7 de jan. de 2012

Relatório de Kissinger: Documento aponta medidas para conter o aumento populacional



Você sabe o que é o “Relatório de Kissinger”? Já ouviu falar ou não sabe do que trata este relatório?

Esse documento afirma que o crescimento da população mundial é uma ameça aos países desenvolvidos e que para evitar este risco é necessário implantar uma política de controle da natalidade por meio de anticoncepcionais, esterilização em massa, criação de mentalidade contra a família numerosa, investimento maciço de milhões de dólares em todo o mundo com esse objetivo.

O “Relatório de Kissinger” foi escrito no ano de 1974 pelo então secretário de Estado dos Estados Unidos Henry Kissinger, intitulado como “Memorando de Estudo de Segurança Nacional 200: Implicações do Crescimento Populacional Mundial para a Segurança e os Interesses Ultramarinos dos Estados Unidos” e entregue a Gerald Ford, presidente norte-americano na época. De interesse exclusivo dos Estados Unidos, o documento foi o caminho encontrado para impedir o crescimento populacional dos países pobres, pois o grande medo do poderio norte-americano é perder os países nos quais têm interesses políticos, econômicos e estratégicos.

O documento cita a Índia, Bangladesh, Paquistão, Nigéria, México, Indonésia, Brasil, Filipinas, Tailândia, Egito, Turquia, Etiópia e Colômbia como países fiscalizados pelos norte-americanos com relação ao crescimento populacional.

Nas 198 páginas do relatório é possível verificar o início dessas políticas públicas e ideológicas para evitar o aumento das taxas de natalidade, as quais adotam as mais variadas táticas para diminuir o número de nascimentos nos países citados.

“Deve-se dar prioridade ao programa geral de assistência às políticas seletivas de desenvolvimento nos setores que ofereçam a maior perspectiva de motivar mais as pessoas a querer famílias menores” (Memorando de Estudo de Segurança Nacional 200: Implicações do Crescimento Populacional Mundial para a Segurança e os Interesses Ultramarinos dos Estados Unidos, 1974. p.17).

Outra informação alarmante que o documento traz é que nenhum país conseguiu reduzir o crescimento populacional sem recorrer ao aborto e sem o incentivo do uso de métodos contraceptivos.

“Nós estamos lutando com gigantes, fundações internacionais e bancos mundiais que só emprestam dinheiro aos países pobres sob as condições de que vão adotar políticas de limitação da natalidade", denuncia padre Luiz

De acordo com o presidente da Associação Pró-vida de Anápolis (GO), padre Luiz Carlos Lodi: “O aumento da população mundial é uma ameaça para os interesses externos dos Estados Unidos, o que é preciso controlar de qualquer maneira com esterilização em massa, anticoncepção e inclusive o aborto. É um fato que os Estados pouco populosos e ricos têm medo do crescimento dos países pobres e mais férteis e que tentam impor políticas de controle demográfico”.

O sacerdote conta que o Brasil também acabou adotando políticas de controle populacional, porque até 1988 nenhuma outra Constituição Federal havia utilizado a expressão “planejamento familiar” em um dos seus artigos.

“Regulamentar o ‘planejamento familiar’ o que é isso? Nada menos que regularizar a esterilização, que antes era um crime no Brasil classificado como lesão corporal gravíssima. Com esse projeto de lei a esterilização deixou de ser crime e passou a ser praticada pelo Estado, e está sendo praticada até hoje com o dinheiro público. Tudo isso por causa desse texto colocado na Constituição Federal”, ressaltou.

Segundo o presidente do Pró-vida de Anápolis, a luta contra estes movimentos políticos é dura, pois é preciso dialogar com os poderosos do mundo.

“Nós estamos lutando com gigantes, fundações internacionais e bancos mundiais que só emprestam dinheiro aos países pobres sob as condições de que vão adotar políticas de limitação da natalidade. Também estamos lutando contra os meios de comunicação de massa que, através do grande poder de propaganda, incentivam as pessoas [à pratica desses meio contraceptivos]. Mas nós temos uma coisa que eles não possuem: a graça de Deus”, recordou.

Somente após 1989 a Casa Branca desclassificou o documento, que hoje é considerado domínio público. Pela internet é possível ter acesso a ele.

Assista, na íntegra, a entrevista com o presidente da Associação Pŕo-vida de Anápolis (GO), padre Luiz Carlos Lodi.

“Não tenham medo da vida” (João Paulo II)


Filhos, uma bênção de Deus

“A Sagrada Escritura e a prática tradicional da Igreja vêem nas famílias numerosas um sinal da bênção divina e da generosidade dos pais”. (Cat.§ 2373)

Certa vez o Papa Paulo VI disse a um grupo de casais:

“A dualidade de sexos foi querida por Deus, para que o homem e a mulher, juntos, fossem a imagem de Deus, e, como Ele, nascente da vida”.


Isto é, doando a vida, o casal humano se torna semelhante a Deus Criador. Pode haver missão mais nobre e digna do que esta na face da terra? Alguém disse certa vez, com muita razão, que “a primeira vitória de um homem foi ter nascido”.

Nada é tão grande e valioso neste mundo como o homem. Ensina a Igreja que “ele é a única criatura que Deus quis por si mesma” (GS,24). Por isso o Catecismo da Igreja afirma que:

“Os filhos são o dom mais excelente do Matrimônio e constituem um benefício máximo para os próprios pais” (CIC, 2378).

Será que acreditamos de fato nessas palavras da Igreja? Ou será que “escapamos pela tangente”, dando a “nossa” desculpa?

