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6 de jul. de 2011

Vaticano: Ordenações de sacerdotes lefebvristas são ilegítimas

VATICANO, 06 Jul. 11 / 02:52 pm (ACI)

Em declarações ao grupo ACI este 5 de julho, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, assinalou que as recentes ordenações de 20 sacerdotes da Fraternidade São Pio X (lefebvristas) são ilegítimas.

Em resposta a uma pergunta da agência ACI Prensa o porta-voz vaticano disse que "enquanto a Fraternidade não tenha um status canônico na Igreja –sublinhaBento XVI– seus ministros não exercem um ministério legítimo n’Ela".

O sacerdote disse também que este status não será definido "até que os assuntos doutrinais sejam esclarecidos".

Recentemente os lefebvristas ordenaram sacerdotes na Suíça, Alemanha e nos Estados Unidos. Na cerimônia de ordenação de 17 de junho no seminário de Winona (Estados Unidos), o superior geral da Fraternidade São Pio X, Bernard Fellay, valeu-se da homilia para atacar o Vaticano por sua "inconsistência no diálogo" com sua organização.

Nesta ordenação de 5 sacerdotes, Fellay disse que "quando falo de contradição, meus queridos irmãos, refiro-me a que certas pessoas em Roma nos consideram fora da Igreja, excomungados, e inclusive como se tivéssemos perdido a fé e fôssemos hereges. Mas há outros que claramente nos aceitam como católicos".

A Fraternidade São Pio X reúne seguidores do Arcebispo francês Marcel Lefebvre, que faleceu excomungado em 1991, anos depois de ordenar quatro bispos sem autorização do Papa.

Em 24 de janeiro de 2009 o Papa Bento XVI decidiu levantar a excomunhão que pesava sobre estes quatro bispos: Bernard Fellay, Richard Williamson, Alfonso de Galarreta e Tissier de Mallerais.

No dia 29 de janeiro, ao final da audiência geral, o Papa explicou que a decisão de levantar a excomunhão, um "ato de paterna misericórdia", foi tomada porque os bispos até então excomungados, "tinham me manifestado várias vezes seu vivo sofrimento pela situação em que se encontravam".

Bento XVI expressou seu desejo de que "este meu gesto seja correspondido pelo compromisso solícito por parte deles de dar os ulteriores passos necessários para realizar a plena comunhão com a Igreja, testemunhando assim verdadeira fidelidade e verdadeiro reconhecimento do magistério e da autoridade do Papa e do Concílio Vaticano II".

Para precisar ainda mais os alcances do levantamento da excomunhão, no dia 4 de fevereiro de 2009 a Secretaria de Estado do Vaticano indicou em um comunicado que os quatro bispos estão obrigados ao "pleno reconhecimento do Concílio Vaticano II" e do Magistério de todos os Papas posteriores a Pio XII.

O texto também solicitava a um destes quatro, o bispo Richard Williamson, que nega o holocausto, que tome distância "publicamente e de modo totalmente inequívoco” das suas posições em relação à Shoah, “desconhecidas pelo Santo Padre no momento do levantamento da excomunhão".

A nota da Secretaria de Estado Vaticano explicava que "o levantamento da excomunhão liberou os quatro bispos de uma pena canônica muito grave, mas não mudou a situação jurídica da Fraternidade São Pio X, que no momento atual, não goza de nenhum reconhecimento canônico na Igreja Católica".

"Além disso os quatro bispos, embora já não estejam excomungados, não têm uma função canônica na Igreja e não exercem licitamente um ministério n’Ela".

Em outubro de 2009 o superior geral da Fraternidade, Bernard Fellay, assinalou que o Vaticano considerava a possibilidade de converter o seu grupo em uma Prelatura Pessoal, uma estrutura similar à do Opus Dei, como parte das discussões rumo à reconciliação.

Entretanto, em janeiro de 2010 o bispo negacionista do holocausto e um dos quatro da fraternidade São Pio X a quem o Papa Bento XVI levantou a excomunhão em 2009, Richard Williamson, assinalou que as negociações de seu grupo com a Santa Sé constituem "uma conversação entre surdos" na qual nunca se chegará a um acordo porque ambas as posições são "absolutamente irreconciliáveis".

Em fevereiro de 2011 Bernard Fellay confirmou esta opinião de Williamson e em uma entrevista com os membros de sua organização nos Estados Unidos, disse que no diálogo com a Santa Sé não puderam convencer os representantes do Vaticano de fazer que a Igreja retorne ao estado anterior ao Concílio Vaticano II, transgredindo a vontade do Santo Padre.

Fellay explicou nessa entrevista que a Santa Sé assinalou-lhes que "existiam problemas doutrinais com a Fraternidade e que os mesmos deviam esclarecer-se antes de um reconhecimento canônico" por parte da Igreja depois do levantamento das excomunhões.

Instrução sobre a Missa em latim

Do mesmo modo, em maio de 2011, a Pontifícia Comissão Ecclesia Dei divulgou uma instrução que regulamenta a celebração da Missa em latim com o Missal de 1962.

Um de seus principais pontos assinala aqueles que a solicitem não podem ser contrários ao rito ordinário, estendido atualmente em toda a Igreja Católica depois do Concílio Vaticano II, nem tampouco contrários à autoridade do Santo Padre.

