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Formação para Jovens

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14 de jun. de 2010

O sacerdote é um dom do Coração de Cristo, diz o Papa em Ângelus

- Milhares de fiéis e peregrinos se reuniram este meio-dia na Praça de São Pedro para rezar o Ângelus dominical com o Papa Bento XVI, quem ao introduzir a oração mariana recordou que os frutos do ano sacerdotal não poderão jamais ser medidos mas que certamente são vistos desde já e ainda estão por ver-se muitos mais.

“O sacerdote é um dom do Coração de Cristo: um dom para a Igreja e para o mundo. Do coração do Filho de Deus, transbordante de caridade, brotam todos os bens da Igreja, e de modo particular tem sua origem a vocação daqueles homens que, conquistados pelo Senhor Jesus, deixam tudo para dedicar-se inteiramente ao serviço do povo cristão, sob o exemplo do Bom Pastor”, disse o Pontífice.

O Santo Padre descreveu o sacerdote como aquele que é “plasmado pela mesma caridade de Cristo, aquele amor que o levou a dar a vida por seus amigos e perdoar a seus inimigos”.

“Por isso –continuou- os sacerdotes são os primeiros operários da civilização do amor. E com isso penso em tantas figuras de sacerdotes, algumas elevadas aos altares e outras cuja lembrança permanece indelével nos fiéis”.

Bento XVI exortou que todos os sacerdotes peçam sempre a intercessão de São João Maria Vianney de modo que “seu ‘ato de amor’ que tantas vezes recitamos durante o Ano Sacerdotal continue alimentando nosso dialogo com Deus”.

O Pontífice recordou também o encerramento do Ano Sacerdotal, enfatizando a vivência de “jornadas inesquecíveis com a presença de mais de 15 mil sacerdotes de todas as partes do mundo. Concluída na solenidade do Sagrado Coração do Jesus, que tradicionalmente é a ‘jornada de santificação sacerdotal’; esta vez ela foi de um modo especial”.

Mais adiante o Papa quis também recordar a figura de outro sacerdote: o polonês Jerzy Popieluszko, sacerdote e mártir, quem “exercitou seu generoso e valente ministério junto a quantos lutavam pela liberdade, pela defesa da vida e sua dignidade. Tal obra de serviço ao bem e à verdade era um sinal de contradição pelo regime que então governava na Polônia. O amor do Coração de Cristo o levou a dar a vida, e seu testemunho foi a semente de uma nova primavera na Igreja e na sociedade”.

Finalmente o Papa ressaltou que ao contemplar atentamente a história, “observa-se quantas páginas de autêntica renovação espiritual e social foram escritas pelo aporte decisivo de sacerdotes católicos, animados somente pela paixão pelo Evangelho e pelo homem, por sua verdadeira liberdade, religiosa e civil. Quantas iniciativas de promoção humana integral partiram da intuição de um coração sacerdotal!”

A seguir o Papa rezou o Ângelus, saudou os presentes em diversos idiomas e repartiu sua Bênção Apostólica.

12 de jun. de 2010

Empire State Bulding rejeita prestar homenagem à Madre Teresa em Nova Iorque

.- Apesar de já ter celebrado diversos acontecimentos relacionados com católicos ilustres como João Paulo II (quando faleceu em 2005) e indo também contra a Câmara de vereadores da cidade que apóia a medida com o prefeito (judeu) de Nova Iorque, Mike Bloomberg; os administradores do famoso edifício Empire State Building se negam a homenagear, com a iluminação de cores, a Madre Teresa de Calcutá no mês de agosto quando se celebram os 100 anos de seu nascimento.

Em sua Página Web, a administração do Empire State assinala que parte de sua política consiste em não homenagear personagens ou figuras religiosas ou políticas, e que isto está em vigência desde o ano 2006, o que explicaria que no ano 2000 eles homenageassem o Cardeal John O'Connor quando faleceu, e o Papa João Paulo II depois de seu falecimento em 2005.

