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7 de set. de 2011

Testemunho de um ateu em crise.


Testemunho do Escritor e filósofo suíço Alain De Botton- jornal Il Sole 24 Ore

Depois de ter perdido toda uma série de práticas e de tradições que os ateus consideravam insuportáveis por causa daquilo que Nietzsche definia de “o mau cheiro da religião”. a sociedade secular se empobreceu injustamente. Enquanto buscávamos nos libertar de ideias impraticáveis, também renunciamos erroneamente a alguns dos aspectos mais úteis e fascinantes da religião.

Eu cresci em uma família de ateus convictos, filho de judeus não observantes que colocam a fé religiosa no mesmo plano da fé no Papai Noel. Meu pai tinha conseguido fazer a minha irmã chorar quando havia tentado extirpar da sua mente a ideia, nem tão enraizada, de que, em algum lugar do universo, se escondia um deus solitário.

Eu tinha oito anos, na época. Se os meus familiares descobrissem que alguém, no seu círculo de conhecidos, nutria secretamente um sentimento religioso, começavam a tratá-lo com a comiseração que, em geral, se reserva a quem sofre de uma doença degenerativa. A partir desse momento, para eles, era impensável recomeçar a levá-lo a sério. Embora eu tenha sido fortemente influenciado pela atitude dos meus pais, passados os 20 anos, o meu ateísmo me pôs em crise. As dúvidas surgiram quando eu ouvi pela primeira vez as cantatas de Bach e se desenvolveram enquanto eu observava algumas Madonnas deBellini.

No entanto, foi apenas muitos anos depois da morte de meu pai – enterrado sob uma lápide gravada em hebraico em um cemitério judeu de Willesden, zona noroeste de Londres, porque, detalhe interessante, ele tinha se esquecido de deixar instruções mais seculares – que eu comecei a aceitar o peso da minha ambivalência com relação aos princípios indiscutíveis que me haviam sido incutidos durante a infância.

A minha certeza de que Deus não existe permanecia intacta. Eu me sentia simplesmente mais livre para a ideia de que havia um modo de se aproximar da religião sem ter que aceitar também, por força, o lado sobrenatural; um modo, em termos mais abstratos, de pensar nos Padres sem ofuscar a memória do meu pai. Dei-me conta de que a minha prolongada resistência às teorias sobre o além ou sobre os habitantes do paraíso não era uma justificação suficiente para descartar a música, os edifícios, as orações, os rituais, as celebrações, os santuários, as peregrinações, as refeições em comum e os manuscritos iluminados.

Depois de ter perdido toda uma série de práticas e de tradições que os ateus consideravam insuportáveis por causa daquilo que Nietzsche definia de “o mau cheiro da religião”. a sociedade secular se empobreceu injustamente. Agora, o termo “moralidade” nos causa medo, e, ao pensamento de ouvir um sermão, preferimos dar no pé.

Evitamos a ideia de que a arte pode nos elevar ou ter uma missão ética. Não vamos em peregrinação. Não sabemos mais construir templos. Não temos instrumentos para expressar gratidão. A ideia de ler um manual de autoajuda nos parece estar em contraste com os nossos nobres princípios. Rejeitamos o exercício mental. Raramente vemos desconhecidos cantando juntos. Infelizmente, estamos diante de uma escolha: abraçar a estranha ideia de que existem divindades imateriais, ou abandonar em bloco uma série de rituais reconfortantes, refinados ou simplesmente fascinantes dos quais custamos para encontrar um equivalente na sociedade secular. Talvez, chegou o momento de liberar as nossas necessidades espirituais do verniz religioso que os recobre, embora, paradoxalmente, muitas vezes, é o estudo das religiões que nos fornece a chave para redescobrir e reformular essas necessidades.

A minha tentativa é a de ler as fés, principalmente a cristã, e, em menor medida, a judaica e a budista, em busca de intuições que possam ser úteis na vida secular, sobretudo com relação aos problemas levantados pela convivência dentro de uma comunidade e dos sofrimentos mentais e físicos.

Longe de negar os valores do secularismo, a minha tese é de que, muitas vezes, secularizamos mal, isto é, enquanto buscávamos nos libertar de ideias impraticáveis, também renunciamos erroneamente a alguns dos aspectos mais úteis e fascinantes da religião.

Fonte: http://www.comshalom.org


Congresso continental de teologia equipara o Vaticano II com a teologia da Libertação marxista


REDAÇÃO CENTRAL, 07 Set. 11 / 06:19 pm (ACI)

Diversas organizações católicas latino-americanas agrupadas pela Fundação Amerindia, anunciaram que de 8 a 11 de outubro de 2012 haverá um Congresso Continental de Teologia que equipara o Concílio Vaticano II com a teologia da Libertação marxista (TLM) que dominou parte do debate eclesiástico na América Latina durante a década de 80.

