11 de jan. de 2012

A ditadura do relativismo e a juventude do Brasil


Rafael G. Queiroz

A ditadura do relativismo e a juventude do Brasil

Eu sou professor : leciono desde 2001 e travo contato com a juventude desde então não apenas em nível relacional mas inclusive formativo.A partir de 2002 além das atividades como professor de história e filosofia começo a dar catequeses crismais para jovens entre 14-20 anos na Diocese de Nova Iguaçu.Portanto se tem uma coisa que conheço é a juventude de nossa época, ainda mais se tratando do fato de que vivi minha adolescência na década de 90 período que foi marcada pela colheita do que se plantou nas décadas de 70 e 80 que por sua vez foram décadas que expressaram valores da década de 60.

Mas o que isso tudo tem a ver com nossa juventude do século 21? Tudo.Eu esclareço.
Tudo começou quando em 1968 explodiu no mundo inteiro o movimento estudantil que partia de estudantes universitários da França , EUA, etc.O movimento era contestador : criticava valores tradicionais como religião , família , autoridade paterna , castidade e virgindade, fidelidade matrimonial , dedicação ao trabalho, etc.Contra estes valores propunha outros : no lugar da Igreja e da religião cristã , as crenças e rituais orientalistas, no lugar da família e da castidade o individualismo ou o "amor livre"(leia-se promiscuidade sexual), o divórcio, o "direito" da mulher de ter várias experiências sexuais,no lugar do trabalho , defendiam uma sociedade do prazer.Estavamos diante de uma revolução dos costumes liderada por grupos políticos e culturais anticristãos coligados a grande mídia que veiculava esses novos valores através da música e da tv , cujo lema era "sexo, drogas e rock'nroll".Como das universidades nascem as cabeças pensantes que irão governar a sociedade nas próximas gerações e como foi delas que partiu esse amplo movimento de 68 nada mais natural : as décadas seguintes foram a concretização no plano histórico das utopias materialistas e ateístas desta nova elite anticristã que passou a controlar o poder político , econômico , cultural e até religioso, sobretude através das grandes redes de tv.

Em 69 o festival de Woodstock e o movimento hippie prenunciaram o que iria acontecer dali em diante.A década de 70 foi marcada pela escalada das drogas, do sexo livre , da liberação e pornografização da figura da mulher , liberta da obrigação de ser mãe e esposa, da música disco que embalava e sensualizava os corpos de homens e mulheres alucinados pelo ritmo psicodélico das discotecas.Foi a época do punk-rock que expressava a revolta da juventude contra a autoridade.A anarquia moral tomou conta do mundo ocidental a Igreja se via diante de uma crise terrível em razão da debandada de padres , freis , freiras que abandonavam as suas obrigações religiosas atraídos pelos encantos do mundo.O diabo estava solto.

A década de 80 não foi diferente.ganha força nessa época o movimento gay , nascem bandas de rock baseados em uma estética e valores gays ( REM , The Smiths,etc.) novas drogas surgem ; novos movimentos "culturais" vinculados a marginalidade e ao crime organizado crescem nas periferias norte americanas como o movimento break , o hip hop , o funk , todos eles ritmos que veiculam os valores da criminalidade , da vida bandida e da busca do prazer e da riqueza desenfreada- moimentos esses que depois são exportados para o Brasil.

A geração adolescente e jovem de 80 no Brasil é marcada pela influencia de bandas contestadoras como Ultraje a Rigor , Titãs , Legião Urbana, etc.Todos veiculando mais ou menos a rejeição explícita dos valores tradicionais ....a juventude dos anos 80 celebra o primeiro Rock in Rio , verdadeiro templo do culto ao mandamento máximo da nova religião materialista : " "sexo, drogas e rock'nroll"...é uma geração que se perde em meio ao vicio , a promiscuidade e a AIDS, doença que se espalha rápido entre a população gay e que toma proporções gigantescas na era do sexo livre.A taxa de divórcios aumenta terrivelmente nas década de 80 seja no mundo , seja no Brasil :a instituição família passa a correr risco.

