Exorcismo

Padres Exorcistas explicam

Consagração a Virgem Maria

Escravidão a Santissima Virgem, Orações, Devoção

Formação para Jovens

Espiritualidade, sexualidade, diverção, oração

16 de mar. de 2010

QUANDO A LEITURA ORANTE DA PALAVRA DE DEUS DÁ FRUTO


Entrevista com padre Bruno Secondin, animador de encontros de “lectio divina”

Por Mirko Testa
ROMA, terça-feira, 16 de março de 2010 (ZENIT.org). – Uma escuta séria e obediente da Palavra, preparada com zelo, mas também com criatividade, pode ser capaz de envolver muitos fiéis e tornar-se fonte de discernimento, capaz de renovar o caminho da fé e a própria vida cotidiana.
Foi o que disse a ZENIT o padre carmelita Bruno Secondin, professor de teologia espiritual e espiritualidade moderna da Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
Na igreja de Santa Maria em Traspontina (www.lectiodivina.it), a poucos passos do Vaticano, padre Secondin conduz, desde de 1996, os encontros de lectio divina, que ocorrem duas vezes ao mês, e que renderam como fruto a coleção Rotem – Ascolto orante della Parola, publicada pela editora Messaggero de Padova (Itália).
Os encontros são gratuitos e abertos a todos os interessados. A escuta orante e dialogante da Palavra é acompanhada por coros meditativos, pausas de silêncio, gestos simbólicos, e também imagens e ilustrações pedagógicas.
lectio divina, normalmente preparada com base em uma das Leituras do domingo seguinte, ocorre na igreja também para enfatizar a ligação entre a Palavra e a Eucaristia.
À frente da próxima reunião, prevista para 12 de março, estará o padre Marko Ivan Rupnik, diretor do ateliê de arte espiritual do Centro Aletti. O jesuíta esloveno, que trabalhou nos mosaicos da Capela Redemptoris Mater do Palácio Apostólico, é autor, dentre outros, dos mosaicos da fachada do Santuário de Lourdes e da Nova Basílica de São Pio em São João Rotondo, além de ter publicado cerca de vinte livros abrangendo temas como estudos bíblicos e vida espiritual.
- Quais são os frutos desta experiência à frente da lectio divina?
- Padre B. Secondin: Iniciamos em 1996, e até aqui já realizamos 172 destes encontros, se contarmos o que será realizado na próxima sexta-feira. Foi um longo percurso, e também uma experiência preciosa, que exigiu de nós não apenas uma vigilância constante para não profanar a Palavra, mas, ao mesmo tempo, um empenho em encontrar modalidades adaptadas à diversidade dos participantes, sempre em número elevado, o que dificulta uma aproximação mais direta. Contamos com uma média de 200 participantes nos encontros, provenientes principalmente de Roma, mas também de outras regiões. Por isso, desde o início tentamos imprimir um ritmo que fosse capaz de envolver tantas pessoas. A participação de alguns grandes professores, como o cardeal Joseph Ratzinger, Carlo M. Martini, Enzo Bianchi, Gianfranco Ravasi, Bruno Forte, Carlos Mesters e outros nos mostrou uma ampla variedade de abordagens e de riqueza de estilos, que todos apreciaram.
- Mas o público chega a experimentar a Palavra, a pregá-la, a traduzi-la em sua própria vida?
- Padre B. Secondin: Não podemos saber muito a esse respeito. Mas o fato de tantas pessoas participarem e retornarem, buscando se informar sobre os textos bíblicos e recorrendo aos cantos que usamos, é certamente um bom sinal. Os quase 100 mil acessos registrados em nosso site nos últimos quatro anos em meio, a boa divulgação dos nossos livros, e das contribuições, o interesse de muitos párocos e comunidades religiosas por nosso método, e pelas traduções de nossos textos para outros idiomas, também nos indicam algo. Como animadores, consideramos uma grande graça trilhar este caminho com as pessoas e com a Palavra: aprendemos a conhecer e amar a Palavra com seriedade, a transmitir sua chama de verdade e doçura; as demonstrações de carinho que recebemos são um sinal de que a “mão do Senhor” nos acompanha. A frequente exortação do Papa à lectio divina nos faz pensar que estamos no caminho certo. Nós semeamos. O Senhor fará germinar e crescer, de acordo com Sua vontade. Somos seus servos, e temos um grande prazer em sê-lo.
- Transcorridos mais de dezesseis meses desde o Sínodo da Palavra de Deus (de outubro de 2008), o que já sabemos sobre a exortação apostólica pós-Sinodal?
- Padre B. Secondin: O último comunicado oficial sobre a preparação desta “exortação apostólica pós-sinodal” é de junho do ano passado: é o comunicado da Secretaria Permanente do Sínodo, divulgado ao final da terceira reunião do XII Conselho ordinário da secretaria. Neste constava que estaria para ser submetida ao Papa uma proposta, tendo em vista a publicação da exortação. O trabalho foi conduzido visando, entre outras preocupações, “à escuta e leitura orante da Bíblia e sua aplicação na vida pessoal, familiar, eclesial e social”. Esta menção à importância da “leitura orante” (tecnicamente, a lectio divina), corresponde à impressão que se tem vinda dos muito sinais de que o Papa tem uma estima particular pela prática da lectio divina. De fato, ele a recomenda, sempre que a ocasião for adequada, e assume pessoalmente o papel de condutor, como ocorreu por exemplo em sua visita ao Seminário Romano (12 de fevereiro) e no encontro com o clero romano (18 de fevereiro). Os próprios exercícios espirituais desenvolvidos recentemente no Vaticano foram realizados segundo a dinâmica dalectio divina. Sabemos com certeza que a Secretaria permanente do Sínodo concluiu em junho de 2009 seu relatório, enviando-o à Secretaria de Estado de Sua Santidade: este é o organismo que está encarregado, desde então, de concluir o trabalho e providenciar sua publicação. Mas até agora nenhuma informação nova foi divulgada. Esperávamos que o texto fosse publicado no Natal, o que não ocorreu.
- Este atraso na publicação da exortação pós-sinodal poderia indicar que ainda restam dificuldades na redação ou questões delicadas por esclarecer?
- Padre B. Secondin: Pelas informações que me foram disponibilizadas, e por diversas outras fontes, sabe-se que o Papa dá grande importância ao esclarecimento da relação entre a exegese científica e o trabalho teológico. Ele mesmo, com frequência, mostra-se um modelo eficaz sobre essa questão. Sua conferência no Sínodo, na qual abordou justamente esse tema, realizada em 14 de outubro de 2008, tornou-se famosa. A partir desta conferência, foram elaboradas 4 proposições finais. Mas, de modo geral, este tema – o da Palavra – certamente tem implicações profundas também para as relações com outras Igrejas e comunidades cristãs, com os judeus, com o mundo das comunicações e para todas as variadas experiências do uso pastoral da Palavra. Por isso, o texto exige uma redação muito cuidadosa, mas, ao mesmo tempo, que permaneça estimulante e aberta às novas experiências com que temos nos deparado. As próprias Proposições, bem como a Mensagem final, já assinalavam esta complexidade.

Bento XVI a jovens: “Precisamos de vós!”












Mensagem para a próxima Jornada Mundial da Juventude

Por Inma Álvarez
CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 15 de março de 2010 (ZENIT.org).- O Papa Bento XVI quis lançar um convite ao compromisso dos jovens com a sociedade, através da sua Mensagem para a 25ª Jornada Mundial da Juventude, que será realizada no próximo Domingo de Ramos, 28 de março.
Nesta mensagem, que a Santa Sé deu a conhecer hoje, o Papa assegura aos jovens a importância das suas escolhas vitais frente à sociedade do futuro; e os convida a “manter a esperança”: “Precisamos de vós!”, reconhece.

Após comentar a passagem evangélica do jovem rico, da qual se tomou o lema desta jornada, o Papa Bento XVI se remeteu à mensagem de João Paulo II em 1985, que pedia aos jovens que não tivessem medo de assumir as próprias responsabilidades.
“Quem vive hoje na condição de jovem se encontra diante de muitos problemas decorrentes do desemprego, da falta de referências ideais corretas e de perspectivas concretas para o futuro”, admite.
Diante disso, “pode-se ter a impressão de que se é impotente diante das crises e desvios atuais”, mas o Papa convidou os jovens a não ceder ao desânimo: “Apesar das dificuldades, não percais a coragem e não renuncieis aos vossos sonhos!”.
Ao contrário, insistiu, “o futuro está nas mãos de quem sabe procurar e encontrar razões fortes de vida e de esperança”.
“Se quiserdes, o futuro está em vossas mãos, porque os dons e as riquezas que o Senhor colocou no coração de cada um de vós, plasmados no encontro com Cristo, podem trazer autêntica esperança ao mundo!”, afirmou o Papa.
“É a fé no seu amor que, tornando-vos fortes e generosos, vos dará a coragem de enfrentar com serenidade o caminho da vida e assumir responsabilidade familiar e profissional”, acrescentou.