Junto com a instrução "Universae Ecclesiae" que regulamenta o Motu Proprio do Papa publicado em 2007, o Diretor do Escritório de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, apresentou uma síntese do primeiro documento na qual se indicava o seguinte:

"É muito importante a elucidação (n.19), segundo a qual os fiéis que pedem a celebração em forma extraordinária ‘não devem sustentar ou pertencer de maneira nenhuma a grupos que se manifestem contrários à validez ou legitimidade da forma ordinária’ e/ou à autoridade do Papa como Pastor Supremo da Igreja universal. Isto estaria em total contradição com o objetivo de ‘reconciliação’ do Motu proprio mesmo".

Embora o ponto 19 da instrução Universae Ecclesiae não mencione nenhum grupo ou pessoa em específico, alguns afirmam que está dirigida aos lefebvristas agrupados na Fraternidade São Pio X.

Quando o Papa Bento XVI publicou o Motu Proprio Summorum Pontificum em 2007, os seguidores de Lefebvre reunidos na Fraternidade Sacerdotal São Pio X, viram com bons olhos esta decisão de liberar a celebração da Missa em latim que até esse momento só poderia ser celebrada com autorização do Bispo.

Entretanto, mantiveram através dos anos seu rechaço ao Concílio Vaticano II.

Liberdade religiosa é muito mais do que a liberdade de culto.


Rádio Vaticano

Dias atrás a Igreja Católica e os delegados das máximas instituições cristãs assinaram um documento intitulado “Testemunho cristão num mundo multirreligioso. Recomendações para um Código de conduta”.

Além do Conselho Ecumênico de Igrejas e da Aliança Evangélica Mundial encontrava-se presente em Genebra, na Suíça, representando a Santa Sé, o Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Cardeal Jean-Louis Tauran.

A Rádio Vaticano pediu ao purpurado francês que nos ilustrasse a importância desse documento ecumênico. Eis o que disse:

Cardeal Jean-Louis Tauran:- Esse documento é importante porque evidencia a necessidade de colocar à disposição da sociedade todo o patrimônio que temos em comum, quando se trata de testemunhar Cristo num mundo multirreligioso.

Nesse âmbito temos um certo número de princípios que podem ser muito úteis no diálogo que os nossos cristãos são chamados a promover em nível das paróquias, da escola e da sociedade em geral. Os valores cristãos que proclamamos, apesar das nossas divisões, devem ser fatores de comunhão também para a sociedade, porque o diálogo inter-religioso não é diálogo entre as religiões, mas é diálogo entre os fiéis e, portanto, na família, na escola e na vida cultural. Esses valores cristãos, que são promovidos por diversas Igrejas cristãs ou por comunidades cristãs, podem servir de inspiração e mostrar que é possível viver a unidade na diversidade.”

RV: O documento insiste também sobre a importância da liberdade religiosa: um tema muito apreciado pelo Santo Padre…

Cardeal Jean-Louis Tauran:- “Sim, porque há uma grande ambigüidade no fundo da questão: a liberdade religiosa é muito mais do que a liberdade de culto. A liberdade de culto é ter um templo para praticar a própria religião, e isso é o mínimo. Mas a liberdade religiosa representa uma dimensão social: os fiéis, todos os fiéis, devem poder contribuir para o bem da sociedade, participando do diálogo público e mediante o engajamento político, cultural e em todos os campos da vida social e não somente individual. Aí, evidentemente, existem dificuldades.”

RV: Qual será, a seu ver, a reação das outras religiões, por exemplo, sobre o difícil tema da conversão?

Cardeal Jean-Louis Tauran:- “O documento não trata da conversão. A conversão é o encontro de duas liberdades: a liberdade de Deus e a liberdade do homem, e aí ninguém pode intervir. Esse é o grande mistério. A conversão forçada não tem nenhum valor para nós. O diálogo inter-religioso é olhar-nos, ouvir-nos, entender-nos e colocar tudo aquilo que temos em comum à disposição da sociedade para o bem de todos.”


Fonte: http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/

O Estado “resolve-tudo”


O Estado brasileiro, a exemplo dos regimes socialistas, cada vez mais se arroga poderes de “resolve-tudo” em matéria social. Se continuar assim, a consequência – a médio e longo prazo – só pode ser o desastre.

Basta ver, por exemplo, o fracasso dos assentamentos de Reforma Agrária por todo o Brasil. Os assentados ou passam adiante os lotes por qualquer preço – pois para eles tudo é lucro – ou muitos acabam vegetando na miséria ou trabalhando fora do assentamento.

A partir do momento em que o Estado se apresenta diante do povo como uma grande mamadeira, a ele acorrem pressurosos não só os verdadeiros pobres mas também incontáveis oportunistas sob diversos rótulos como sem-terra, sem-teto, carente, excluído etc.

Para atender o número crescente dos que se dizem carentes, o Estado opta por sugar cada vez mais os contribuintes com mais impostos ou por aumentar a já pesadíssima divida interna e externa. O resultado final desta política, como o indica a experiência , não pode deixar de ser a queda da renda e do emprego.