Na década de 90 vem os frutos amadurecidos de toda essa obra de destruição da tradição cristã : crescem vertiginosamente as taxas de homicidio pelo mundo , o tráfico internacional de drogas , a criminalidade entre jovens , a depressão , etc.O panorama moral do mundo é terrificante.No entanto a elite anticristã que domina faz 40 anos a cultura e sociedade ocidental celebra nossa época como era de avanços , como se estívessemos caminhando para um mundo melhor sem "preconceitos" , intolerância"e "desigualdades".Usando os meios de comunicação para dominar os povos essa elite forma a consciencia de nossos jovens que hoje chegam as escolas.Não nos iludamos : não é mais a família - muitas vezes totalmente destruída pelo divórcio , pelo adultério , pelo uso de drogas , pela violência, pelo egoísmo- que forma nossos jovens ; quem os forma é a MÍDIA.E hoje ela , com raras excessões, está a serviço deste projeto anticristão.Dentro dela está inserido o relativismo.Dando aulas de filosofia para turmas de 3 ano do Ensino Médio , onde abordo temas de ordem moral , isso fica muito claro: nossos jovens , com poucas excessões , creem que tudo é relativo e que não existem verdades morais acerca da vida , da família , do matrimônio , etc.Para a maioria tudo é relativo e nós podemos decidir o que é o bem o que é o mal , cada um tem o "direito" de dizer o que é melhor para si mesmo.Eles pensam que pensam mas seus pensamentos foram todos manipulados e formatados pela GRANDE MÍDIA , e pela elite que manda nela.A filosofia de nosso jovens é o NIILISMO , ou seja a filosofia do NADA!

Nieztsche, pensador alemão do século 19, anunciara em sua obra "ASSIM FALOU ZARATUSTRA" a morte de Deus.Para ele o NIILISMO era a saída para o homem :por isso mesmo ele afirmava que devíamos estar além do bem e do mal , para podermos por nossa própria vontade e força criarmos o que quisermos que seja o bem e o que seja o mal.Ele exaltava a VONTADE DE VIDA - para ele a VIDA são os prazeres e deleites da carne.Para o cristão não : a VIDA É JESUS CRISTO , DOADOR DA VIDA ETERNA JÁ AQUI E DEPOIS NO CÉU.Nieztsche defendia que esquecessemos do céu e vivessemos para a Terra , para nós!Depois dele em meados do século 20 Jean Paul Sartre , pensador francês , trouxe o existencialismo ateu: O homem só será livre se Deus não existir.Se Deus existe , existe um plano a cumprir mas se ele não existe ,nada existe e podemos fazer o que quisermos- somos livres para sermos qualquer coisa pois nada tem significado.E na decada de 60 Herbert Marcuse , pensador marxista , afirmava que o homem só seria livre se o capitalismo fosse destruído e o socialismo estabelecido e para isso acontecer era necessário acontecer primeiro a revolução sexual :era preciso que as mulheres deixassem de ser propriedades dos maridos e pudessem ser de todos,era preciso que ninguem fosse de ninguém, que tudo fosse de todos!!!

Foi com base nessas "filosofias" que foi se formando as mentalidades das gerações seguintes e chegamos a nossos dias em que os jovens exaltam a liberdade de optarem por sua "orientação sexual"(gay , heterossexual , lésbica , transsexual, etc.), de não crerem em Deus nem seguirem seus mandamentos , de fazerem o que lhes dá na cabeça , de buscarem o prazer sem limites , de se drogaram , de "beber ,cair, levantar " , de aproveitar a vida indo para as baladas e bailes do momento onde a droga circula livre e a prostituição domina.Para uma tal juventude não há outra salvação que não seja JESUS CRISTO.A vida que o mundo propõe é passageira e triste - as alegrias momentâneas se desfazem como fumaça lançada ao vento e quando desparecem causam tristeza e depressão( não a toa crescem a cada dias os números de casos de depressão).Mas como muitos desses jovens estão presos a carne devido ao hábito de pecar , se lançam eulouquecidamente a mais prazer , mais prazer , mais prazer.É preciso que nós cristãos possamos oferecer a estes jovens a verdadeira felicidade que está em amar e servir a JESUS CRISTO e desmascarar as artimanhas de nova cultura global que apela para a liberdade mas na realidade pretende escravizar e impedir que as pessoas examinem a vida com razão e fé.

RAFAEL GONÇALVES DE QUEIROZ, Licenciado e Bacharel pela UERJ e Professor de Filosofia e Historia na Rede Faetec do RJ.

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