5 de jan. de 2011

Para ter um novo ano é necessário abandonar-se em Deus

Já estamos ao quinto dia do novo ano. Se prestarmos atenção, uma década do novo milênio já vencemos. E quantas coisas não aconteceram neste tempo, não é verdade? Porém, é fato que nada foi tão estonteante como imaginávamos. Parece que na virada para o ano 2000 tudo seria completamente cibernético, de uma modernidade além do impensável. Parecia até que moraríamos em cidades tal qual as do desenho dos Jetsons. Mas nada mudou tanto assim neste ponto.

Contudo, muitas outras coisas mudaram e para pior. Os valores morais e éticos começaram a ficar esquecidos. Deus, assim como na era racionalista, está sendo expulso do coração do homem, só que ainda muito pior do que antes. Não é o homem que quer estar no centro do universo, mas as suas vontades, o que é demasiadamente catastrófico. Hoje o ser humano quer se dobrar diante das suas vontades e desejos como se eles fossem o próprio deus. E quando assim o fazem, deixam o mais importante: confiar em Deus e em Sua providência.

Meu filho tem 2 anos e 6 meses. Ele não estranha ninguém. Domingo pós-feriado vieram alguns parentes visitar-nos. Quando estavam se despedindo, meu filho correu para o carro deles. Entrou e lá ficou. Deram uma voltinha com ele no quarteirão. Pensam que ele estranhou? Nada. Dava-me tchauzinho! Engraçado que o Bernardo nunca estranhou ninguém. Desde bebezinho sempre foi ao colo de quem quisesse. Todos me falam que isso é perigoso. "Hei, hora dessas alguém o leva".

Esta atitude do meu filho faz-me olhar para o céu. Ele, uma criança, não estranha ninguém porque sabe que eu sempre estarei por perto. Ele sabe que eu vou estar lá, e se sair, voltarei. E quando eu volto, faz festa! Beija, abraça, morde, cheira... Meu filho entende que não vou abandoná-lo, por isso se arrisca: sabe que vou protegê-lo, socorrê-lo, acudí-lo quando se fizer necessário. Posso dizer que ele confia em mim de olhos fechados. Por mais que as pessoas queiram me alertar sobre esta não-estranheza dele para com os outros, eu compreendo que isto é segurança emocional. Meu menino se sente amado e por isso é completamente confiante! Compreendo que ele não teme nada porque se sente acreditado por mim e seu pai.

Por que citei isto? Porque não podemos começar o nosso ano re-inventado o velho, e sim, confiando! Se não fizermos como meu filho, que confia plenamente; se não fizermos como nós já o fizemos um dia, quando confiávamos completamente em nossos pais, como o Senhor poderá nos socorrer? Creio, meus irmãos e irmãs, que um ano novo 'perfeito' não é aquele em que tudo o que queremos se realizam, mas sim aquele em que a gente entrega tudo o que tem ao Senhor e confiamos que, assim como a mãe nada deixa faltar ao seu filho, também o Senhor, que é o criador de tudo, o Deus Eterno, Verdadeiro Amor, jamais nos deixará faltar.

Não tenha medo do NOVO! Viva todas as novidades em Deus. Certamente será menos dolorido e tudo terá sentido.

Evite fazer promessas de mais. Porém, se me permite, agradeça todos os dias. Louve ao Senhor por você ter louça para lavar: é sinal de que você teve comida para comer e o Senhor lhe providenciou isto com muito amor. Não reclame se seu filho suja toda a casa: isto é sinal de que ele tem saúde, alegria e disposição; que está crescendo diante do Senhor. Enfim... procure reclamar menos e louvar mais. Quem é agradecido tudo recebe, porque o louvor enche o coração de Deus de alegria. Não há nada que felicite mais um pai que um filho que saiba agradecer.



Um Santo Ano para você!

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