Entretanto, para o Presidente da Liga Católica, Bill Donohue, esta política não refletiria a posição de Anthony Malkin, presidente da Malkin Holdings, empresa à qual pertence o edifício, pois no dia 25 de abril deste ano "as torres estavam iluminadas de azul e branco em honra às irmãs salesianas, religiosas católicas. Em outras palavras, Malkin mente sobre sua suposta política, e por alguma razão tem algo contra a Madre Teresa".

Embora a Malkin Holdings considere que as comemorações que se realizam através da iluminação do edifício de 102 andares são um privilégio e não um direito, a Câmara de vereadores da cidade de Nova Iorque –aonde militam diversos ativistas homossexuais que discordam com a Igreja Católica– e o mesmo prefeito, apóiam o tributo à Madre Teresa, Fundadora das Missionárias da Caridade.

Mike Bloomberg propôs um dia de voluntariado no dia 26 de agosto em honra à Beata que se dedicou ao serviço dos pobres. Do mesmo modo, solicitou que as pessoas enfeitem suas casas esse dia com as cores das missionárias: azul celeste e branco em suas janelas.

Para expressar seu apoio à comemoração à Madre Teresa no Empire State, você pode escrever ao correio do Empire State Building: info@esbnyc.com 

Nada jamais substituirá os sacerdotes na Igreja, recorda o Papa Bento XVI

- Ao finalizar ontem a multitudinária Eucaristia que foi concelebrada por mais de 15 mil presbíteros vindos de todas as partes do mundo para a clausura do Ano Sacerdotal, o Papa Bento XVIsaudou em distintos idiomas. Em português o Santo Padre recordou que "nada jamais substituirá o ministério dos sacerdotes na vida da Igreja".

Em sua saudação em espanhol, o Papa pediu a Deus "que esta celebração se converta em um vigoroso impulso para seguir vivendo com gozo, humildade e esperança seu sacerdócio, sendo mensageiros audazes do Evangelho, ministros fiéis dos Sacramentos e testemunhas eloqüentes da caridade".

"Com os sentimentos de Cristo, Bom Pastor, vos convido a continuar aspirando cada dia à santidade, sabendo que não há maior felicidade neste mundo que gastar a vida pela glória de Deus e o bem das almas", acrescentou.

Em português, o Papa agradeceu a Deus "pelo que sois e o que fazeis, recordando a todos que nada jamais substituirá o ministério dos sacerdotes na vida da Igreja. Ao exemplo e sob o patrocínio do Santo Cura D’Ars, perseverem na amizade de Deus e deixem que suas mãos e seus lábios sigam sendo as mãos e os lábios de Cristo, único Redentor da humanidade".

11 de jun. de 2010

Testemunho ardoroso e oração humilde para suscitar vocações, exortou Bento XVI

(foto EWTN)
- No multitudinário encontro que se realizou na Praça de São Pedro até às 11:15 p.m. (hora local) de ontem, na presença de milhares de sacerdotes vindos de diversas partes do mundo, o Papa Bento XVI explicou que para suscitar santas vocações ao sacerdócio é necessário rezar de maneira convencida, humilde e insistente a Deus; assim como oferecer um testemunho ardoroso de seu amor que mostre a beleza deste chamado.

Respondendo à pergunta de um sacerdote da Austrália, sem ler nenhum texto (algo que é incomum no Papa), Bento XVI assinalou que "é grande a tentação de tomar nós mesmos as coisas em nossas mãos, para transformar a ordem em uma profissão, como um trabalho mais. É uma tentação que não resolve o problema" da escassez de vocações, com o qual ademais se corre o risco de "renunciar à sacralidade do sacerdócio".

Ante a falta de jovens que respondam com generosidade ao chamado de Deus, disse o Santo Padre, "devemos orar a Deus, tocar a sua porta para que nos dê vocações. Rezar com grande convencimento. Deus não se fecha à oração permanente, confiante. Isto é o primeiro: rezar com humildade, confiança e insistência pelas vocações tocando o coração de Deus para que nos dê sacerdotes".