Essa mentalidade socialista que tomou conta de grande parte de nossos dirigentes, faz do Estado um ente quase divino, que tem obrigação de prover a todas as necessidades. Na realidade, a médio e longo prazo, o Estado assistencialista não melhora a situação dos pobres e medianos e dificulta aos ricos empregar sua fortuna para o bem do País.

Na maioria das vezes, para os pobres uma política salarial bem conduzida é o caminho mais adequado para melhorar sua situação social e chegar a tornar-se proprietário.

Explica Plinio Corrêa de Oliveira que “é um efeito da justiça social que o salário não possa ser apenas o salário pactuado entre o proprietário e o trabalhador livremente, mas ele tem que atender três condições: ele precisa ser um salário mínimo, para dar o conveniente para o operário viver como homem e viver dignamente; tem que ser um salário justo, quer dizer, se o seu trabalho vale mais do que esse mínimo ele deve ser pago de acordo com o que vai a mais; e terceiro, deve ser um salário familiar, de maneira a permitir a manutenção da mulher, vivendo em casa, e dos filhos, até a idade que possam formados para trabalharam também. Isso é uma projeção dos princípios da justiça social no terreno dos salários. Isso eu estou inteiramente de acordo. Já foi definido por Pio XI, Pio XII, eu estou inteiramente de acordo” (Entrevista com o jornalista Hugh O’Shrwshgni, do “Financial Times”, em 12-10-1976, inhttp://www.pliniocorreadeoliveira.info/ENT%20-%201976-10-12_FinancialTimes.htm).

Se em determinadas situações o salário de mercado não cumpre com as condições acima descritas, corresponde ao empregador complementá-lo para satisfazer essas necessidades, baseado nos preceitos da justiça e da caridade cristãs; e, ao Estado, criar as condições para que o patrão possa cumprir com seus deveres e responsabilidades.

Se os pobres tiverem um salário digno, saberão administrar seus bens, prover a suas necessidades e comprar as terras ou casas que lhes convenham. Sem precisar do Estado “resolve-tudo”.

Fonte: http://www.ipco.org.br

O mundo inteiro virou gay?


5 de julho de 2011 (Notícias Pró-Família) — Um marciano que visitasse os Estados Unidos de hoje poderia muito bem achar que metade da população é homossexual, e que a outra metade deseja ser homossexual.
Isso é bizarro, principalmente quando olhamos para as reais estatísticas que mostram que um número insignificante de 2% da população geral se identifica como “gay”.
Escrevendo em maio no jornal USA Today, Michael Medved, apresentador de um programa de rádio conservador, comentou: “O Instituto Williams de Direito e Políticas Públicas sobre Orientação Sexual ofereceu uma nova estimativa de identificação homossexual, concluindo que 1,7% dos americanos dizem que são gays, e um grupo levemente maior (1,8%) se identifica como bissexual…”
Apesar dos números pequenos (e Medved cita um estudo diferente que coloca o número numa percentagem de apenas 1,4), essa questão parece estar na vanguarda em todas as partes.
Quando o enredo dos Flintstones cantou de alegria pela primeira vez “teremos um tempo como nos tempos velhos e gays [gay em inglês costumava significar ‘feliz’]”, teria sido difícil imaginar como o sentido dessa frase mudou e virou um fenômeno que está varrendo o país inteiro.
Junho pode ter sido o mês do casamento do ano passado nos EUA, mas em junho deste ano o presidente declarou: “Agora, pois, eu, Barack Obama, presidente dos Estados Unidos da América, pela virtude da autoridade garantida a mim pela Constituição e leis dos Estados Unidos, proclamo por meio desta junho de 2011 Mês do Orgulho Lésbico, Gay, Bissexual e Transgênero”.
Olhe para os programas de TV. Em setembro de 2010, o jornal [esquerdista] The New York Times comentou que havia um número recorde de personagens homossexuais de televisão.
Olhe para as escolas, onde as crianças poderiam aprender fatos básicos de história e matemática, mas estão lendo livros que valorizam famílias com duas lésbicas como mães.
De ponta a ponta do país, as pressões a favor do casamento de mesmo sexo estão nas manchetes. A Proposta 8, que foi o polêmico referendo na Califórnia para os eleitores defenderem a definição do casamento como entre um homem e uma mulher, foi derrubada num tribunal federal (anulando os votos de sete milhões de pessoas) e está sob recurso. Em Nova Iorque, a assembleia legislativa acabou, mediante votação, de legalizar o casamento de mesmo sexo. Historicamente, essas coisas estão sendo impostas, por um ativismo judicial, contra a liberdade do povo decidir.
O primeiro casamento oficial de mesmo sexo nos Estados Unidos foi entre duas lésbicas de Massachusetts em 2004, ocasionado por uma ação judicial da ACLU. Graças ao ativismo judicial nesse estado, a constituição de 1780, escrita em grande parte por John Adams, foi torcida pelo mais elevado tribunal desse estado para impor o casamento de mesmo sexo.
Incidentalmente, esse primeiro casamento legal de mesmo sexo já terminou em divórcio.
O que aconteceu em Massachusetts como consequência da legalização do casamento de mesmo sexo?
Para os principiantes, a agenda da militância homossexual começou a dominar. A Igreja Católica, que durante séculos ajudou a colocar órfãos em lares amorosos, já não pode mais trabalhar em Massachusetts porque a Igreja Católica não pode, em sã consciência, colocar essas crianças em lares homossexuais. Assim, as crianças acabam azaradas.
Enquanto isso, os alunos do primeiro grau de Massachusetts têm acesso a camisinhas nas escolas públicas. Conforme Peter Sprigg do Conselho de Pesquisa da Família comenta: O que é que crianças do primeiro grau poderiam fazer com camisinhas, a não ser talvez brigar jogando balões de água umas nas outras?
Penso que tudo isso é muito trágico, pois coloca outro prego no caixão da família americana. O estado da sociedade reflete o estado da família.
Por outro lado, uma das mais importantes, mas uma das menos divulgadas, histórias sobre homossexuais nos EUA é uma história de redenção.
Como produtor de alto escalão e apresentador do programa de televisão A Verdade que Transforma (que no passado era chamado de A Hora da Igreja de Coral Ridge), tive o privilégio de entrevistar mais de vinte cinco ex-homossexuais. Em vez de descrever vidas de felicidade, eles descreveram uma vida cheia de sofrimento, amor condicional e rejeição (apesar de que a sociedade os estava abraçando totalmente).
Como um deles me disse: “Se você separá-los, um a um, há algumas pessoas bastante miseráveis, que estão sofrendo profundamente”.
Mas por meio do poder do Evangelho, esses ex-homossexuais foram libertos de seu estilo de vida do passado.
Alguns até chegaram a se casar (com alguém do sexo oposto — suponho que hoje em dia temos de esclarecer essas coisas). Um dos que entrevistei estava casado há uma década, e agora tinha três belos filhos.
Eles são eternamente gratos pela transformação em seus corações e são parte de uma associação chamada Exodus International.
Um ex-homossexual me disse: “Nunca senti felicidade de ser gay, porém ninguém nunca me ofereceu uma saída”. Mas quando alguém realmente me ofereceu uma saída, ele a aproveitou e foi transformado de dentro para fora.
Como outro ex-gay explicou: “Nunca sonhei que a orientação fosse embora, que mudaria, que me levaria ao ponto na minha vida em que não mais seria uma tentação… Nunca é tarde demais para mudar — porque eu mudei quando decidi que não ia mais me envolver com a homossexualidade”.
Há alguns ex-gays que voltaram aos velhos hábitos? Claro que sim. Esses casos me fazem recordar de ex-fumantes. Só porque alguns ex-fumantes voltam a fumar não significa que outros não tenham a capacidade de abandonar a homossexualidade para sempre.
Eu só desejaria que, ao visitar a terra, o marciano ficasse sabendo de ex-gays e ex-lésbicas, pois eles são uma parte importante desse quadro.
Esta coluna apareceu originalmente no ChristianPost.com