Desafios atuais
O Papa recordou aos jovens alguns dos “grandes desafios atuais”, que “são urgentes e essenciais para a vida neste mundo” e que já citou em sua encíclica Caritas in Veritate.
Estes são, explicou, “o uso dos recursos da terra e o respeito da ecologia, a justa divisão dos bens e o controle dos mecanismos financeiros, a solidariedade com os países pobres no âmbito da família humana, a luta contra a fome no mundo, a promoção da dignidade do trabalho humano, o serviço à cultura da vida, a construção da paz entre os povos, o diálogo inter-religioso, o bom uso dos meios de comunicação social”.
“São desafios aos quais sois chamados a responder para construir um mundo mais justo e fraterno. São desafios que requerem um projeto de vida exigente e apaixonante, no qual colocar toda a vossa riqueza segundo o plano que Deus tem para cada um de vós.”
E destaca que “não se trata de fazer gestos heroicos ou extraordinários, mas agir explorando os próprios talentos e as próprias possibilidades, empenhando-se em progredir constantemente na fé e no amor”.
“Cristo chama cada um de vós a empenhar-se com Ele e a assumir a própria responsabilidade para construir a civilização do amor. Se seguirdes a sua palavra, também a vossa estrada se iluminará e vos conduzirá a metas elevadas, que dão alegria e sentido pleno à vida”, conclui.

Papa faz convite a jovens: considerar a vocação












As Jornadas Mundiais da Juventude são uma “iniciativa profética” de João Paulo II

Por Roberta Sciamplicotti
CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 15 de março de 2010 (ZENIT.org).- Bento XVI convida os jovens a colocar-se à escuta de Deus para descobrir qual é o plano pensado por Ele para as suas vidas, na Mensagem para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) deste ano, divulgada hoje.
A JMJ de 2010, cujo tema é “Bom Mestre, o que devo fazer para alcançar a vida eterna?”, supõe um acontecimento especial, afirma o Papa, ao cumprir-se o 25º aniversário da instituição destes encontros pelo Papa João Paulo II.

O Pontífice afirma que a iniciativa do seu predecessor foi “profética”, sublinhando que “trouxe frutos abundantes, permitindo às novas gerações cristãs encontrarem-se, entrarem em atitude de escuta da Palavra de Deus, de descobrir a beleza da Igreja e de viver experiências fortes de fé que levaram muitos à decisão de entregar-se totalmente a Cristo”.
O lema da JMJ deste ano se refere ao episódio do encontro de Jesus com o jovem rico, tema já abordado por João Paulo II em 1985, em sua primeira carta dirigida aos jovens.

Projeto de vida
No jovem do Evangelho, explica Bento XVI, “podemos ver uma condição muito similar à de cada um de vós”.
“Também vós sois ricos de qualidade, de energias, de sonhos, de esperanças: recursos que vós possuís em abundância! – escreve o Papa. A vossa própria idade é uma grande riqueza, não somente para vós, mas também para os outros, para a Igreja e para o mundo.”
“A etapa da vida em que estais imersos é tempo de descoberta: dos dons que Deus vos deu e das vossas responsabilidades”, recorda, acrescentando que é também “tempo de escolhas fundamentais para construir vosso projeto de vida”.
“É o momento, portanto, de interrogar-vos sobre o autêntico sentido da existência e de perguntar-vos: ‘Estou satisfeito com minha vida? Está faltando alguma coisa?’.”
O Papa reconhece que os jovens, como aquele do Evangelho, talvez vivam “situações de instabilidade, de turbação ou de sofrimento”, que os levam a “aspirar a uma vida que não seja medíocre” e a perguntar-se “em que consiste uma vida bem sucedida?” e “qual poderia ser o meu projeto de vida?”, para que esta tenha “pleno valor e sentido”.
“Não tenhais medo de enfrentar essas questões! – exorta. Longe de oprimir-vos, elas expressam as grandes aspirações que estão presentes em vosso coração.”
“Portanto – acrescenta –, devem ser ouvidas. Elas aguardam respostas que não sejam superficiais, mas capazes de atender às vossas autênticas expectativas de vida e de felicidade”.
“Para descobrir o projeto de vida que pode tornar-vos plenamente felizes, colocai-vos à escuta de Deus, que tem um plano de amor por cada um de vós”, aconselha o Papa.
“Com confiança, perguntai-lhe: ‘Senhor, qual é o vosso plano de Criador e Pai sobre a minha vida? Qual é a vossa vontade? Eu desejo realizá-la’. Tende certeza de que Ele vos responderá. Não tenhais medo da sua resposta!”

Acolher a vocação
Por ocasião do Ano Sacerdotal, o Pontífice dedicou um pensamento especial àqueles que sentem o chamado à vida consagrada.
Neste sentido, convidou os jovens a estarem “atentos se o Senhor convida para um dom maior, na via do sacerdócio ministerial, e a permanecer disponíveis para acolher com generosidade e entusiasmo este sinal de especial predileção, traçando, com a ajuda de um sacerdote, do diretor espiritual, o necessário caminho de discernimento”.
A vocação cristã “brota de uma resposta de amor do Senhor e só pode se realizar graças a uma resposta de amor”, sublinha o Papa.
“Não tenhais medo, então, queridos jovens e queridas jovens, se o Senhor vos chama à vida religiosa, monástica, missionária ou de especial consagração: Ele sabe doar profunda alegria àqueles que respondem com coragem!”
Da mesma forma, convidou os que sentem o chamado ao matrimônio a “acolhê-lo com fé, empenhando-se em colocar uma base sólida para viver um amor grande, fiel e aberto ao dom da vida, que é riqueza e graça para a sociedade e para a Igreja”.

Em todos estes casos, trata-se de responder ao projeto que Deus tem para cada um. “A exemplo de muitos discípulos de Cristo, também vós, queridos amigos, acolhei com alegria o convite para o discipulado, para viver intensamente e de modo frutífero neste mundo”, conclui o Papa.
“Nunca é tarde demais para responder-lhe!”

15 de mar. de 2010

Igreja é última realização da vontade divina











«Pecados da Igreja nunca anularão a fidelidade de Jesus Cristo», diz cardeal

LISBOA, segunda-feira, 15 de março de 2010 (ZENIT.org).- O Cardeal-Patriarca de Lisboa, Dom José Policarpo, afirmou nesse domingo que a Igreja “é a última realização” da vontade divina antes do final dos tempos e que ela é também, para Deus, “a última esperança” de ter um povo que lhe seja fiel.
Na quarta catequese quaresmal deste ano, proferida na Sé Patriarcal – segundo informa Agência Ecclesia – Dom José Policarpo sublinhou que todos os membros da Igreja são chamados de “povo sacerdotal” porque “a santidade da sua vida é o verdadeiro culto que Deus espera”.
Deus quer que a Igreja seja mediadora entre Ele e toda a humanidade, favorecendo a “realização última” do desígnio divino, isto é, o desejo “de reunir, no fim, todos os homens num só Povo, que o louvem, contemplem a sua glória e experimentem a alegria do amor”.
Para Dom José Policarpo, a revelação da vontade divina para a humanidade é uma “manifestação da persistência de Deus”, que “não desiste de vir um dia a ter esse povo que Ele deseja, que O louve com toda a sua vida”.
“Os pecados da Igreja nunca anularão a fidelidade de Jesus Cristo”, acrescentou o purpurado.
“Não há perigo de mais uma desilusão para Deus, porque a Igreja é Cristo, identifica-se com Cristo, a sua fidelidade é a de Cristo, a força que a move é o próprio Espírito de Cristo.”
Como resposta à ação divina, Deus espera da Igreja uma “atitude sacerdotal”, que contribua para que os seus membros possam “sentir já na história a alegria da intimidade com Ele”.

Papa convida os jovens a não temer o sacerdócio













15.03.2010 - O Papa Bento XVI convidou os jovens a "não temerem" o compromisso com "a vida religiosa, monástica e missionária", em mensagem publicada nesta segunda-feira pelo Vaticano, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude que se celebrará no próximo 28 de março.
"Não temam, queridos jovens, se o Senhor os chama à vida religiosa, monástica, missionária ou de especial consagração", disse.
"Quero exortar jovens e adolescentes a estarem atentos ante o chamado do Senhor", afirmou o Papa, solicitando às novas gerações receber com "generosidade e entusiasmo" esse sinal e recorrer, logo, "ao discernimento" de um sacerdote para entender a vocação.
Ao mesmo tempo, o pontífice instou aos que se sintam inclinados ao casamento a comprometer-se a vivê-lo "com grande amor e fidelidade".
Em seu pronunciamento, o chefe da igreja católica conclamou os jovens a cultivarem "a fraternidade, a justiça e a paz" ante os "desafios atuais", observando ainda o "respeito à ecologia, à justa distribuição de bens, ao controle dos mecanismos financeiros e à solidaridade com os países pobres".
Fonte: Terra noticias

