessária também a coragem serena e segura de dialogar com os que não são cristãos. Dialogar é dizer claramente quem somos, no que cremos, como vivemos, o que é certo e o que é errado para nós. Dialogar é escutar os outros, respeitá-los sinceramente, alegrar-se com suas virtudes e acertos, reconhecer seus valores, mas sem ceder um milímetro naquilo que é essencial do nosso modo de crer, de viver e de celebrar segundo Cristo. Somente uma atitude assim nos torna dignos do respeito dos outros. E se não nos respeitarem e se nos excluírem, nada mais estaremos vivenciando que aquilo que o nosso Jesus nos preveniu que aconteceria com seus discípulos e nos tornaria dignos dEle!

Voltemos ao tsunami da propaganda gay. Podem fazer paradas gays, podem fingir casamentos cristãos em pseudoigrejas pseudocristãs, podem dizer que é lindo e normal a vivência da homossexualidade nas relações sexuais, podem afirmar isto e muito mais... Os cristãos sempre terão os olhos e os ouvidos voltados para a Palavra de Deus e para a constante doutrina católica e apostólica: respeitaremos as pessoas homossexuais, refutaremos veementemente qualquer violência ou desrespeito para com elas, afirmaremos sua dignidade humana e de criaturas de Deus, sua capacidade de uma vida reta, de uma vida moral elevada e de real santidade como discípulos de Jesus Cristo. Ao lado disso, dizemos e diremos sempre que o caminho que Deus pensou para a vivência sexual é a heterossexualidade, que as relações sexuais homossexuais são contrárias ao plano de Deus e por ele não são abençoadas nem mesmo com o pretexto de amor – não se confunda amor com sexo nem se resuma amor a sexo ou expressão de amor a relação sexual. Diante de Deus não há nem pode haver casamento homossexual! Também não daremos nunca o nome da família a um par homossexual, não aceitaremos nunca como normal e como direito de quem quer que seja que um par homossexual adote crianças.

Quanto aos homossexuais cristãos, devem sempre ser acolhidos na comunidade cristã, amados, tratados como irmãos, com a maior naturalidade; devem ser ajudados por quem de direito na direção espiritual e na confissão a caminhar na vida fazendo o possível para seguir os preceitos do Senhor do melhor modo que puderem. Se alguma vez caírem, que procurem o sacramento da Penitência, que o Senhor nos deixou a todos como remédio para nossos males.

A questão da homossexualidade precisa ser desdramatizada pelo cristãos: somos todos feridos e redimidos por Cristo. Quem tiver suas feridas e crer em Jesus, que se aproxime dele para dele receber o perdão, a cura interior e a força para ir se superando até que cheguemos todos à estatura do Cristo Jesus. É assim que os cristãos, cada vez mais minoria, serão uma luz – luz de Cristo - num mundo em trevas, serão sal que dá sabor a esta sociedade sem graça e revelarão uma paz e uma alegria de viver que farão os de fora vez por outra perguntar de onde nos vem isto. E os que arriscarem a pergunta haverão de encontrar uma só resposta: vem de Jesus, chamado Cristo! Assim eu vejo esta questão toda... E por isso mantenho minha serenidade...


Fonte: http://costa_hs.blog.uol.com.br


Hoje a Igreja celebra Santo Irineu de Lyon, bispo e mártir. Conheça um pouco de sua história nas palavras de Bento XVI.


Audiência geral de 28/03/2007

Queridos irmãos e irmãs:

Nas catequeses sobre as grandes figuras da Igreja dos primeiros séculos, chegamos hoje à personalidade eminente de Santo Irineu de Lyon. Suas notícias biográficas nos vêm de seu próprio testemunho, que chegou até nós graças a Eusébio, no quinto livro da «História eclesiástica».

Irineu nasceu com toda probabilidade em Esmirna (na Turquia) entre os anos 135 e 140, onde em sua juventude foi aluno do bispo Policarpo, que por sua vez era discípulo do apóstolo João. Não sabemos quando se transferiu da Ásia Menor para a Gália, mas a mudança deve ter coincidido com os primeiros desenvolvimentos da comunidade cristã de Lyon: lá, no ano 177, encontramos Irineu no colégio dos presbíteros.