Seguidamente o Pontífice recordou que "cada um de nós deveria fazer o possível para viver o sacerdócio de maneira convincente. Penso que nenhum de nós teria sido sacerdote se não tivesse visto sacerdotes convincentes nos quais ardia o amor de Cristo", afirmação à qual a Praça de São Pedro estalou em aplausos.

O segundo ponto, disse logo o Papa está em "convidar como disse à iniciativa da oração, ter esta humildade esta confiança de falar com força sobre Deus", depois do qual se referiu a uma terceira medida: ter valor para falar com os jovens.

Os jovens, indicou Bento XVI, devem saber que "Deus pode chamá-los. É necessário ajudá-los a encontrar um contexto vital onde possam viver a vocação, em meio de um mundo que parece excluí-lo. Precisam viver a beleza desta vida, ver contextos onde isto seja possível em meio da oração".

"Ali a vocação de Deus pode chegar. Agradecemos a Deus pelos seminaristas e sacerdotes e rezemos por eles e para que haja mais sacerdotes", concluiu.

Depois de ter respondido às perguntas dos sacerdotes, todos cantaram o Pai Nosso em latim e participaram de um intenso momento de adoração eucarística presidida pelo Papa. Bento XVI abençoou logo os pressentes com o Santíssimo ao finalizar a celebração, e todos os sacerdotes e fiéis cantaram a Salve com o qual foi concluída a Vigília de oração.

Humanidade necessita a água viva de Cristo que só os sacerdotes podem dar, diz o Papa Bento XVI


.- Na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus e ao presidir aEucaristia na Praça de São Pedro pelo encerramento do Ano Sacerdotal que convocou por ocasião do 150° aniversário da morte do Santo Cura D’Ars, o Papa Bento XVI –que concelebrou esta Missa com mais de 15 mil sacerdotes– assinalou que a humanidade necessita que os cristãos, especialmente os presbíteros, sejam portadores da água viva de Cristo que comunica a verdadeira alegria e esperança.

Na homilia da Missa em que utilizou o mesmo cálice de São João Maria Vianney, o Santo Padre afirmou que o motivo da celebração do Ano Sacerdotal foi "compreender de novo a grandeza e a beleza do ministério sacerdotal", e acrescentou: "o sacerdote não é simplesmente alguém que detém um ofício. Pelo contrário, o sacerdote faz o que nenhum ser humano pode fazer por si mesmo: pronunciar em nome de Cristo a palavra de absolvição de nossos pecados, mudando assim, a partir de Deus, a situação da nossa vida. [O sacerdote] pronuncia sobre as oferendas do pão e o vinho as palavras de ação de graças de Cristo, que abrem o mundo a Deus e o unem a Ele. Portanto, o sacerdócio não é um simples ‘ofício’, mas um sacramento"

"Esta audácia de Deus, que se abandona nas mãos de seres humanos; que, até conhecendo nossas debilidades, considera os homens capazes de atuar e apresentar-se em seu lugar, esta audácia de Deus é realmente a maior grandeza que se oculta na palavra ‘sacerdócio’. Isto é o que neste ano quisemos de novo considerar e compreender. Queríamos despertar a alegria de que Deus esteja tão perto de nós e também, assim, ensinar de novo aos jovens que esta vocação, esta comunhão de serviço por Deus e com Deus, existe".

O Papa Bento XVI advertiu logo que "era de esperar que o ‘inimigo’ não gostasse que o sacerdócio brilhasse de novo; ele teria preferido vê-lo desaparecer, para que ao fim Deus fosse expulso do mundo. E assim ocorreu que, precisamente neste ano de alegria pelo sacramento do sacerdócio, saíram à luz os pecados dos sacerdotes, sobre tudo o abuso dos pequeninos. Também nós pedimos perdão insistentemente a Deus e às pessoas afetadas, enquanto prometemos que queremos fazer todo o possível para que semelhante abuso não volte a acontecer jamais; que na admissão ao ministério sacerdotal e na formação que prepara para o mesmo faremos todo o possível para examinar a autenticidade da vocação; e que queremos acompanhar ainda mais os sacerdotes em seu caminho".