A visão cristã do poder


O grande Bispo Dom Henrique Soares no último dia 31 de Dezembro fez uma bela homília na posse do Governador do Estado de Sergipe. O bispo expôs com muita propriedade o que realmente é o "Poder" na ótica cristã.


A homília na íntegra:

Exmo. Revmo. Sr. Dom José Palmeira Lessa, mui digno Arcebispo Metropolitano,

Exmos. Revmos. Senhores Dom Mário Rino Sivierei, Bispo diocesano de Propriá e Dom Marco Eugênio Galrão Leite, Bispo diocesano de Estância,

Revmos. Sacerdotes,

Exmo. Senhor Governador, Dr. Marcelo Déda Chagas e digníssimos familiares,

Exmo. Senhor Vice-Governador, Dr. Jackson Barreto de Lima e prezados familiares,

Exmas Autoridades dos três Poderes em âmbito federal, estadual e municipal,

Senhoras, Senhores, Irmãos em Cristo Jesus,

Aqui estão Vossa Excelência, Senhor Governador, e toda a sua ilustre Equipe de Governo, para colocar debaixo da proteção de Deus nosso Pai e do sinal da bendita cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo o exercício do seu Mandato executivo, conferido pelo Povo sergipano na eleição do outubro último. Assim procedendo, Vossa Excelência, seu Vice-Governador e seus colaboradores mais próximos, reconhecem o senhorio providente e amoroso de Deus sobre todas as coisas, sobre nossa vida e os acontecimentos da história. Efetivamente, falando do Cristo Jesus como Lógos eterno (isto é, Pensamento eterno e Palavra eterna) do Pai, o Evangelho que acabamos de ouvir proclama: “Tudo foi feito por meio dele e sem ele nada se fez de tudo que foi feito” (Jo 1,3). Eis uma certeza dos cristãos numa época de tantas incertezas e tateamentos: tudo quanto existe é fruto do Pensamento amoroso do Pai, e este Pensamento-Palavra de Deus é Aquele que celebramos por estes dias como nascido pobre, entrado na história dos homens em Belém da Judeia. Assim, que no universo e na história humana, na história de cada um de nós, há uma lógica, um providente, amoroso e misterioso desígnio de Deus, que se coloca em fecundo e respeitoso diálogo com a liberdade humana! Cremos que fruto dessa misteriosa Providência é também o estarmos aqui reunidos para esta Eucaristia de ação de graças e súplica.