Lula visa garantir aborto como "direito" e proibir crucifixos











Matthew Cullinan Hoffman | 26 Janeiro 2010

"Educação e Cultura em Direitos Humanos", o quinto "eixo" do programa, determina que as crianças desde a infância devem ser doutrinadas no conceito governamental de "direitos humanos", o qual inclui "o estudo da temática de gênero e orientação sexual" com o propósito de "combater o preconceito, às vezes arraigado na própria família".
BRASÍLIA, Brasil, 22 de janeiro de 2010 (Notícias Pró-Família) - O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva introduziu um enorme pacote de reforma legislativa no último ano de seu mandato que garantirá o aborto como "direito humano", imporá a ideologia socialista e homossexual nas escolas e meios de comunicação e proibirá crucifixos em dependências governamentais, entre outras medidas.
O programa legislativo, que se chama Terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), estabelecerá um nível de controle sobre os meios de comunicação e propriedade privada que está sendo chamando de "golpe de Estado" não violento e "ditadura" de um partido socialista. O programa provocou protestos generalizados de instituições abrangendo desde a Igreja Católica até a liderança militar, o setor agrícola e até ministros de governo.
A liderança da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma declaração que "reafirma sua posição, muitas vezes manifestada, em defesa da vida e da família, e contrária à descriminalização do aborto, ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e o direito de adoção de crianças por casais homoafetivos".
A liderança da CNBB "rejeita, também, a criação de 'mecanismos para impedir a ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos da União', pois considera que tal medida intolerante pretende ignorar nossas raízes históricas".
Ditadura de um partido socialista?
Se o Partido dos Trabalhadores tiver êxito em impor o pacote legislativo contido no PNDH-3, receberá amplos poderes para silenciar organizações da mídia que discordem de sua ideologia, para impor sua agenda política pró-aborto e pró-homossexualismo no país inteiro e para minar os direitos de propriedade privada. Os abrangentes poderes propostos pelo governo levaram pelo um proeminente jornalista do Brasil a falar de "ditadura" de um partido.
Por exemplo, o programa trata o assassinato de bebês em gestação como "direito humano" a ser protegido pelo Estado. A Diretiva 9 inclui "Apoiar a aprovação do projeto de lei que descriminaliza o aborto, considerando a autonomia das mulheres para decidir sobre seus corpos".
A diretiva também ordena a criação de "campanhas e ações educativas para desconstruir os estereótipos relativos às profissionais do sexo".
"Educação e Cultura em Direitos Humanos", o quinto "eixo" do programa, determina que as crianças desde a infância devem ser doutrinadas no conceito governamental de "direitos humanos", o qual inclui "o estudo da temática de gênero e orientação sexual" com o propósito de "combater o preconceito, às vezes arraigado na própria família".
A Diretiva 10 dá um golpe decisivo na tradição brasileira de mostrar crucifixos em dependências públicas, ordenando a criação de "mecanismos para impedir a ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos da União".
A diretiva também propõe "Realizar campanhas e ações educativas para desconstruir os estereótipos relativos à... identidade sexual e de gênero".
A Diretiva 19 do programa exige a criação de currículos "para todos os níveis e modalidades de ensino da educação básica" para "promover o reconhecimento e o respeito das diversidades de gênero, orientação sexual, identidade de gênero..."
As diretivas educacionais do programa terão um impacto ainda maior considerando o fato de que o governo recentemente aprovou uma emenda constitucional obrigando todas as crianças a serem enviadas para a escola a partir de 4 anos de idade.
Amplo Controle dos Meios de Comunicação e Propriedade Privada
A Diretiva 22 do PNDH-3 estabelecerá o controle estatal no conteúdo dos meios de comunicação, exigindo que as estações de rádio e TV mostrem "respeito aos Direitos Humanos nos serviços de radiodifusão (rádio e televisão) concedidos, permitidos ou autorizados, como condição para sua outorga e renovação [de suas licenças], prevendo penalidades administrativas como advertência, multa, suspensão da programação e cassação, de acordo com a gravidade das violações praticadas".
A diretiva também determina a criação de "incentivos" para "pesquisas regulares que possam identificar formas, circunstâncias e características de violações dos Direitos Humanos na mídia".
A Diretiva 8 propõe o uso dos meios de comunicação como porta-vozes do programa governamental de doutrinação em "direitos humanos" para jovens, determinando a "informação às crianças e aos adolescentes sobre seus direitos, por meio de esforços conjuntos na escola, na mídia impressa, na televisão, no rádio e na Internet".
Com relação à propriedade privada, o PNDH-3 propõe que um "sistema legal" especial seja criado para a "mediação de conflitos fundiários urbanos, garantindo o devido processo legal e a função social da propriedade". O programa usa linguagem semelhante para os conflitos de propriedade rural. De acordo com o jornal conservador espanhol El Pais, a linguagem é quase idêntica a do presidente Hugo Chavez da Venezuela, que fala do conceito de "propriedade social".
O programa provocou choque e ameaças de demissão de elevados líderes militares por propor a criação de uma "Comissão da Verdade" para examinar crimes cometidos pelo regime militar na década de 1960 e 1970. Os líderes militares estão isentos de ações legais de tais crimes de acordo com as atuais leis brasileiras. Lula acalmou temores entre líderes militares concordando em aplicar a comissão para todas as violações de "direitos humanos", as quais presumivelmente incluem as atividades terroristas da oposição socialista durante o mesmo período.
Controvérsias entram em erupção no Brasil
Embora o presidente Lula tenha aquietado temores de uma perseguição socialista contra seus antigos inimigos militares, o plano continua a provocar revolta e feroz oposição dentro do Brasil.
Reinaldo Azevedo, que dirige um blog para a revista mais lida do Brasil, a Veja, diz que a proposta estabelecerá uma "ditadura" dirigida pelos camaradas do presidente Lula, chama-a de um "golpe de Estado" sem derramamento de sangue e compara o governo ao de Hugo Chavez, que está gradualmente eliminando as liberdades civis na Venezuela.
Azevedo também escreve que as propostas "extinguirão a propriedade privada no campo e nas cidades" e declara que "o Regime Militar instituído em 1964 foi mais explícito e mais modesto" em suas intenções.
Dimas Lara Resende, secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, comentou que "daqui a pouco vamos ter de demolir a estátua do Cristo Redentor".
As associações de mídia e agricultura também levantaram a voz contra as propostas.
O presidente da Confederação Nacional da Agricultura, a senadora Kátia Abreu, disse que a criação de programas de mediação em casos em que as pessoas invadem propriedade privada incentivará a violência rural e prejudicará os direitos de proprietários de terras. Andre Meloni Nassar, diretor-geral do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais, escreve que o programa é um "funeral para o agronegócio".
Até mesmo o ministro da agricultura de Lula, Reinhold Stephanes, rejeitou a idéia, expressando temores de que tais medidas "aumentarão a insegurança no país" e "fortalecerão organizações radicais".
Embora o próprio Lula tenha expressado preocupação com algumas partes do programa, ele parece determinado a defendê-lo, embora o programa ameace minar a forte popularidade de Lula em seu último de governo.
Publicado originalmente com o título Presidente do Brasil busca garantir aborto como "direito" e proibir crucifixos em prédios governamentais.

Tradução: Julio Severo
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/ldn/2010/jan/10012208.html
Copyright © LifeSiteNews.com. Este texto está sob a licença de Creative Commons Attribution-No Derivatives. Você pode republicar este artigo ou partes dele sem solicitar permissão, contanto que o conteúdo não seja alterado e seja claramente atribuído a "Notícias Pró-Família". Qualquer site que publique textos completos ou grandes partes de artigos de Notícias Pró-Família ou LifeSiteNews.com em português tem a obrigação adicional de incluir um link ativo para "NoticiasProFamilia.blogspot.com". O link não é exigido para citações. A republicação de artigos de Notícias Pró-Família o LifeSiteNews.com que são originários de outras fontes está sujeita às condições dessas fontes

A situação da Igreja no Brasil










Será preciso "grandeza de alma" para se colocar as exigências do Reino de Deus acima das nossas. Os inimigos da Igreja estão articulados e as forças da Igreja estão esparsas; esse é o problema. Não podemos fugir deste mundo, e muito menos simplesmente condená-lo. Jesus disse que não veio para condenar o mundo, mas para salva-lo; a nós cabe fazer o mesmo.