"Se o Ano Sacerdotal tivesse sido uma glorificação de nossos alcances humanos pessoais, este teria sido destruído por estes fatos", observou o Pontífice. "Mas, para nós, tratava-se precisamente do contrário, de sentir-nos agradecidos pelo dom de Deus, um dom que é levado em ‘vasilhas de barro’, e que uma e outra vez, através de toda a debilidade humana, faz visível seu amor no mundo. Assim, consideramos o ocorrido como uma tarefa de purificação, um afazer que nos acompanha para o futuro e que nos faz reconhecer e amar mais ainda o grande dom de Deus. Deste modo, o dom se converte no compromisso de responder ao valor e a humildade de Deus com nosso valor e nossa humildade".

O Papa prosseguiu a homilia comentando o Salmo 23, "O Senhor é meu pastor", que forma parte da liturgia de hoje. "O Senhor é meu pastor nada me falta", disse Bento XVI. "Deus cuida pessoalmente de mim, de nós, da humanidade. Não me deixou sozinho, extraviado no universo e em uma sociedade ante a qual alguém se sente cada vez mais desorientado. As religiões do mundo, por isso podemos ver, souberam sempre que, em última análise, só há um Deus. Mas este Deus era longínquo. Aceitava-se não obstante que o mundo pressupõe um Criador. Este Deus, entretanto, teria construído o mundo, para depois retirar-se dele. Agora o mundo tem um conjunto de leis próprias segundo as quais se desenvolve, e nas quais Deus não intervém, não pode intervir. Mas ali onde a proximidade do amor de Deus se percebe como moléstia, o ser humano se sente mal".

"Deus quer que nós como sacerdotes, em um pequeno ponto da história, compartilhemos suas preocupações pelos homens. Como sacerdotes, queremos ser pessoas que, em comunhão com seu amor pelos homens, cuidemos deles, façamos que experimentem no concreto esta atenção de Deus", precisou o Santo Padre.

Dirigindo-se logo aos sacerdotes, o Papa indicou que "nós deveríamos buscar ‘conhecer’ os homens de parte de Deus e com vistas a Deus; deveríamos buscar caminhar com eles na via da amizade com Deus. O pastor mostra o caminho correto àqueles que foram confiados a ele. Ele os precede e guia. Digamo-lo de outro modo: o Senhor nos mostra como se realiza em modo justo a arte de ser pessoa. O que devo fazer para não me arruinar, para não desperdiçar minha vida com a falta de sentido? Em efeito, esta é a pergunta que todo homem deve expor-se e que serve para qualquer período da vida. Quanta escuridão há ao redor desta pergunta em nosso tempo! Sempre volta para nossa mente a palavra de Jesus, que tinha compaixão pelos homens, porque estavam como ovelhas sem pastor".

"O povo de Israel estava e está agradecido a Deus, porque mostrou nos mandamentos o caminho da vida. Deus nos mostrou qual é o caminho, como podemos caminhar de maneira justa. A vida de Jesus é uma síntese e um modelo vivo do que afirmam os mandamentos. Assim compreendemos que estas normas de Deus não são cadeias, e sim o caminho que Ele nos indica. Caminhando junto a Cristo temos a experiência da alegria da Revelação, e como sacerdotes devemos comunicar às pessoas a alegria de que nos tenha mostrado o caminho justo".

Referindo-se depois ao "vale escuro" do texto, Bento XVI disse que além da morte, na qual o Senhor não nos deixará sozinhos, "podemos pensar também nos vales escuros das tentações, do desalento, da prova, que toda pessoa humana deve atravessar. Também nestas gargantas tenebrosas da vida Ele está ali. Que ele nos ajude, a nós, sacerdotes, para que possamos estar junto às pessoas que nessas noites escuras nos foram confiadas, para que possamos mostrar a elas a sua luz".