Senhor Governador, pelo que sei de Vossa Excelência, dois motivos fundamentais o trazem aqui hoje. Não saberia dizer qual primeiro e qual segundo. Talvez ambos simultâneos, ambos intrinsecamente conjugados no seu ânimo e na sua convicção. De fato, penso que neste hoje, Vossa Excelência entra nesta Casa de Deus, Catedral Metropolitana dos sergipanos, para homenagear o Povo que o elegeu, crente em sua quase totalidade e católico em sua grande maioria. E com satisfação a Igreja, e certamente todos os crentes sergipanos, louvam a sua atitude. Efetivamente, não é digno governante aquele que não sabe prezar e cultivar os valores caros ao seu povo, valores que são importantíssimo fator de coesão social, inspiração de futuro a construir e concórdia entre os cidadãos. E a fé é valor e realidade caríssima aos sergipanos! Mas, bem sei de um segundo motivo que até este Templo traz Vossa Excelência e seus colaboradores – motivo não secundário nem menos importante que o primeiro. Ei-lo: a sua fé pessoal em Cristo Nosso Senhor. Vossa Excelência é cristão católico, professa a existência de Deus e sua entrada na história humana em Jesus Cristo, que por sua santíssima encarnação, morte e ressurreição nos salvou, abrindo a toda a humanidade um novo sentido para a existência seja pessoal seja social, dando à história dos homens um sabor de eternidade.

E, no entanto, cara Excelência, caros amigos e irmãos no Senhor, não deveriam passar despercebidas duas assertivas que emolduram os atos de posse deste novo Governo sergipano e que, numa visão superficial poderiam parecer contraditórias e inconciliáveis. Com efeito, a Escritura Sagrada, Palavra eterna do nosso Deus, afirma peremptoriamente: “Não há autoridade que não venha de Deus, e as que existem foram estabelecidas por Deus” (Rm 13,1). Doutra parte, a Carta Magna da Pátria brasileira afirma com força e solidez pétrea no seu artigo primeiro: “Todo o poder emana do povo...” Teríamos aqui uma contradição, uma aporia de penosas conseqüências na vida do nosso Povo? Teriam as autoridades da República de escolher entre a honra que se deve a Deus e o respeito e a conta que se devem ter para com o Povo? Afinal, qual a fonte da autoridade de um governante: Deus ou o povo que o elegeu?

A fé cristã nos ensina que Deus de tal modo é infinito, de tal modo onipotente, de tal modo onipresente e soberano, que não somente age para além de sua criação, mas está presente no mais íntimo de cada coisa e no interior mesmo da liberdade humana. Aliás, a maior manifestação do poder criativo e soberano do Senhor Altíssimo não está em chamar do nada à existência galáxias e nebulosas, mas em criar, em suscitar liberdades, seres capazes de pensar, de escolher, de dizer sim e dizer não, até mesmo dizer não ao Criador, na trágica aventura do pecado. Sem sufocar a humana consciência, sem humilhar em nada a sua liberdade, a divina providência a suscita, fá-la mais madura e dá-lhe consistência, de modo que podemos afirmar com a melhor tradição cristã que quanto mais Deus esteja presente, mais o homem é humano, mais o homem é livre, mais o homem exerce de modo consistente, reto e criativo a sua liberdade. Já dizia Santo Irineu, no distante século II: “A glória de Deus é o homem vivo!” Era totalmente equivocada a percepção da relação entre Deus e a liberdade humana do francês Maurice Merleau Ponty, ao afirmar que a consciência moral morre ao contato com o Absoluto. Não, senhores! Não há uma relação proporcionalmente inversa entre a ação de Deus e a liberdade, a dignidade e o agir humanos! Mais perspicaz - dramaticamente lúcido e perspicaz - foi o ateu peregrino de Deus, o basco espanhol Miguel de Unamuno, que assim exclamava ao Deus no qual não acreditava, mas que sinceramente procurava durante toda a sua vida: “Sofro eu por tua causa, Deus não existente, pois se tu fosses realidade, eu também existiria de verdade”. Eis, portanto, um mistério que jamais poderemos penetrar totalmente: os acontecimentos da história humana e da história de cada um de nós são fruto do misterioso encontro entre a providência ativa e respeitosa de Deus e a liberdade humana, por ele criada e sustentada de modo verdadeiramente consistente. Assim sendo, Senhor Governador, Excelentíssimas Autoridades, Irmãos e Irmãs, cremos que também nas escolhas de um povo a providência divina age e no resultado de uma eleição a vontade de Deus pode misteriosamente manifestar-se. Deste modo, a ação de graças ao Altíssimo pela sua eleição, a súplica que ora fazemos ao Eterno por um mandato abençoado, o reconhecimento que do Onipotente vem toda a autoridade no céu e na terra e, contemporaneamente, a afirmação convicta do preceito constitucional da soberania popular como fonte do poder dos governantes, em nada se contradizem, quando compreendidas cada uma na sua justa perspectiva.