A cada dia intensifica-se um laicismo anti-católico no Ocidente, uma afronta a nossas raízes cristãs. No entanto, não percebemos uma reação forte por parte dos católicos. Podemos notar que também no Brasil o mesmo é crescente. A Igreja é colocada cada vez mais como a vilã da história e da sociedade, contrária ao progresso, etc. Tudo isso, porque tem a coragem de denunciar seu comportamento pecaminoso no que fere a lei de Deus, inscrita no coração de cada homem: aprovação ao aborto, a união legal de pessoas de mesmo sexo - com adoção de crianças -, manipulação genética de embriões - como se fossem seres descartáveis -, inseminação artificial, eutanásia, suicídio assistido, controle egoísta da natalidade, distribuição de camisinhas e de pílulas do dia seguinte aos jovens etc.A Igreja Católica, que é a Lumem gentium (Luz dos povos) faz a Luz de Cristo brilhar nas trevas deste mundo, missão que o Senhor lhe confiou, mas as trevas gritam contra ela. "... a vida era a luz dos homens; e a luz brilha nas trevas, mas as trevas não a compreenderam... Ele estava no mundo, e o mundo foi feito por meio dele, mas o mundo não o reconheceu" (Jo 1, 4-10). Em nosso Brasil, a maioria do povo diz ser católica, nossas raízes são católicas, nossa cultura e nossa tradição são católicas, mas esse povo infelizmente é quase analfabeto em doutrina, e muitas vezes alienado da realidade política e social; isso o deixa a mercê das seitas e de minorias que desejam implantar ideologias contrárias à fé da maioria. Esse povo bom, mas inculto, que na sua maioria não lê um jornal ou revista, e só se informa pela televisão, facilmente se deixa enganar até mesmo por um governo que propõe medidas ofensivas a moral católica, como acontece agora com o Plano Nacional de Direitos Humanos - 3, que é desumano. Este Plano, por exemplo, propõe a aprovação do aborto, do casamento de pessoas do mesmo sexo com adoção de filhos, a retirada dos símbolos religiosos católicos das repartições públicas, restringe a livre expressão das idéias, incentiva as invasões de propriedades alheias, limita a ação da justiça nas reintegrações de posse a seus legítimos donos, sugere a revisão da Lei da Anistia, ameaçando agitar a sociedade etc. No entanto, em que pese toda manifestação dos bispos, a maioria da população católica parece ainda inerte, imóvel, omissa, como se nada estivesse acontecendo. Ou não toma conhecimento dos fatos ou o ignora de maneira alienante. Também grande parte do povo católico se satisfaz com o pão e o circo oferecidos pelo governo que age de maneira imoral. Esse povo não reage nem mesmo quando a fé católica é ofendida, a Igreja atacada, os sacramentos profanados, os santos ridicularizados e muitas vezes caricaturados, etc. Estamos sofrendo uma guerra declarada. Já vivemos um martírio incruento, e não será surpresa se em breve se tornar cruento, também em nosso país, como acontece hoje na Índia, no Iraque, na Arábia Saudita etc., onde milhares de cristãos são mortos pelo simples crime de seguirem a Jesus Cristo. Como unir e acordar esse povo católico, para que de maneira organizada e ordeira enfrente essa onda anti-católica que atravessa o mundo e também o Brasil? As forças do ateísmo e do laicismo anti-católico atuam fortemente nas universidades, na mídia e nos movimentos sociais, que se apóiam o governo e se beneficiam de seus recursos. Infelizmente um segmento da Igreja, avesso à autoridade da Igreja, desobediente ao que vem da Santa Sé, favorece muitas vezes a rebeldia contra a própria Igreja e fortalece o laicismo. Pois "Todo reino dividido contra si mesmo será destruído. Toda cidade, toda casa dividida contra si mesma não pode subsistir". (Mt 12, 25). Em nossa Igreja no Brasil, com uma desviada hermenêutica da chamada "opção preferencial pelos pobres", acabamos abandonando os postos chaves na sociedade que outrora ocupávamos: as universidades, os laboratórios científicos, o mundo da cultura etc. Deixamos, assim, espaço aberto para que os marxistas pudessem fazer a cabeça daqueles que são hoje a cabeça da sociedade. Infelizmente, não só no governo atual, mas também na Igreja, vemos o incentivo da política do "pão e circo". Reunimos multidões de fiéis, lhe damos-lhes palavras bonitas - e tão vazias de conteúdo! -, algumas lágrimas e sentimentos à flor da pele. Muitos saem contentes, e tudo termina em nada. A profecia de Oséias é atualíssima: "Meu povo perece por falta de conhecimento" (Os 4,6). Já é hora de querermos deixar de contentar-nos com sermos cristãos superficiais. Precisamos dar-lhes alimento sólido, que os fortaleça na fé, tornando-a inabalável diante de qualquer contrariedade. O povo tem sede de verdade, mesmo que seja duro ouví-la. Chega de pregações adocicadas, que não dizem nada! Cristianismo não é poesia! Precisamos de cristãos totalmente informados pela fé, que a testemunhem por toda parte, e não somente nas sacristias de nossas paróquias. É preciso levar o povo católico a conhecer a verdade, ser informado, e deixar de ser manipulado; este é o grande desafio atual. Pensamos que a Igreja é capaz de furar essa crosta que impede esse povo bom e desinformado de tomar conhecimento e participar da luta contra, por exemplo, esse PNDH, porque a mídia jamais vai fazer isso. Como diz Pe. Paulo Ricardo "há uma espiral de silêncio" que precisa ser quebrada. Temos que unir forças. Voltar a conquistar estes meios. Construir uma rede com as pessoas boas - não só na intenção, mas com qualidade espiritual, humana, profissional - e organizar com inteligência nosso apostolado. Temos a firme esperança aí que não contamos somente com meios humanos, e, por isso, devemos ser audazes. Nesse sentido, não podemos esquecer que, antes de qualquer técnica de ação, devemos estar inteiramente unidos a Deus através de nossas armas sobrenaturais. Daí deve derivar, diante de tudo, um profundo otimismo, não ingênuo, mas espiritual, fruto da convicção de que com Ele nos tornamos onipotentes. Os filhos das trevas são os que deveriam tremer diante de nós, pois nossas armas são muitíssimo mais eficazes. Além de todo auxílio sobrenatural - que nos torna infinitamente superiores nesta guerra -, temos nossos púlpitos - quantos brasileiros vão a Santa Missa dominical! -, temos vários meios de comunicação - TV, jornais, internet -, e contamos - apesar de tudo - com grande credibilidade por parte de nosso povo brasileiro: eles confiam na Igreja! O que fazer de concreto? Além da luta pela santidade - que é o que mais conta - já que é o Senhor o protagonista dessa luta -, devemos estreitar nossa rede de contato. Tentar entrar mais nesses meios que possuímos. Mais encontros de formação, retiros para os intelectuais, universitários, cientistas, jornalistas para atingir o povo. É urgente levar esse povo católico, em massa, a participar, escrever às autoridades, aos políticos, fazer manifestações organizadas e ordeiras; sim, esse povo que vai à Missa, a grupos de oração, que participa dos novos Movimentos e das novas Comunidades, que prega o Evangelho da salvação pelo Rádio, pela TV, pela internet, etc. Aqui entra, sem dúvida, o papel importante das televisões católicas. Enfim, é preciso uma ação unida, coordenada, de todos os católicos frente a tudo que estamos vendo de errado sobre bioética, corrupção, PNDH, etc. É preciso envolver as realidades que querem ser fiéis à Igreja (Opus Dei, Regnum Christi, Comunhão e Libertação, Caminho Neocatecumenal, Cursilhos de Cristandade, Renovação Carismática, Equipes de Nossa Senhora, Serra Clube etc.) e Comunidades de Vida (Canção Nova, Shalom, Obra de Maria etc.), incluindo também as paróquias e dioceses; além dos políticos católicos. Revelar ao mundo a unidade transcendental da Igreja, que nos une por cima de toda diferença. "Nisto conhecerão que sois meus discípulos..." (Jo 13,35). É claro que isso é algo difícil, muito difícil, mas se todos nos mobilizarmos no sentido de buscar essa união podemos fazer algo. Será preciso "grandeza de alma" para se colocar as exigências do Reino de Deus acima das nossas. Não adianta permanecermos entre nós com choros e lágrimas, como se fossemos uma "equipe de consolo mútuo". Muita gente silenciosa está descontente com tudo isso; é preciso envolvê-los. Há muitos sites na internet que mostram isso. E esse é um instrumento poderoso de articulação hoje. Os inimigos da Igreja estão articulados e as forças da Igreja estão esparsas; esse é o problema. Receamos que se não fizermos algo hoje, amanhã talvez seja tarde, e quem sabe as leis não nos permitam amanhã pregar contra a homossexualidade, o aborto, o sexo livre, ... e tudo o que é contrário à lei de Deus. Sabemos que a audácia dos maus se alimenta da omissão dos bons. Não podemos fugir deste mundo, e muito menos simplesmente condená-lo. Jesus disse que não veio para condenar o mundo, mas para salva-lo; a nós cabe fazer o mesmo. Ao vislumbrar o terceiro milênio da cristandade, o Papa João Paulo II convocou os cristãos para "pescar em águas mais profundas", onde se encontram peixes mais numerosos e maiores. João Paulo II e Bento XVI nos enviam para alto mar ("duc in altum"). E para isso é preciso estarmos preparados; o mar é bravio, podem surgir as tempestades a qualquer momento, ondas altas, vento forte, ameaçando virar a barca. Não podemos mais ficar pescando na praia, com varinha de bambu, linha fina e anzol pequeno. A evangelização, a conversão de almas para Deus, não é um passa-tempo; mas uma missão árdua, que precisa ser cumprida com esmero: preparo e oração. Não é fácil arrancar as presas dos dentes do lobo cruel e assassino. "Sem Mim nada podeis fazer" (Jo 15,5). Mas, é preciso também o preparo. Paulo VI disse que a mediocridade ofende o Espírito Santo. Deus está pronto para mover os céus para realizar o que está além da nossa natureza, mas não moverá uma palha para fazer o que depende de nós. Ele faz o grão germinar, mas jamais virá preparar o solo e nele lançar a semente: "O Deus que te criou sem ti, não te salvará sem ti" (Santo Agostinho, Sermo 15,1). O Papa João Paulo II na memorável vigília da Solenidade de Pentecostes no ano de 1998, mostrou a grande responsabilidade que têm, neste sentido, os novos Movimentos e as novas Comunidades: "No atual mundo, frequentemente dominado por uma cultura secularizada que fomenta e propaga modelos de vida sem Deus, a fé de tantos é colocada à dura prova e frequentemente sufocada e apagada. Adverte-se, portanto, com urgência a necessidade de um anúncio forte e de uma sólida e profunda formação cristã. Como existe hoje a necessidade de personalidades cristãs maduras, conscientes da própria identidade batismal, da própria vocação e missão na Igreja e no mundo! E eis, portanto, os movimentos e as novas comunidades eclesiais: eles são a resposta, suscitada pelo Espírito Santo, a este dramático desafio no final do milênio. Vós sois esta providencial resposta". O mundo expulsa Deus cada vez mais; o secularismo toma conta da cultura, da mídia, da moda etc., a chama da fé é cada vez mais apagada nos lares, nas escolas e nas oficinas. O Papa pede "uma sólida e profunda formação cristã". Sem isso não será possível pescar em águas profundas. Sem um bom conhecimento da doutrina, do Catecismo da Igreja especialmente, não poderemos dar ao mundo "a razão da nossa fé" (cf. 1Pe 3,15). O Papa pede também "personalidades cristãs maduras", certamente não só sacerdotes e bispos, mas leigos preparados, capazes de adentrar aos muros às vezes adversos das universidades, cinema, teatro, música, artes, meios de comunicação, política etc. Ao lançar a Igreja em direção ao novo milênio, o Papa João Paulo II fez mais um forte apelo: "Uma nova evangelização!". Se ele pediu uma "nova" é porque a anterior envelheceu; não certamente no seu conteúdo, mas na sua forma. Ele pediu: "com novo ardor, novos métodos e nova expressão". O que significa isso? Novo ardor, certamente no fogo do Espírito Santo que tem suscitado os movimentos e as Comunidades que brotam a cada dia. Sem esse "fogo" do céu, não haverá nova evangelização. Façamos sim planos e reuniões, projetos e programas, mas sob o fogo do Espírito, sem o qual tudo não passará de letra morta. Quanto tempo e energia já se perdeu por falta desse ardor do Espírito! Novos métodos é certamente o que temos visto nas Comunidades e Movimentos: uma evangelização com um jeito novo: nas casas, nos rincões, pelas rádios, TVs, jornais, revistas, encontros, seminários, adorações, acampamentos de oração e estudo... É a "Primavera da Igreja" como dizia João Paulo II. Nova expressão, uma nova maneira de viver o Evangelho, não mais individualista, mas em grupo, em comunidade, comprometidos conjuntamente com o trabalho do Reino do céu, na fraternidade, na correção fraterna, no amor mútuo, no compromisso com Deus e com a Igreja, "cum Petro e sub Petro". Vemos assim que a Igreja acredita profundamente nas Comunidades e Movimentos novos, que precisam se preparar, como verdadeiras "Companhias de Pesca", e se lançarem sem medo, em nome do Senhor, em águas mais profundas, e buscar os grandes peixes.