"Sua vara e seu cajado me sossegam", continuou o Santo Padre comentando o Salmo. "O pastor necessita a vara contra as bestas selvagens que querem atacar o rebanho; contra os salteadores que procuram sua presa. Junto à vara está o cajado, que sustenta e ajuda a atravessar os lugares difíceis".

Também a Igreja, continuou o Papa, "deve usar a vara do pastor, a vara com a qual protege a fé contra os farsantes, contra as orientações que são, em realidade, desorientações. Com efeito, o uso da vara pode ser um serviço de amor. Hoje vemos que não se trata de amor, quando se toleram comportamentos indignos da vida sacerdotal. Como tampouco se trata de amor se é permitido proliferar a heresia, a tergiversação e a destruição da fé, como se nós inventássemos a fé autonomamente. Como se já não fosse um dom de Deus, a pérola preciosa que não deixamos que nos arranquem. Ao mesmo tempo, entretanto, a vara continuamente deve transformar-se no cajado do pastor, cajado que ajude os homens a poder caminhar por atalhos difíceis e seguir a Cristo".

Ao final do Salmo se fala da "mesa preparada", do "habitar na casa do Senhor". "Vemos nestas palavras –disse o Papa– uma antecipação profética do mistério da Eucaristia, em que Deus mesmo nos convida e se oferece a nós como alimento, como aquele pão e aquele vinho delicioso que são a única resposta última à fome e à sede interior do homem. Como não alegrar-nos por estar convidados cada dia à mesma mesa de Deus? Alegres porque Ele nos permitiu preparar a mesa de Deus para os homens, por oferecer-lhes seu Corpo e seu Sangue, por oferece-lhes r o dom precioso da sua própria presença".

Por último, o Papa comentou os dois cantos de comunhão que relatam a ferida produzida pela lança no lado de Cristo, de onde brotou sangue e água, que "aludem aos dois sacramentos fundamentais dos que vive a Igreja: o Batismoe a Eucaristia. Do lado transpassado do Senhor, de seu coração aberto, brota a fonte viva que emana através dos séculos e edifica a Igreja. O coração aberto é fonte de um novo rio de vida".

"Cada cristão e cada sacerdote deveriam transformar-se, a partir de Cristo, em fonte que comunica vida a outros. Deveríamos dar a água da vida a um mundo sedento. Senhor fazei que sejamos pessoas vivas, vivas por sua fonte, e dai-nos ser também nós fonte, de maneira que possamos dar água viva ao nosso tempo. Agradecemos-lhe a graça do ministério sacerdotal. Que nos abençoe e abençoe a todos os homens deste tempo que estão sedentos e em busca", concluiu o Papa.

10 de jun. de 2010

Filme que fala bem dos sacerdotes já é êxito de bilheteria na Espanha

.- O filme “O último cume” sobre a vidado sacerdote Pablo Dominguez, no fim de semana de sua estréia e com tão somente quatro cópias converteu-se no filme número 1 em espectadores de cinema na Espanha. A demanda popular permitirá que agora se projete em 50 salas de todo o país.

Conforme informou a produtora Infinito Más Uno, “o único filme em cinemas que fala bem dos padres vendeu (nas salas onde foi exibido) o dobro de entradas vendidas para o filme Sexo em Nova Iorque 2 e o triplo das entradas vendidas para O Príncipe da Pérsia ou Robin Hood” .

“Perto de 6000 mil pessoas já viram este filme de Juan Manuel Cotelo apesar de estar em tão somente em quatro cinemas de toda a Espanha e de competir diretamente com as grandes”, acrescentou a produtora em uma nota de imprensa.

Os produtores agradeceram pela maciça resposta do público. “O último cume passará por petição popular e em apenas uma semana sendo projetada em quatro cinemas a nada menos que mais de 50 salas de toda a geografia espanhola, e é apesar da estréia no meio do feriado longo do Corpus, situou-se como o primeiro filme do país em arrecadamento por cópia em cinema. Um tanto surpreendente se tivermos em conta que é um documentário cujo protagonista é nada mais e nada menos que um sacerdote”, indicaram.
Do mesmo modo, informaram que “são dezenas os cinemas que decidiram tirar de seus anúncios dos exitosos filmes em 3D para fazer um espaço para O último cume”.