O Congresso, que será realizado no centro de estudos Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos) dos jesuítas em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, lançou recentemente sua página Web oficial, por enquanto apenas em português.

Nela assinalam que "o ano 2012 será um ano muito significativo para a Igreja na América Latina e o Caribe: são os 50 anos da inauguração do Concílio Vaticano II, celebrada pelo Papa João XXIII, e os 40 anos da publicação do livro Teologia da Libertação. Perspectivas, do autor peruano Gustavo Gutiérrez".

Os organizadores nivelam o lançamento do livro de Gutiérrez com o Concílio Vaticano II –o evento eclesiástico mais importante do século XX– ao assinalar que "no marco destes dois acontecimentos que marcaram a Igreja em geral, particularmente na América Latina, está a proposta de um Congresso Continental de Teologia".

"A idéia é não só celebrar uma memória, mas também propor novas perspectivas para uma teologia para nosso continente americano", assinalam.

Segundo a Fundação Amerindia conhecidas entidades eclesiásticas partidárias da TLM como a agência brasileira Adital, a Associação de Teólogos do México, a Confederação Latino-americana de Religiosos (CLAR), a Pontifícia Universidade Javeriana da Colômbia, a Rede Teológico-Pastoral da Guatemala e a Sociedade de Teologia e Ciências da Religião (Soter) do Brasil, já teriam aceito participar do evento.

Além disso, os organizadores dizem contar com o apoio do Instituto Teológico Pastoral (ITEPAL) do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM).

Em declarações ao grupo ACI neste 7 de setembro o Reitor do ITEPAL, Pe. Andrés Torres, confirmou esta informação e disse que "fomos convidados a participar da organização deste evento. Não encabeçamos o evento, mas estamos participando de sua organização".

"No processo de organização nos reunimos em várias ocasiões para desenhar o formato, a temática, os objetivos e os fomentos", acrescentou.

O sacerdote comentou logo que o Congresso se dá no marco dos "40 anos do surgimento desta teologia na América Latina, melhor conhecida como Teologia da Libertação. É o contexto, e desde este contexto se faz esta convocatória a uma reflexão à teologia da América Latina".

Em sua página oficial a Amerindia relata o momento do lançamento da página web oficial do congresso, produzido em um evento ao qual compareceram o Pe. Inácio Neutzling, SJ, diretor do Instituto Humanitas da Unisinos, o Pe. Alfonso Carlos Larrauri Palácio, SJ, vice-presidente da Conferencia de Provinciais Jesuítas da América Latina e provincial do Brasil; o Pe. Marcelo Fernandes de Aquino, SJ, reitor da Unisinos.

Também estiveram presentes o Prof. Dr. Pedro Gilberto Gomes, SJ, pró-reitor acadêmico da Unisinos; o Pe. Claudio Werner Pires, SJ, Secretário da província jesuíta do Brasil Meridional; o Pe. Attilio Hartmann, SJ, Diretor da Associação Cultural Pe. Reus; o Prof. Oneide Bobsin, reitor da Escola Superior de Teologia (EST); e Ermanno Allegri, diretor executivo da agência Adital; entre outros.

Três teólogos da Fundação Amerindia, a Ir. María del Socorro Martínez (México), Pablo Bonavia (Uruguai) e Roberto Urbina (Chile), assinalaram alguns aspectos do processo de preparação do evento.

Martínez relatou que a idéia do congresso contou com entusiasmo e resistência e que originalmente pensavam em realizá-lo em Bogotá, Colômbia "por ser um lugar central no continente"; mas ao ver a realidade "da Igreja local", considerou-se que "o Brasil tinha uma situação melhor".

O Pe. Fernandes de Aquino por sua parte anunciou que o site oficial do Congresso estará em breve em inglês e espanhol, que seriam os idiomas oficiais do evento junto com o português.

Na programação do evento, até poucos dias atrás, para o dia domingo 7 de outubro se indicava o seguinte: "Celebração de abertura. Testemunho da Igreja na América. Gianfranco Cartão Conferência Inaugural. Ravasi".

O escrito não deixava claro se é que havia um erro de redação ou se os organizadores esperam contar com a participação do Cardeal Gianfranco Ravasi, atual Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura.

Até ontem, a página oficial do evento informava que as atividades do congresso incluíam uma série de grupos de trabalho (workshops) onde se debateria a realidade cultural e eclesiástica desde uma série de perspectivas: a de gênero, a ecológica e a homossexual (LGTB).

A programação indicava ademais que a quinta-feira 11 de outubro seria concluída com uma "Celebração de Esperança com o compromisso e a participação de representante de pessoas (sic)".

Ao final desta edição o que a página indicava sobre o programa do evento era apenas que “a programação completa está sendo atualizada e será disponibilizada em breve.”


tFonte: http://www.acidigital.com