Fonte: Pe. Demétrio Gomes da Silva e Prof. Felipe Aquino
www.cleofas.com.br

12 de mar. de 2010

PREGAÇÃO DO ANDERSON NA CANÇÃO NOVA 15/04/2010


Queridos no dia 15 de abril,estarei pregando na canção nova em uma quinta feira de adoração e por meio desta postagem venho convidá-los a assistirem.Os que puderem estar presente seria uma alegria imensa mas recomendo as vossas orações acima de tudo para que eu possa proclamar a palavra da verdade e edificar a Igreja de Cristo.



Horario das Pregações
A primeira sera dás 9:20 ás 10:20
A segunda pregação sera dás 14:20 ás 15:00

Cordialmente,

Anderson.

Madri Campanha contra o aborto














A Conferência Episcopal Espanhola (CEE) pôs em marcha uma campanha de comunicação a favor do direito à vida dos que estão por nascer, com motivo da Jornada pela Vida que se celebrará no próximo 25 de março de 2010.

A campanha, que este ano leva por lema: "É minha vida!... Está em suas mãos", tem como objetivos principais seguir dando voz aos que vão nascer para defender seu direito à vida e oferecer apoio real às mulheres gestantes que se encontram em dificuldades.

De 15 a 30 de março, poder-se-ão ver os anúncios em 1.300 cercas publicitárias em 37 cidades espanholas. Além disso, já começou a distribuição nas dioceses de um total de 6 milhões de panfletos informativos e se enviou 30 mil pôsteres às paróquias e centros católicos de todo o país.

Em continuidade com a campanha realizada o ano passado "E eu?... Protejam a minha vida!", os pôsteres mostram a vida humana em seus primeiros estágios. Deste modo, sublinha-se a presença no ventre materno de um novo ser humano cujo direito à vida deve ser reconhecido e tutelado.

A nova lei do aborto, como assinalaram os bispos, além de ser um sério retrocesso no amparo legal da vida dos que vão nascer, supõe "um maior abandono às mães gestantes".

Fonte: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=18396

11 de mar. de 2010

Aborto é crime












(um artigo que narra as penas para o crime do aborto no decorrer dos séculos)
D. João Evangelista Martins Terra, SJ (O Lutador, 7 a 13 de janeiro de 1996, p. 8)
O direito à vida é o fundamento de todos os demais direitos. O primeiro pecado histórico foi o de Caim. Todo pecado se reduz a homicídio. Mata-se biologicamente, economicamente, socialmente, moralmente, psicologicamente. Mas o analogado principal é sempre o assassinato. O Diálogo de Cristo com o jovem rico diz tudo: “Se queres entrar para a vida eterna, guarda os mandamentos. Quais? perguntou o jovem. Jesus respondeu: Não matarás” (Mt 19,17-18). A vida humana é sagrada, inviolável. Procede, desde a origem, de um ato criador de Deus. A morte deliberada de um ser humano inocente é crime monstruoso. Não há autoridade alguma que possa legitimamente permiti-la.
Ora, o aborto provocado é a morte deliberada e direta de um ser humano inocente na faz inicial de sua existência, que vai da concepção ao nascimento. O Concílio Vaticano II classifica o aborto de “crime abominável” (nefandum crimen, GS, 51).
A ciência genética moderna demonstrou que, a partir do momento em que o óvulo é fecundado, inaugura-se uma nova vida, que não é a do pai nem a da mãe, mas sim a de um novo ser humano que se desenvolve por conta própria. Nunca poderia tornar-se humana, se não o fosse já desde então. Não há mais dúvida possível sobre o surgimento da vida humana na concepção. Todo o patrimônio genético do novo ser já se encontra determinado no óvulo fecundado. Após a concepção nada ocorre de novo que possa alterar a natureza do novo ser surgido com a união das duas células. A partir daí, só há desenvolvimento do feto humano. Desde o primeiro instante já está programado aquilo que será o novo ser vivo, uma pessoa individual, com características já bem determinadas. Todos os aspectos biológicos, psicossomáticos e até o temperamento do novo ser humano já estão definidos, inclusive a cor dos cabelos. Desde a fecundação, tem início a aventura de uma vida humana com as imensas potencialidades que caracterizam a pessoa humana. O ser humano deve ser respeitado e tratado como uma pessoa desde a sua concepção e, por isso, desde esse mesmo momento, devem-lhe ser reconhecidos os direitos da pessoa, entre os quais o primeiro de todos, o direito inviolável de cada ser humano inocente à vida.
A encíclica Evangelium Vitae, de João Paulo II, ensina que, mesmo na hipótese da probabilidade, hoje já descartada pela ciência, de que o embrião humano ainda não fosse uma pessoa humana, a simples probabilidade contrária de se encontrar em presença de uma pessoa humana já exige a proibição categórica de interromper a vida do embrião humano. Pois, como diz o jurista José C. G. Wagner, o direito à vida é inviolável. Havendo a dúvida sobre a possibilidade de existir vida humana no embrião, há pelo menos ameaça de violação pois a dúvida sobre se há ou não vida humana é a admissão de que pode haver.
Ora, o que é inviolável não pode estar sujeito à ameaça de violação. Se há a menor possibilidade de vida humana no embrião, então uma lei permitindo interromper seu desenvolvimento é uma violação evidente do direito à vida. Diante do direito à vida, não existem privilégios nem exceções para ninguém. Perante as exigências morais, todos somos absolutamente iguais. Não há vida mais importante ou menos importante. Dentro da ordem natural, é a mãe que renuncia à vida em favor do filho. O filho no seio da mãe não é um injusto agressor. Ele está no seu devido lugar, mesmo se a vida da mãe corre perigo. O feto, além de inocente, é indefeso e não deve responder sequer pelo risco de vida da mãe.
Se a vida é um direito inviolável, eliminar a vida pelo aborto é sempre um crime de violação do fundamento dos direitos humanos, que é a vida. Esse direito não permite qualquer exceção. Nem o estupro, nem o risco de vida podem violar um direito inviolável. Nem mesmo o Código Penal pode prever qualquer exceção. O Código pode despenalizar, mas não pode descriminalizar o aborto. Eliminar a vida é sempre crime.
“Como o direito inviolável à vida é cláusula constitucional pétrea, ou seja, não pode ser alterada nem mesmo por emenda constitucional, para se adotar o aborto será necessária uma revolução que derrogue a atual Constituição (J. C. G. Wagner, FSP, 27-11-95)).
A pior crise do mundo moderno é a “cultura da morte” (denunciada incansavelmente pelo Papa) que, usando todos os meios de comunicação, está apostada na difusão do permissivismo sexual, do menosprezo pela maternidade e na fundação de instituições internacionais que se batem sistematicamente pela legalização e difusão do aborto no mundo.
Uma das mais belas conquistas de nossos dias é a emergência do feminismo que reivindica os direitos da mulher sistematicamente violados em todo o mundo.
Mas ao lado dessa magnífica revolução cultural, surgiu um arremedo degenerado de feminismo, verdadeira excrescência teratológica no organismo social, fruto de lavagem cerebral operada pela televisão. Essa “feminismomania” apesar de ser um quisto microscópico, tem uma virulência arrasadora, procurando suplantar, pelo grito, a voz da razão e do bom senso. Todos os meios de pressão são usados para impor a legalização do aborto. Apelando para o pluralismo da sociedade moderna e para a democracia, se reivindica para cada pessoa a total autonomia para dispor da própria vida e da vida de quem ainda não nasceu. Segundo essas “feministas”, feto é mera matéria biológica e só é vida após sua “libertação” do útero. Desprezando a convicção e a consciência da quase totalidade das mulheres do mundo, essas feministas desvairadas, autocredenciando-se como profetas da democracia, gritam que a lei deve ser expressão da vontade da maioria que é favorável ao aborto. Estamos perante o relativismo ético que faz da maioria parlamentar o árbitro supremo do direito, numa tirania contra o ser humano mais débil e indefeso, quando pretende coagir a maioria parlamentar a decretar a legitimação do aborto. Essa é a fraqueza da democracia na qual a regulação dos interesses é feita a favor de parcelas mais fortes e mais industriadas para manobrar não apenas o poder, mas também a formação dos consensos. A democracia se torna então uma palavra vazia.
A tradição cristã, desde suas origens, sempre considerou o aborto como desordem moral gravíssima. Já no tempo dos Apóstolos, a Didaké (ca. 70) prescrevia: “Não matarás o embrião por meio do aborto”. Atenágoras (160) diz que as mulheres que praticam aborto são homicidas. Tertuliano (197) afirma: “É um homicídio premeditado interromper ou impedir o nascimento. Já é um ser humano aquilo que o será” (CSEL 69,24).
Todos os códigos jurídicos, já há mais de quatro mil anos, condenavam o aborto como homicídio. O Código de Hamurabi (1748-1729 a.C.) castiga o aborto, mesmo involuntário ou acidental (§ 209-214). A coletânea das Leis Assírias (séc. XIX-XVIII a.C.) prevê pena terrível para o aborto intencional: a empalação. Entre os persas o aborto era punido com a pena de morte. Entre os hebreus, o historiador Flávio Josefo relata que o aborto é punido com a morte (Hist. dos Ant. Jud. 1, IV, C. VIII).
Na Grécia, as leis de Licurgo e de Solom, e a legislação de Tebas e Mileto consideravam o aborto, crime que devia ser punido.
Na Idade Média. A lei dos visigodos edita penas severas contra o aborto.
A repressão se agrava à medida que os séculos avançam. No séc. XIII, na Inglaterra, todo aborto era punido com a morte. Mesmo rigor no tempo de Carlos V (1553). Na Suíça a mulher que abortava era enterrada viva. No Brabante (1230), a mulher que abortava era queimada viva. Na França a pena de morte reunia todos os cúmplices de um aborto. O rei Henrique II da França decretou a pena de morte para a mulher que abortasse. A mesma pena foi renovada por Henrique III (1580), Luís XIV (1701) e Luís XV (1731). O Código penal francês, 1791, determina que todos os cúmplices de aborto fossem flagelados e condenados a 20 anos de prisão. O Código penal francês de 1810 prevê a pena de morte para o aborto e o infanticídio. Depois, a pena de morte foi substituída pela prisão perpétua, além disso os médicos, farmacêuticos e cirurgiões erma condenados a trabalhos forçados.
Na Igreja, os Concílios do século III decretaram que a mulher que praticasse o aborto ficasse excomungada até o fim da vida. Depois todos os Concílios mantiveram a pena de excomunhão.
(Nota: Atualmente, segundo o cânon 1398 do Código de Direito Canônico, "quem provoca aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sententiae {automática]". Segundo o canonista Pe. Jesus Hortal, a excomunhão "atinge por igual a todos os que, a ciência e consciência, intervêm no processo abortivo, quer com a cooperação material (médico, enfermeiras, parteiras etc.), quer com a cooperação moral verdadeiramente eficaz (como o marido, o amante ou o pai que ameaçam a mulher, obrigando-a a submeter-se ao procedimento abortivo. A mulher, não raramente, não incorrerá na excomunhão por encontrar-se dentro das circunstâncias atenuantes do cân. 1324 § 1º, 3º e 5º". Tais circunstâncias podem ser: a posse apenas parcial do uso da razão, o forte ímpeto da paixão ou a coação por medo grave. - Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz)