É, portanto, justíssimo que Vossa Excelência e seu Vice-Governador, eleitos pelo Povo sergipano, rendam graças ao Deus que os escolheu e supliquem hoje a sua bênção e sua graça no exercício do poder que receberam. É a graça de Deus, caríssimos Senhores, que nos sustenta, que nos dá o querer e o realizar, que nos faz iniciar, perseverar e levar a bom termo tudo quanto de positivo realizamos! Sem o Senhor, sem seu Espírito em nós, o que poderíamos fazer de bom, de nobre, de justo, de perene? Diz o Salmista: “Se o Senhor não construir a casa, em vão trabalham os que a constroem. Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigiam as sentinelas” (Sl 126/127,1). Poderíamos mesmo afirmar, de modo ousado, que somente pelos frutos de um governo sabemos se ele vem ou não do Alto, do Onipotente. Efetivamente, para a tradição cristã, nem todo poder é exercido segundo Deus e com a autoridade de Deus. Por isso mesmo, no luminoso século XIII, São Tomás de Aquino já defendia a legitimidade de se derrubar um tirano que ao seu povo trouxesse violência, opressão e desventura. Eis, portanto: há um poder que não vem de Deus, há um poder satânico, diabólico: aquele que não exprime a providência benigna do Senhor, que é vida e bênção para a humanidade e para a criação. Um poder exprime a autoridade vinda de Deus pela vontade do povo que a delegou a um mandatário, quando se coloca convictamente a serviço da vida humana, da sua dignidade do momento da concepção ao seu término natural, quando se faz artífice da justiça social e do respeito pelo criado, quando vela pela conservação e dignidade da família, quando se coloca decididamente em defesa dos débeis e hipossuficientes da sociedade, quando se esforça sinceramente para manter-se probo gerente e guardião do bem público, quando homenageia de modo convicto a consciência da pessoa humana, defende a liberdade religiosa e de expressão, trabalha pela paz e a fraternidade entre os povos. Eis o poder que vem de Deus, eis a autoridade que dignifica um povo, eis o desiderato dos sergipanos ao elegerem Vossas Excelências! Que grande responsabilidade, que belo desafio, que glorioso labor, que possibilidade de bem, Deus e o Povo sergipano - Deus pelo Povo sergipano - colocaram-lhes nas mãos e nos ombros, Senhor Governador, Senhor Vice-Governador!

Estejam certos, Excelências, que cumprindo o preceito do Apóstolo de rezar pelos governantes, a Igreja elevará sua oração por suas pessoas e pelo bom êxito no exercício do mandato que o Povo lhes conferiu. De tal modo sonhe, planeje e proceda este Governo que ora se inicia, que exprima e transpareça a benevolência de Deus e honre o Povo que lhe conferiu tal poder, graças à providência do Altíssimo! Que o Supremo Mandatário dos sergipanos tenha sempre diante de si a solene exortação da Escritura: “Amai a justiça, vós que governais a terra; tende para com o Senhor sentimentos retos, e procurai-o na simplicidade do coração, porque ele é encontrado pelos que não o tentam, e se revela aos que não lhe recusam sua confiança” (Sb 1,1-2).

Senhor Governador, Senhor Vice-Governador, Autoridades deste Governo que nestes dias toma posse, sobre vossas excelentíssimas pessoas, sobre vossos subalternos, sobre vossos familiares e quantos lhe são caros, invoco, em nome do Senhor Arcebispo e no meu próprio, as melhores bênçãos divinas com as palavras da Escritura Sagrada que no Primeiro do Ano a Mãe Igreja nos fará ouvir: “O Senhor vos abençoe e vos guarde! O Senhor faça brilhar sobre vós a sua Face, e se compadeça de vós! O Senhor volte para vós o seu rosto e vos dê a paz!’ (Nm 6,24-26). Felicidades, caros Senhores! Deus os proteja e os conduza e lhes conceda um dia a recompensa dos servos bons e fieis! Amém.