Precisamente nesse ano foi enviado a Roma para levar uma carta da comunidade de Lyon ao Papa Eleutério. A missão romana evitou a Irineu a perseguição de Marco Aurélio, na qual caíram ao menos 48 mártires, entre os quais se encontrava o próprio bispo de Lyon, Potino, de noventa anos, falecido por causa dos maus tratos na prisão. Deste modo, a seu regresso, Irineu foi eleito bispo da cidade. O novo pastor se dedicou totalmente ao ministério episcopal, que concluiu entre os anos 202-203, talvez com o martírio.Irineu é antes de tudo um homem de fé e um pastor. Do bom pastor tem a prudência, a riqueza de doutrina, o ardor missionário. Como escritor, busca um duplo objetivo: defender a verdadeira doutrina dos assaltos dos hereges e expor com clareza a verdade da fé. A estes dois objetivos respondem exatamente as duas obras que nos restam dele: os cinco livros «Contra as heresias» e «a exposição da pregação apostólica», que pode ser considerada também como o «catecismo da doutrina cristã» mais antigo. Em definitivo, Irineu é o campeão da luta contra as heresias.

A Igreja do século II estava ameaçada pela «gnose», uma doutrina que afirmava que a fé ensinada pela Igreja não era mais que um simbolismo para os simples, pois não são capazes de compreender coisas difíceis; pelo contrário, os iniciados, os intelectuais — chamados «gnósticos» — poderiam compreender o que se escondia detrás destes símbolos e deste modo formariam um cristianismo de elite, intelectualista.

Obviamente, esse cristianismo intelectualista se fragmenta cada vez mais em diferentes correntes, com pensamentos com freqüência estranhos e extravagantes, mas atraentes para muitas pessoas. Um elemento comum destas diferentes correntes era o dualismo, ou seja, negava-se a fé no único Deus Pai de todos, criador e salvador do homem e do mundo. Para explicar o mal no mundo, afirmavam a existência, junto ao Deus bom, de um princípio negativo. Este princípio negativo teria produzido as coisas materiais, a matéria.

Arraigando-se firmemente na doutrina bíblica da criação, Irineu refuta o dualismo e o pensamento gnóstico, que desvalorizam as realidades corporais. Reivindica com decisão a originária santidade da matéria, do corpo, da carne, em igualdade com a do espírito. Mas sua obra vai muito mais além da refutação da heresia: pode-se dizer, de fato, que se apresenta como o primeiro grande teólogo da Igreja, que criou a teologia sistemática; ele mesmo fala do sistema da teologia, ou seja, da coerência interna de toda a fé. No centro de sua doutrina está a questão da «regra da fé» e de sua transmissão. Para Irineu, a «regra da fé» coincide na prática com o «Credo» dos apóstolos e nos dá a chave para interpretar o Evangelho, para interpretar o Credo à luz do Evangelho. O símbolo apostólico, que é uma espécie de síntese do Evangelho, nos ajuda a compreender o que quer dizer, a maneira em que temos que ler o próprio Evangelho.

De fato, o Evangelho pregado por Irineu é o que recebeu de Policarpo, bispo de Esmirna, e o Evangelho de Policarpo se remonta ao apóstolo João, de quem Policarpo era discípulo. Deste modo, o verdadeiro ensinamento não é o inventado pelos intelectuais, superando a fé simples da Igreja. O verdadeiro Evangelho é o ministrado pelos bispos que o receberam graças a uma corrente ininterrupta da revelação de Deus. Deste modo, diz Irineu, não há uma doutrina secreta detrás do Credo comum da Igreja. Não há um cristianismo superior para intelectuais. A fé confessada publicamente pela Igreja é a fé comum de todos. Só é apostólica esta fé, procede dos apóstolos, ou seja, de Jesus e de Deus.

Ao aderir a esta fé transmitida publicamente pelos apóstolos a seus sucessores, os cristãos têm de observar o que dizem os bispos, têm de considerar especificamente o ensinamento da Igreja de Roma, preeminente e antiqüíssimo. Esta Igreja, por causa de sua antigüidade, tem a maior apostolicidade: de fato, tem sua origem nas colunas do colégio apostólico, Pedro e Paulo. Todas as Igrejas têm de estar em harmonia com a igreja de Roma, reconhecendo nela a medida da verdadeira tradição apostólica, da única fé comum da Igreja. Com estes argumentos, resumidos aqui de maneira sumamente breve, Irineu refuta em seus fundamentos as pretensões desses gnósticos, desses intelectuais: antes de tudo, não possuem uma verdade que seria superior à da fé comum, pois o que dizem não é de origem apostólica, eles o inventaram; em segundo lugar, a verdade e a salvação não são privilégio e monopólio de poucos, mas todos as podem alcançar através da pregação dos sucessores dos apóstolos, e sobretudo do bispo de Roma. Em particular, ao polemizar com o caráter «secreto» da tradição gnóstica, e ao constatar suas múltiplas conclusões contraditórias entre si, Irineu se preocupa por ilustrar o conceito genuíno de Tradição apostólica, que podemos resumir em três pontos.