5 de jul. de 2009

O Santo Rosário


Uma reflexão sobre a história e a importância da recitação do Rosário pelos cristãos à luz da Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, do Papa João Paulo II.
“Papa muda o terço depois de quinhentos anos” “Papa renova o terço depois de séculos”. `João Paulo II altera modo de rezar o terço”. Estas e outras manchetes – mais ou menos exatas – encabeçaram as páginas de jornais de todo o mundo quando o Papa João Paulo II publicou, no dia 16 de outubro de 2002, a sua Carta ApostólicaRosarium Virginis Mariae (1) sobre o Santo Rosário, em que incluía a possibilidade de rezar novos mistérios e estimulava uma renovação dessa tradicionalíssima devoção mariana.



(1) Daqui por diante, as referências a essa Carta apostólica serão indicadas apenas pelo número do parágrafo entre parênteses.





[...]


BREVE HISTÓRIA DO ROSÁRIO

É difícil dizer quando começa a história do Rosário, pois foi nascendo como algo natural e espontâneo no povo cristão. Na Idade Média, faz-se referência à Virgem Maria com o título de “Rosa”. Num manuscrito medieval francês lê-se, por exemplo: “Quando a bela rosa Maria começa a florescer, o inverno das nossas tribulações se desvanece e começa a brilhar o verão da eterna alegria”. As imagens de Nossa Senhora são adornadas com uma coroa de rosas, e nos hinos cantados em sua homenagem é designada como um “jardim de rosas” (em latim medieval, rosarium).

Nessa época, nasceu o costume de rezar cento e cinqüenta Ave-Marias em substituição dos cento e cinqüenta Salmos do Ofício divino. Para contá-las, utilizavam-se grãos enfileirados num barbante, em grupos de dez, ou nós feitos numa corda. Ao mesmo tempo, meditava-se e pregava-se a vida da Virgem Maria.

Embora haja diferentes opiniões sobre o modo como o Rosário se formou gradualmente, não há dúvida de que São Domingos (1170-1221) foi o homem que, no seu tempo, mais contribuiu para essa formação, não sem a inspiração da própria Santíssima Virgem. Esta oração foi a grande arma de que o santo se valeu para combater a heresia albigense: na sua pregação, narrava os mistérios evangélicos e depois recitava com os ouvintes as Ave-Marias.

Por volta de fins do século XV, os dominicanos de Flandres e de Colônia deram ao Rosário uma estrutura similar à que se passou a utilizar daí por diante: rezavam cinco ou quinze mistérios, cada um composto de dez Ave-Marias. A Ave-Maria, recomendada desde antes do século XII pelos Concílios numa versão mais breve do que a que conhecemos, adquire então a sua forma definitiva, com o acréscimo da petição de uma boa morte: “rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte”. Por essa época, ganha forma também a contemplação dos mistérios, divididos em gozosos, dolorosos e gloriosos, procurando-se assim repassar semanalmente os fatos centrais da vida de Jesus e de Maria, como um resumo do Evangelho. Em último lugar, acrescenta-se a ladainha, cuja origem na Igreja é independente e muito antiga.

A partir de então, o Rosário estende-se graças às aprovações pontifícias e à difusão das Confrarias do Santo Rosário. O Papa São Pio V atribuiu a vitória da batalha de Lepanto contra os turcos, a 7 de outubro de 1571, à intercessão de Nossa Senhora por meio do Rosário. Com o tempo, vir-se-ia a celebrar a festa de Nossa Senhora do Rosário nesse dia 7 de outubro.

Houve um notável impulso dessa devoção em tempos de Leão XIII, chamado, como vimos, “o Papa do Rosário”. Todos os Pontífices dos últimos séculos promoveram aquela que é provavelmente a devoção mais praticada pelos fiéis católicos. Nos últimos tempos, contribuíram de maneira especial para a propagação dessa devoção mariana as aparições de Lourdes e Fátima. Aos três pastorzinhos de Fátima, Nossa Senhora pedia expressamente: “Rezem o Rosário”.

[...]


O ROSÁRIO E A VIDA CRISTÃ

Na sua Carta apostólica, o Santo Padre João Paulo II mostra a imensidade de tesouros que contém em si essa oração tão tradicional na Igreja. Riquezas para o desenvolvimento da vida cristã, para o aprofundamento no conhecimento de Cristo, para a revitalização da Igreja e da sociedade em geral. Por isso, quis o Papa comemorar os seus vinte e cinco anos de pontificado estabelecendo um Ano do Rosário, de outubro de 2002 a outubro de 2003.

Considerar esta Carta nos seus pontos principais pode ser um ótimo meio de incluirmos ou revitalizarmos essa devoção na nossa vida, e de sermos, também nós, propagadores do amor a Maria.

Crise?
O Rosário atravessa uma crise? O Papa fala de “uma certa crise desta oração” (n. 4), referindo-se a uma compreensão errônea por parte de alguns, que os leva a considerar o Rosário uma devoção própria de épocas passadas. Daí a revitalização que João Paulo II procura fomentar, criando novos mistérios e propondo este ano do Rosário.

Se o Rosário está realmente em crise, talvez seja porque está em crise o amor, que é o mais terrível tipo de crise do coração humano e da sociedade. Justamente por isso impõe-se um esforço de renovação, pois o Rosário é – digamos assim – uma “grande canção de amor”.

Uma das maiores resistências que alguns experimentam diante desta oração mariana é a repetitividade das Ave-Marias. “Considerando superficialmente uma tal repetição, pode-se ser tentado a ver o Rosário como uma prática árida e aborrecida. Chega-se, porém, a uma idéia muito diferente quando se considera o terço como expressão daquele amor que não se cansa de voltar à pessoa amada com efusões que, apesar de semelhantes na sua manifestação, são sempre novas pelo sentimento que as permeia [...]. Para entender o Rosário, é preciso entrar na dinâmica psicológica do amor” (n. 26).