Fonte do texto: www.domhenrique.com.br

EUA quer impor a ideologia gay nos países católicos


EUA quer impor a ideologia gay nos países católicos

04.07.2011 - A Secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, elogiou o trabalho de seu departamento na promoção da ideologia gay com eventos como as "marchas de orgulho" (paradas gay) e um concerto de Lady Gaga em Roma (Itália). Dois peritos advertem que esta postura da administração Obama também poderia terminar por impor esta ideologia nos países católicos.
Austin Ruse, Presidente do Instituto Catholic Family and Human Rights nos Estados Unidos, explicou à agência ACI Prensa que "a administração Obama fez que a agenda dos grupos LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) seja um dos pilares na sua política internacional".
"Fizeram que as embaixadas em todo mundo monitorem e ajudem os grupos homossexuais sem importar se o povo do país aceita (a agenda LGBT) ou não", acrescentou.
Ruse disse à agência ACI Prensa que "os Estados Unidos é muito poderoso e podem forçar os governos do mundo a submeter-se às suas perspectivas para as políticas sociais".
Como mostra deste apoio de Clinton e da administração Obama à ideologia gay que busca destruir o conceito de matrimônio natural, composto por um homem e uma mulher, e a família que se funda nela, no último 27 de junho organizaram junto à organização de gays e lésbicas das agências de relações exteriores, uma celebração do orgulho LGBT.
Os membros destas instituições reuniram 20 chefes de missões da ONU e os fizeram assinar uma declaração pública de apoio à marcha do dia 27 e alentaram "um debate respeitoso e produtivo sobre direitos LGBT".
Depois de uma série de iniciativas executadas na Itália, o único país da Europa que não conta com legislação sobre este tema, e a Eslováquia, Clinton explicou no evento do 27 de junho que o Departamento de Estado também promove os chamados "direitos homossexuais" na Honduras, Uganda, Malaui, Rússia, Turquia, China e outros países.
Também destacou o grande esforço no Conselho de Direitos humanos da ONU em Genebra onde obtiveram ordenar que um estudo para medir "o grau de discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero no mundo" fosse realizado. O Fato foi celebrado pela imprensa secular como algo "histórico" por considerá-la a primeira resolução deste tipo neste organismo.
Do mesmo modo, o departamento de relações exteriores dos Estados Unidos e sua missão permanente ante a Organização de Estados Americanos (OEA) gerou um "observatório" especial para "direitos LGTB" dentro da Comissão Interamericana de Direitos humanos (CIDH).
Sobre este tema, Rebecha Marchinda, Diretora legal da organização World Youth Alliance, –cujo trabalho se realiza principalmente perante a ONU– assinalou à agência ACI Prensa que esta política de promoção da ideologia gay, especialmente em países católicos, "pode terminar na alienação da Igreja do espaço público e do debate sobre estes temas".
"Em vez de reconhecer que os estados têm razões legítimas para reconhecer o matrimônio e a família como instituições, os Estados Unidos procuram enfrentar a Igreja Católica com a sociedade civil afirmando que sua oposição a esta ideologia se apóia somente em idéias retrógradas", denunciou Marchinda.
Algumas destas razões legítimas, explicou, são anteriores à questão religiosa e promovem a dignidade humana e o bem comum.
Rebecha Marchinda disse também à ACI Prensa que não existe uma definição aceita internacionalmente sobre o que significa "orientação sexual" ou "identidade de gênero" e entretanto as autoridades dos Estados Unidos seguem usando estes termos em seu trabalho referente aos direitos humanos.
Com eles, ressaltou, "gera-se confusão entre os estados membros da ONU e especialmente entre aqueles que recebem políticas geradas com esta linguagem para ser aplicadas em suas nações".
Estes conceitos nascem da ideologia de gênero, uma corrente relativista que nasceu nos Estados Unidos há 30 anos e se desenvolveu logo na Europa de acordo à ideologia do feminismo e do pensamento gay.
O que busca é afirmar que a diferença entre homem e mulher é um fato social antes que algo biológico para dar a idéia de que a orientação sexual –e com isso a identidade de gênero e o papel do gênero– contaria mais que o sexo biológico natural.
Fonte: ACI

Filho adepto do satanismo mata mäe por ela acreditar em Jesus


Combate ao Demônio

Brasil: Filho adepto do satanismo mata mäe por ela acreditar em Jesus
05.07.2011 - Mato Grosso do Sul: Adolescente de 17 anos, acusado de matar a mãe de 48 anos de idade, em Aparecida do Taboado (MS), na divisa com São Paulo, disse ter cometido o crime por ele ser adepto a seitas satânicas, e a vítima, por acreditar em Jesus Cristo, uma “invenção do homem”, segundo o rapaz.
O adolescente está detido numa cela da delegacia da Polícia Civil, em Aparecida do Taboado, cidade distante 467 km de Campo Grande. Ele foi preso na manhã do último sábado (02) vagando por uma ponte de 3,8 km que separa a cidade sul-mato-grossense do município de Santa Fé do Sul, interior paulista.
O crime ocorreu às 20h20 da sexta-feira passada, no bairro Chácara Boa Vista, mas foi divulgado somente nesta terça-feira pela Polícia Civil. O registro policial diz que o rapaz mora com o pai em Aparecida do Taboado. Já a mãe, em Maringá (PR). A vítima morreu no mesmo dia em que foi visitar o filho.
Mãe e filho, diz o registro policial, discutiram logo após o adolescente ter dito que havia produzido um vídeo que tratava de terrorismo e ao qual todos da família deveriam assistir. A mãe teria retrucado e dito: “Para com isso meu filho, está estragando a sua vida”. O rapaz continuou: “Você não devia acreditar em Jesus, isso é uma invenção dos homens”.
O pai do adolescente, separado da mulher há dez anos, estava na casa e viu a cena, segundo depoimento na polícia. O adolescente insistiu na discussão: “Quando morrer, eu vou ser ele [apontou o dedo em direção ao pai] e ele serei eu”.
Em seguida, o rapaz, que foi repreendido de novo pela mãe, entrou na cozinha, pegou uma faca e golpeou sete vezes no peito da vítima, que caiu no chão, enquanto o ex-marido corria atrás de socorro.
A mulher morreu num posto de saúde, assim que recebia o atendimento médico. O rapaz foi localizado na manhã seguinte.
Após registrar o caso na polícia, investigadores foram à casa do rapaz e lá apreenderam um computador onde eram arquivados livros em formatos digitais com textos que narram “doutrinas satânicas”, afirma o boletim policial.
Na delegacia, o adolescente confirmou o crime e disse ainda que dominava outros idiomas, como italiano, espanhol, inglês e alemão. Ele tentava conversar nessas línguas, mas as palavras eram incompreensíveis.
Fonte: UOL noticias
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
"Eis que um homem exclamou do meio da multidão: Mestre, rogo-te que olhes para meu filho, pois é o único que tenho.
Um espírito se apodera dele e subitamente dá gritos, lança-o por terra, agita-o com violência, fá-lo espumar e só o larga depois de o deixar todo ofegante". (Lc 9, 38-39)
"Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar". (1Pd 5,8)
"Estarão divididos: o pai contra o filho, e o filho contra o pai; a mãe contra a filha, e a filha contra a mãe; a sogra contra a nora, e a nora contra a sogra.
Dizia ainda ao povo: Quando vedes levantar-se uma nuvem no poente, logo dizeis: Aí vem chuva. E assim sucede. Quando vedes soprar o vento do sul, dizeis: Haverá calor. E assim acontece.
Hipócritas! Sabeis distinguir os aspectos do céu e da terra; como, pois, não sabeis reconhecer o tempo presente?" (Lc 12, 53-56)
Fonte:www.rainhamaria.com.br