a) A Tradição apostólica é «pública», não privada ou secreta. Para Irineu, não há dúvida alguma de que o conteúdo da fé transmitida pela Igreja é o recebido dos apóstolos e de Jesus, o Filho de Deus. Não há outro ensinamento. Portanto, a quem quer conhecer a verdadeira doutrina lhe basta conhecer «a Tradição que procede dos apóstolos e a fé anunciada aos homens»: tradição e fé que «nos chegaram através da sucessão dos bispos» («Contra as heresias» 3, 3, 3-4). Deste modo, coincidem sucessão dos bispos, princípio pessoal, Tradição apostólica e princípio doutrinal.

b) A Tradição apostólica é «única». Enquanto o gnosticismo se divide em numerosas seitas, a Tradição da Igreja é única em seus conteúdos fundamentais que, como vimos, Irineu chama «regula fidei» ou «veritatis»: e dado que é única, cria unidade através dos povos, através das diferentes culturas, através de povos diferentes; é um conteúdo comum como a verdade, apesar das diferentes línguas e culturas. Há uma expressão belíssima de Santo Irineu no livro «Contra as heresias»: «A Igreja que recebe esta pregação e esta fé [dos apóstolos], apesar de estar disseminada no mundo inteiro, guarda-a com cuidado, como se habitasse em uma casa única; crê igualmente em tudo isso, como quem tem uma só alma e um mesmo coração; e prega tudo isso com uma só voz, e assim o ensina e transmite como se tivesse uma só boca. Pois ainda que as línguas no mundo sejam diversas, única e sempre a mesma é a força da tradição. As igrejas que estão nas Germanias não crêem diversamente, nem transmitem outra coisa as igrejas das Hibérias, nem as que existem entre os celtas, nem as do Oriente, nem as do Egito nem as da Líbia, nem as que estão no centro do mundo» (1, 10, 1-2). Já nesse momento — encontramo-nos no ano 200 — pode-se ver a universalidade da Igreja, sua catolicidade e a força unificadora da verdade, que une estas realidades tão diferentes, da Alemanha à Espanha, da Itália ao Egito e à Líbia, na comum verdade que Cristo nos revelou.

c) Por último, a Tradição apostólica é, como ele diz em grego, a língua na qual escreveu seu livro, «pneumática», ou seja, espiritual, guiada pelo Espírito Santo: em grego se diz «pneuma». Não se trata de uma transmissão confiada à capacidade dos homens mais ou menos instruídos, mas ao Espírito de Deus, que garante a fidelidade da transmissão da fé. Esta é a «vida» da Igreja, que a torna sempre jovem, ou seja, fecunda de muitos carismas. Igreja e Espírito para Irineu são inseparáveis: «Esta fé», lemos no terceiro livro de «Contra as heresias», «nós a recebemos da Igreja e a custodiamos: a fé, por obra do Espírito de Deus, como depósito precioso custodiado em uma vasilha de valor, rejuvenesce sempre e faz rejuvenescer também a vasilha que a contém… Onde está a Igreja, aí está o Espírito de Deus; e onde está o Espírito de Deus, aí está a Igreja e toda graça» (3, 24, 1).

Como se pode ver, Irineu não se limita a definir o conceito de Tradição. Sua tradição, a Tradição ininterrupta, não é tradicionalismo, pois essa Tradição sempre está internamente vivificada pelo Espírito Santo, que a faz viver de novo, faz que possa ser interpretada e compreendida na vitalidade da Igreja. Segundo seu ensinamento, a fé da Igreja deve ser transmitida de maneira que apareça como tem de ser, ou seja, «pública», «única», «pneumática», «espiritual». A partir de cada uma destas características, pode-se chegar a um fecundo discernimento sobre a autêntica transmissão da fé nohoje da Igreja. Mas em geral, segundo a doutrina de Irineu, a dignidade do homem, corpo e alma, está firmemente ancorada na criação divina, na imagem de Cristo e na obra permanente de santificação do Espírito. Esta doutrina é como uma «senda mestra» para esclarecer a todas as pessoas de boa vontade o objetivo e os confins do diálogo sobre os valores, e para dar um impulso sempre novo à ação missionária da Igreja, à força da verdade que é a fonte de todos os autênticos valores do mundo.


Tradução: ZENIT