Não dizem as canções de amor sempre a mesma coisa? Isso é mau, por acaso? Os namorados não repetem sempre as mesmas frases: “eu te amo”, “eu te adoro”, “você é o meu amor”? Com Maria Santíssima e com Jesus Cristo não há de ser diferente.

Para quem ama, a repetição das Ave-Marias no Rosário não é vazia nem monótona. Para os que ainda não amam devidamente, essa repetição pode ser um bom caminho para aprenderem a amar. João Paulo II não se recata em mostrar a sua preferência: “O Rosário é a minha oração predileta. Oração maravilhosa! Maravilhosa na simplicidade e na profundidade” (n. 2).

Para confirmar esta realidade, basta pensar que é “oração amada por numerosos santos” (n. 1), que são os campeões no amor. O Beato Bártolo Longo tomou-o como ponto princípal da sua missão e esteio da sua piedade. São Luís Maria Grignion de Monfort sustentava que é “ó método mais fácil de meditação” e “a mais difícil das orações vocais”. São Josemaría Escrivá chamava-lhe “arma poderosa para vencer na luta interior e para ajudar todas as almas”(2).



(2) São Josemaría Escrivá, Santo Rosário, 3a. ed., Quadrante, São Paulo, 2001, Introdução.




Mesmo para os santos, essa oração tão simples era um desafio. É o que relata com tanta espontaneidade Santa Teresa de Lisieux: “Sozinha (envergonho-me de confessá-lo), a recitação do terço custa-me mais do que servir-me de um instrumento de penitência... Sinto que o rezo tão mal! Esforço-me em vão por meditar os mistérios do Rosário, não consigo fixar o meu espírito... Fiquei durante muito tempo desolada com esta falta de devoção que me espantava, pois amo tanto a Santíssima Virgem que me deveria ser fácil recitar em sua honra as orações que lhe são agradáveis. Agora, desconsolo-me menos, penso que a Rainha dos Céus, sendo minha Mãe, deve ver a minha boa vontade e contentar-se com isso” (3). Que consoladoras são estas palavras para tantos que, embora desejando ser bons filhos de Nossa Senhora, notam que ainda teriam tanto a crescer nessa oração!

(3) História de uma alma, man. B., fol. 25.





Oração para todos
A variedade de santos canonizados e de almas santas que testemunham a favor do Rosário mostra a riqueza dessa oração, que “tem não só a simplicidade de uma oração popular, mas também a profundidade teológica de uma oração adaptada a quem sente a exigência de uma contemplação mais madura” (n. 39). Pode ser rezado por milhares de pessoas numa catedral, no doce aconchego do lar, ou por um sacerdote sozinho no silêncio do confessionário. Reza-o a bisavó analfabeta num casebre no sertão, o bispo na sua residência episcopal, o estudante num vagão de trem do metrô, o doente no hospital, a enfermeira e o médico cristão. Os próprios jovens são “capazes de surpreender uma vez mais os adultos, assumindo esta oração e recitando-a com o entusiasmo típico da sua idade” (n. 42).

Se a alguém o terço poderia parecer uma oração para pessoas sem instrução, valha aquele conselho de São Josemaria Escrivá: “Para os que empregam como arma a inteligência e o estudo, o terço é eficacíssimo. Porque, ao implorarem assim a Nossa Senhora, essa aparente monotonia de crianças com sua Mãe vai destruindo neles todo o germe de vanglória e de orgulho” (4). E mais uma razão de peso do Santo para os que nos sabemos pecadores: “bendita monotonia de ave-marias, que purifica a monotonia dos teus pecados!”(5)



(4) São Josemaría Escrivá, Sulco, Quadrante, São Paulo, 1987, n. 474.
(5) Ibid., n. 475.






Por outro lado, como ressalta o Santo Padre, “longe de constituir uma fuga dos problemas do mundo, o Rosário leva-nos a vê-los com olhar responsável e generoso, e alcança-nos a força de enfrentá-los com a certeza da ajuda de Deus” (n. 40). Em tantas coisas em que, à primeira olhada, nos pareceria que não podemos fazer nada, o Rosário é como uma “arma” que permite entrar na batalha como bons soldados de Cristo.
É, sem dúvida, uma oração “destinada a produzir frutos de santidade” (n. 1) nos cristãos individualmente e em toda a Igreja. Por isso vale a pena repassar as contas do terço uma e outra vez, e sempre. Conta-se que Santa Bernadette Soubirous, depois de ter tido o privilégio de ver Nossa Senhora nas aparições de Lourdes, procurava viver uma vida normal. Mas as pessoas que conviviam com ela gostavam de ter um objeto que ela tivesse tocado. Um dia, uma amiga sua, querendo que ela tocasse o seu terço mas não encontrando nenhum motivo plausível, disse-lhe: “Veja como o meu rosário está enferrujado”, enquanto lho estendia. Ao que Bernadette respondeu, bem-humorada: “Minha boa amiga, recite-o mais vezes e ele não enferrujará”... E não o tocou.

O conselho vale para todos nós. Recitemos o terço mais vezes e o nosso amor não enferrujará.

Contemplação
O Rosário “é uma oração marcadamente contemplativa. Privado desta dimensão, perderia o sentido, como sublinhava Paulo VI.: «Sem contemplação, o Rosário é um corpo sem alma e a sua recitação corre o perigo de se tornar uma repetição mecânica de fórmulas [...]. Requer um ritmo tranqüilo e uma certa demora em pensar, que favoreçam, naquele que ora, a meditação dos mistérios da vida do Senhor»” (n. 12).

A contemplação pede serenidade. É assim que a mãe contempla calmamente o seu filhinho que dorme; que o artista contempla durante um longo tempo uma obra de arte numa exposição; que o músico contempla uma bela canção. O terço pode ter exatamente esta função: conferir o “ritmo”, o “tempo”, o “compasso” de contemplação que é tão necessário numa época corrida como a que vivemos. Para não poucos, tentar interromper a agitação da vida moderna repentinamente e pôr-se a refletir não é tarefa nada fácil. A imaginação agita-se amalucadamente, a memória traz mil eventos ou imagens, e não deixa o mundo interior serenar. E a pessoa sente-se tentada a abandonar o seu esforço de concentração e de recolhimento do coração junto de Deus. Mas a oração serena do terço pode ajudar justamente a prender o mundo interior à volta de uma oração repetitiva, deixando espaço para que a alma se aconchegue junto do Senhor. A memória fica levemente entretida na oração vocal, a imaginação não se sente solta e perdida ao considerar os mistérios que estão sendo rezados, e o coração encontra-se livre para entabular um diálogo sereno com Deus sobre tantas e tantas coisas de que gostaria de falar, mas para as quais parecia não haver ocasião.

Por isso, o Rosário é “um método para contemplar” (n. 28). Não o único método, já que há muitos e muito bons. Mas um método útil e comprovado por tantas e tantas almas. Aproveitar os textos do Beato Bártolo Longo sobre os mistérios do Rosário pode ser para nós uma excelente oportunidade de nos introduzirmos nessa contemplação, a fim de – conduzidos por boas mãos – chegarmos por Maria a Jesus Cristo.

Compêndio do Evangelho
Quando a televisão anuncia como chamada para o próximo bloco: “Logo após os comerciais, não perca: finalmente solucionado o mistério de...”; fica em nós uma ponta de curiosidade sobre o tal mistério: “Que será?” Talvez nos esclareçam então quem foi o autor daquele antigo crime, ou que o tão falado OVNI não era mais do que um balão meteorológico, ou que finalmente saiu a escalação da seleção nacional. O conceito de “mistério” tem hoje uma carga de sensacionalismo, de manchete jornalística, mas nem sempre foi assim. A palavra grega “mistério” está ligada originariamente às cerimônias religiosas dedicadas aos deuses. Como poucos eram os “iniciados” que sabiam dar amplas explicações sobre os complicados deuses gregos, havia sempre muito de desconhecimento, e um halo místico envolvia aquelas cerimônias.

O cristianismo assumiu a palavra aplicando-a às verdades da fé que não podem ser completamente compreendidas, por ultrapassarem a capacidade do ser humano: assim, por exemplo, o mistério da Santíssima Trindade. É no mesmo sentido que se aplica a palavra aos “mistérios da salvação”, àquelas realidades que, dizendo respeito a Cristo e ao nosso destino eterno, nunca são perfeitamente compreendidas. “Cada passagem da vida de Cristo, como é narrada pelos Evangelistas, reflete aquele Mistério que supera todo o conhecimento (cfr. Ef 3, 19). É o Mistério do Verbo feito carne, no qual «habita corporalmente toda a plenitude da divindade» (Col 2, 9). Por isso, o Catecismo da Igreja Católica insiste tanto nos mistérios de Cristo, lembrando que «tudo na vida de Jesus é sinal do seu Mistério» (n. 515)” (n. 24).

É ainda neste sentido que se utiliza a palavra “mistérios” do Rosário. Trata-se de passar “diante dos olhos da alma os principais episódios da vida de Jesus Cristo” (n. 2), a fim de compreender mais a fundo o seu significado para a nossa vida interior e a nossa relação com Deus. É uma forma de repassar constantemente os acontecimentos que se deram na passagem de Deus entre os homens e que guardam em si os elementos essenciais para a vida cristã.

Os diversos ciclos de mistérios criados pela tradição cristã – Gozosos, Dolorosos, Gloriosos e, agora, Luminosos – “não são certamente exaustivos, mas apelam para o essencial, introduzindo o espírito no gosto de um conhecimento de Cristo que brota continuamente da fonte límpida do texto evangélico” (n. 24).