Pastor silas malafaia convoca os Católicos a se manifestarem contra as ofensas feita a Igreja católica na parada gay




Tolerante sou eu!!!

Ah, não sei quem é mais chato: se o petralha que vem com as suas tolices já tornadas históricas ou alguns bobalhões que se querem os “guardiões do templo” — alguns do catolicismo; outros, mais amplamente, do cristianismo…

Porque não compartilho de suas mesmas teses conspiratórias sobre o suposto grande complô gay para dominar o mundo (tenham paciência!!!), então eu não teria legitimidade para fazer certas críticas. Ou por outra: porque não me alinho com seus delírios — também eles formam uma minoria de sectários que querem impor a sua vontade aos outros; são iguais aos gays extremistas, só que do outro lado —, então eu não faria uma crítica enérgica o bastante.

Bem, qual é o ponto? Querem que eu trate a homossexualidade como abominação, doença ou sem-vergonhice. Não trato. Uma parcela dos mamíferos e das aves é homossexual e pronto — os répteis, peixes e insetos, não sei… Embora os sectários do movimento gay fiquem bravos comigo — danem-se! —, sou favorável à união civil e, a depender do caso, até à adoção de crianças. E isso irrita muito os sectários do outro lado, que querem me excomungar e dizem que não levo a Bíblia a sério. É mesmo? Comem bacon? Então não levam também! Vão plantar batatas os extremistas!

Não mudei o centro da minha abordagem e não vou ceder a apelo de lado nenhum:
1 - o Supremo exorbitou ao reconhecer a união civil contra o que está explicitado no Artigo 226 da Constituição;
2 - o PLC 122, na forma que tinha (vamos ver agora), agredia a liberdade de expressão e a liberdade religiosa, direitos protegidos pela Constituição;
3 - não se trata de uma luta entre “progressistas” e “reacionários”, a menos que, em nome dos direitos dos gays, estejam querendo impor a mordaça a evangélicos e católicos;
4 - a Parada Gay vilipendiou símbolos do Catolicismo em nome da tolerância.

Querem saber? Nessa confusão toda, eu é que estou entre os tolerantes, não é mesmo? Acho que uns e outros merecem respeito, dentro do ordenamento jurídico dado — obedecendo-se, inclusive, ao ritual para mudá-lo. Ninguém precisa ceder aos valores de ninguém. Não estamos numa guerra evolutiva, como querem alguns, em que um dos lados tenderá a desaparecer depois de devidamente vencido. Isso é uma tolice. Sou imune aos apelos do desvario.

“Mas você não percebe que, ao não abominar os gays e não apontar os seus desvios, está colaborando com o gayzismo etc, etc, etc…” Não! Eu não percebo porque é falso. Se eu tiver de negar algo em que acredito em nome da causa, deixo de pensar e passo a produzir só ideologia vagabunda. “Mas você não percebe que, ao insistir na questão legal, está dando asas a alguns reacionários etc, etc, etc…” Não! Eu não percebo porque é falso. Se eu tiver de negar algo em que acredito em nome da causa, deixo de pensar e passo a produzir só ideologia vagabunda.

Aos primeiros, digo: eu realmente não acho que alguém seja gay por opção ou porque ceda à tentação, assim como muitos de nós precisam tomar cuidado para não exagerar no chocolate… Quem sustenta que homossexualidade é tentação ou escolha não acredita, por suposto, é na heterossexualidade; é uma questão de lógica elementar. Aos outros digo: eu realmente não acho que se trata de uma guerra da luz contra as trevas; tanto é assim que poucas coisas são tão reacionárias, porquanto agrida direitos individuais, como o ta PLC 122 na sua forma original.

O debate, se posto nesses termos, torna todo mundo mais burro e mais intolerante.

Digo, para encerrar, que, se não tenho receio de enfrentar a patrulha do gayzismo, que conta com sólido apoio da imprensa, imaginem se vou me constranger com certos aiatolás de si mesmos! Não há o menor perigo! Eu realmente prego a tolerância e o respeito à diferença e abomino, aí sim, os que se querem, de um lado, monopolistas da tradição e, de outro, monopolistas da mudança.

Por Reinaldo Azevedo