Lamentavelmente estabeleceu-se entre nós, também católicos, uma cultura “anti-natalista”. Por incrível que pareça “as preocupações da vida” (Lc 12,22; Mt 6,19), sufocaram o valor imenso da vida humana, levando as gerações à triste mentalidade de “quanto menos filhos melhor”. À luz do cristianismo, é uma triste mentalidade, pois a Igreja sempre ensinou o valor incomensurável da vida.

O salmo 126 diz com todas as letras:

“Vede, os filhos são um dom de Deus: é uma recompensa o fruto das entranhas”. “Feliz o homem que assim encheu sua aljava…” (Sl 126, 3-5).

O amor é essencialmente dom. São Tomás de Aquino dizia que “o bem é difusivo” (Suma Teológica, I, q. 5, a.4, ad 1). Em outras palavras: ou o amor se doa, ou então morre. E, para o casal, a maior doação é a da vida do filho.

Santo Ireneu (†202) resumia em poucas palavras toda a grandeza do homem : “O homem vivo é a glória de Deus” (Contra as heresias IV, 20,7).


Isto quer dizer que com a criação do homem e da mulher à sua imagem e semelhança, “Deus coroa e leva à perfeição a obra das suas mãos” (Familiaris Consórtio, 28).

Assim, Ele chamou-nos a participar do seu poder de Criador e de Pai:

“Deus abençoou-os e disse-lhes: “crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra” (Gen 1,28).

Disse ainda o Papa João Paulo II:

“A tarefa fundamental da família é o serviço à vida. É realizar, através da história, a bênção originária do Criador, transmitindo a imagem divina pela geração de homem a homem. Fecundidade é o fruto e o sinal do amor conjugal, o testemunho vivo da plena doação recíproca dos esposos” (Familiaris Consortio, 28).

Todos esses ensinamentos nos levam ao que a Igreja afirma constantemente:

“O amor conjugal deve ser plenamente humano, exclusivo e aberto à nova vida” (GS,50; HV,11; FC,29).

A situação social e cultural dos nossos tempos, dificulta a compreensão dessa verdade. Vale a pena reler o que disse o Papa João Paulo II sobre isso:

“Alguns perguntam-se se viver é bom ou se não teria sido melhor nem sequer ter nascido. Duvidam, portanto, da liceidade de chamar outros à vida, que talvez amaldiçoarão a sua existência num mundo cruel, cujos temores nem sequer são previsíveis. Outros pensam que são os únicos destinatários da técnica e excluem os demais, impondo-lhes meios contraceptivos ou técnicas ainda piores.

“Nasceu assim uma mentalidade contra a vida (anti-life mentality), como emerge de muitas questões atuais: pense-se, por exemplo, num certo pânico derivado dos estudos dos ecólogos e dos futurólogos sobre a demografia, que exageram, às vezes, o perigo do incremento demográfico para a qualidade da vida.

“Mas a Igreja crê firmemente que a vida humana, mesmo se débil e com sofrimento, é sempre um esplêndido dom do Deus da bondade. Contra o pessimismo e o egoísmo que obscurecem o mundo, a Igreja está do lado da vida” (Familiaris Consórtio, 30).

Muitos têm medo de não educar bem os filhos. Pois eu lhes digo que, com Deus, é possível educá-los; basta que o casal se ame, crie um lar saudável, e vivam para os filhos, com todas as suas forças e com toda dedicação. O resto, Deus e eles farão. Faça do seu filho um Homem… isto basta.

Há hoje uma mentira muito difundida – infelizmente aceita também por muitos católicos – de que a limitação da natalidade é o remédio necessário e “indispensável” para sanar todos os males da humanidade.

Não há civilização que possa se sustentar sobre uma falsa ética que destrói o ser humano, ou que impede o “seu existir”. É ilógico, desumano e contra a Lei de Deus, que, para salvar a humanidade seja necessário sacrificá-la em parte.

Jamais a mulher poderá se realizar mais em outra vocação do que na maternidade. É aí que ela coopera de maneira mais extraordinária com Deus na obra da criação e, consequentemente, é aí que ela encontra a sua verdadeira realização. Afinal, São Paulo afirma a Timóteo que: “A mulher será salva pela maternidade” (1 Tm 2,15).

Isso não quer dizer que a mulher que não se torna mãe não pode se salvar, longe disso, mas mostra que o caminho da maternidade, hoje tão desvalorizado, é um meio poderoso de santificação da mulher.

Certa vez o Cardeal Raul Henriques, do Chile, disse:

“Se quando minha mãe teve o 18º filho, tivesse dito basta, vocês não teriam hoje o seu Cardeal”.

E é bom lembrar que Santa Catarina de Sena, doutora da Igreja, foi a 23ª filha dos seus pais.

A Igreja, no Concílio Vaticano II ensinou que:

“Não pode haver verdadeira contradição entre as leis divinas sobre a transmissão da vida e o cultivo do autêntico amor conjugal”.

“Aos filhos da Igreja, apoiados nesses princípios, não é lícito adotar na regulação da prole os meios que o Magistério reprova quando explica a lei divina” (GS, 51).

É preciso dizer aqui que a lei de Deus não é impossível de ser vivida; basta ter fé. São Paulo disse que “o justo vive pela fé” (Rm 1, 17) e sabemos que “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11,6). O que falta hoje para muitos casais é exatamente essa fé. Jesus disse que o seu “jugo (doutrina) é suave e seu peso é leve” (Mt 11,30).

“O mandamento que hoje te dou não está acima de tuas forças, nem de fora de teu alcance… Mas esta palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração: e tu a podes cumprir” (Dt 30, 11-14).

Vitor Hugo disse certa vez que “um lar sem filhos é como uma olmeia sem abelhas”; acaba ficando sem a doçura do
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