Devoção cristológica
Devoção tipicamente mariana, o Rosário é, sem dúvida, uma devoção muito cristológica, porque não se pode separar Maria do seu Filho, Jesus. “É o caminho de uma devoção mariana animada pela certeza da relação indivisível que liga Cristo à sua Mãe Santíssima: os mistérios de Cristo são também, de certo modo, os mistérios da Mãe, mesmo quando não está diretamente envolvida, pelo fato de Ela viver dEle e para Ele” (n. 24).

Na bela expressão de João Paulo II, “recitar o Rosário nada mais é senão contemplar com Maria o rosto de Cristo” (n. 3). A atitude contemplativa, em que tanto insiste o Santo Padre, é contemplação do rosto de Cristo. Mas quem nos poderia ensinar melhor a contemplá-lo do que a sua Mãe? Ela nos irá desvendando os mistérios encerrados nessa contemplação. Porque “as recordações de Jesus estampadas na sua alma acompanharam-na em cada circunstância, levando-a a percorrer novamente com o pensamento os vários momentos da sua vida junto com o Filho. Foram estas recordações que constituíram, de certo modo, o «rosário» que Ela mesma recitou constantemente nos dias da sua vida terrena” (n. 11).

Por isso, “percorrer com Ela as cenas do Rosário é como freqüentar a «escola» de Maria para «ler» Cristo, penetrar nos seus segredos, compreender a sua mensagem” (n. 14). Seria impossível encontrar melhor Mestra na matéria mais fundamental da nossa vida cristã. Porque Ela, mais do que ninguém, quer que meditemos nos mistérios da vida de Cristo.

Mas este conhecimento não se limita a um aprendizado teórico ou meramente externo. “No itinerário espiritual do Rosário, fundado na incessante contemplação – em companhia de Maria – do rosto de Cristo, este ideal exigente de configuração com Ele alcança-se através do trato, podemos dizer «amistoso»” (n. 15). Assim como a amizade íntima nos vai “assemelhando” ao amigo, assim a amizade com Cristo adquirida pela recitação do Rosário nos vai “configurando” com Ele. Tornamo-nos mais e mais semelhantes a Cristo, que é uma maneira sintética de dizer que nos. vamos santificando.

Petição através de Maria
Não esqueçamos, porém, que “numerosos sinais demonstram quanto a Virgem Maria quer, também hoje, precisamente através desta oração, exercer aquele cuidado maternal ao qual o Redentor prestes a morrer confiou, na pessoa do discípulo predileto, todos os filhos da Igreja: «Mulher, eis aí o teu filho» (Jo 19, 26)” (n. 7). Ela nunca abandona essa tarefa definitiva que lhe foi confiada pelo seu Filho amado. Cuida de nós como Mãe carinhosa, atenta a todas as nossas necessidades e pedidos.

“Mediante o Rosário, o fiel alcança a graça em abundância, como se a recebesse das próprias mãos da Mãe do Redentor” (n. 1). Não percamos esta oportunidade, portanto, já que são muitas as nossas necessidades. Tanto pessoais, como familiares ou da sociedade em geral.

Dizia Nossa Senhora – falando como de uma terceira pessoa –, nas aparições de Fátima: “Quero que [...] continuem a rezar o terço todos os dias, em honra de Nossa Senhora do Rosário, para obter a paz do mundo e o fim da guerra, porque só Ela lhes poderá valer”(6). Para as grandes necessidades mundiais, Ela é a grande intercessora. Mas também para as pequenas dificuldades pessoais Ela se apresenta como a Mãe que se ocupa das “tolices” da criança como se fossem a coisa mais importante do mundo.



(6) William Thomas Walsh, Nossa Senhora de Fátima, Quadrante, São Paulo, 1996, pág. 69.





“A imploração insistente à Mãe de Deus apóia-se na confiança de que a sua materna intercessão tudo pode no coração do Filho. Ela é «onipotente por graça» como, com expressão audaz a ser bem entendida, dizia o Beato Bártolo Longo na sua Súplica à Virgem” (n. 16). Esta expressão significa que, por graça e disposição divina, Deus concede tudo o que Ela pede. Sendo onipotente o seu Filho, Ela de certa forma o é também, pois alcança fruto para todos os seus pedidos.

Não devemos entender esse poder intercessor apenas quanto à concessão de graças para curas materiais ou para a solução de questões econômicas e materiais em geral. A intercessão de Maria é particularmente poderosa no que se refere às graças espirituais, pois mais importantes e necessárias do que as curas do corpo são as da alma. Assim, o Rosário é um importante instrumento de apostolado cristão. Por isso, João Paulo II diz que “o Rosário conserva toda a sua força e permanece um recurso não descurável na bagagem pastoral de todo o bom evangelizador” (n. 17). Será, portanto, a grande arma para alcançar a conversão à fé daquela pessoa da família que hoje se encontra distante; ou para conseguir que um conhecido participe de uma atividade de formação cristã, ou pelo bem das almas em geral.

Por isso, “se adequadamente compreendido, o Rosário é certamente uma ajuda, não um obstáculo, para o ecumenismo” (n. 4). No diálogo com os não-católicos, Maria, muito mais do que um “obstáculo”, poderá ser uma “medianeira”, facilitando o entendimento mútuo. Com efeito, não são poucos os evangélicos, espíritas ou judeus que têm um carinho todo particular pelo terço, caminho para a aproximação e o diálogo.

A paz e a família
Ao incentivar a devoção do Rosário, o Santo Padre João Paulo II tem no coração dois “alvos” a serem diretamente atingidos, como ele mesmo afirma: “À eficácia desta oração, confio de bom grado hoje [...] a causa da paz no mundo e a causa da família” (n. 39).

Se, historicamente, o Rosário esteve muito ligado à vitória em muitas batalhas que os cristãos tiveram de enfrentar, hoje a vitória mais necessária é a vitória da paz. Peçamos a Maria esse maravilhoso dom e sintamo-nos envolvidos pessoalmente na causa da paz, pois “não se pode recitar o Rosário sem sentir-se chamado a um preciso compromisso de serviço à paz” (n. 6). E comecemos esta tarefa pelo âmbito das pessoas mais próximas de nós, já que a grande paz” se constrói a partir das “pequenas pazes”.

“Análoga urgência de empenho e de oração surge de outra realidade crítica da nossa época, a da família, célula da sociedade, cada vez mais ameaçada por forças desagregadoras em nível ideológico e prático, que fazem temer pelo futuro desta instituição fundamental e imprescindível e, conseqüentemente, pela sorte da sociedade inteira. Propõe-se o relançamento do Rosário nas famílias cristãs, no âmbito de uma pastoral mais ampla da família, como ajuda eficaz para conter os efeitos devastadores desta crise da nossa época” (n. 7).

“O Rosário foi desde sempre também oração da família e pela família. Outrora, esta oração era particularmente amada pelas famílias cristãs e favorecia certamente a união. É preciso não abandonar esta preciosa herança. Importa voltar a rezar em família e pelas famílias, servindo-se ainda desta forma de oração” (n. 41). Velhos hábitos tornam-se novos e atualíssimos quando remoçados devidamente, e assim pode e deve acontecer com a oração do Rosário em família. O quadro tradicional da família reunida à volta da lareira ou do fogão a lenha, perto de um antigo e enorme rádio na sala de estar, rezando o terço, pode ser substituído pelo da família moderna, num apartamento, com a presença desligada da televisão e dos modernos aparelhos de som, bem como com os celulares desconectados...

“Muitos problemas das famílias contemporâneas, sobretudo nas sociedades economicamente evoluídas, derivam do fato de ser cada vez mais difícil comunicar-se. As pessoas não conseguem estar juntas, e os raros momentos para isso acabam infelizmente absorvidos pelas imagens de uma televisão” (n. 41). Este quadro realístico traçado por João Paulo II faz pensar que é o momento de tomar iniciativas que, possibilitando a oração em comum, cheguem também a favorecer um clima de diálogo sereno, de entendimento e troca de impressões na vida do lar. Em alguns casos, talvez seja o ponto de partida para a solução de uns problemas familiares de longa data ou o meio de atalhar os primeiros sintomas de desunião.

Oração final
O Papa conclui a sua Carta com uma chamada amorosa de pai: “Que este meu apelo não fique ignorado!” E não ficará se cada um de nós fizer o que estiver ao seu alcance para reavivar esta devoção na sua própria vida, em primeiro lugar, e, depois, à sua volta: na família, entre as amizades de trabalho, da vizinhança, entre parentes e conhecidos...

“Entrego esta Carta apostólica nas mãos sapientes da Virgem Maria, prostrando-me em espírito diante da sua imagem venerada no Santuário esplêndido que lhe edificou o Beato Bártolo Longo, apóstolo do Rosário. De bom grado, faço minhas as comoventes palavras com que ele conclui a célebre Súplica à Rainha do Santo Rosário: “Ó Rosário bendito de Maria, doce cadeia que nos prende a Deus, vínculo de amor que nos une aos anjos, torre de salvação contra os assaltos do inferno, porto seguro no naufrágio geral, não te deixaremos nunca mais. Serás o nosso conforto na hora da agonia. Seja para ti o último beijo da vida que se apaga. E a última palavra dos nossos lábios há de ser o vosso nome suave, ó Rainha do Rosário, ó nossa Mãe querida, ó Refúgio dos pecadores, ó Soberana consoladora dos tristes. Sede bendita em todo o lado, hoje e sempre, na terra e no céu»” (n. 43).