“No próximo dia 11 de junho, O último topo será estreado em mais de 50 cidades espanholas graças ao apoio massivo que está recebendo há semanas através da rede. Um êxito que se deve à enorme acolhida obtida por este filme dos começos de sua caminhada, tanto pela figura do (padre) Pablo Domínguez como pelo apoio a todos os sacerdotes”, acrescentaram.

Para mais informação sobre as salas de cinema que apresentam o filme na Espanha, visite www.laultimacima.com (em espanhol) 

6 de jun. de 2010

Maria é modelo de esperança em Deus que nunca nos abandona, recorda Bento XVI

O Papa na Missa de hoje em Nicósia, Chipre (foto radiovaticana.org)

- Ao finalizar a Missa na que entregou o Instrumentum Laboris para o Sínodo dos Bispos do Oriente Médio, o Papa Bento XVI recitou o Ângelus com os fiéis do Chipre. Em suas palavras prévias à oração mariana o Santo Padre ressaltou que a Virgem é modelo de esperança confiada em Deus que nunca abandona e que dá as forças para testemunhá-lo ante o mundo.

O Ângelus, disse o Papa, é uma oração que recorda a aceitação da Virgem Maria "do convite para converter-se na mãe de Deus". "Através de seu ‘sim’ a esperança dos tempos se converteu em realidade, Aquele que Israel tinha esperado por muito tempo veio ao mundo, à nossa história. Sobre ele o anjo prometeu que seu reino não teria fim", assinalou.

"Aproximadamente trinta anos mais tarde, quando Maria estava de pé ante a cruz, deve ter sido difícil manter viva a esperança. As forças da escuridão pareciam ter ganhado vantagem. Entretanto, no profundo, Ela deveu ter recordado as palavras do anjo. Inclusive em meio da desolação do Sábado Santo, a certeza da esperança a levou por volta da alegria da manhã de Páscoa".

E do mesmo modo, prosseguiu o Papa, "nós, seus filhos, vivemos na mesma confiada esperança de que o Verbo feito carne no ventre da Maria nunca nos abandonará. Ele, o Filho de Deus e Filho de Maria, fortalece a comunhão que nos une, para que sejamos testemunhas dele e de seu amor que sana e reconcilia".

"Imploremos a Maria nossa Mãe que interceda por todos nós, pelo povo do Chipre e pela Igreja em todo o Oriente Médio ante Cristo, seu Filho, o Príncipe da Paz", concluiu.

Logo depois da oração Mariana, o Santo Padre dirigiu umas palavras em polonês por ocasião da beatificação do sacerdote mártir desse país, Pe. Jerzy Popieluszko: "saúdo cordialmente a Igreja na Polônia que hoje goza com a elevação aos altares do Padre Jerzy Popieluszko. Seu zeloso serviço e seu martírio são um signo especial da vitória do bem sobre o mal. Que seu exemplo e sua intercessão nutram o zelo dos sacerdotes e que acenda nos fiéis o amor".

Carta de sacerdote ignorada pelo NYT








Carta de um missionário de Angola
Por Nieves San Martín
LUANDA, segunda-feira, 31 de maio de 2010 (ZENIT.org).- “Sou um simples sacerdote católico. Sinto-me feliz e orgulhoso pela minha vocação. Vivo em Angola como missionário há vinte anos.” Assim começa a carta que o missionário salesiano uruguaio Martín Lasarte enviou ao New York Times sem obter resposta. Na carta, explica o trabalho silencioso a favor dos mais desfavorecidos da maioria dos sacerdotes da Igreja Católica que, contudo, “não é notícia”.
Na carta remetida a ZENIT pelo Pe. Martín Lasarte, ele explica que a enviou dia 6 de abril ao jornal nova-iorquino e desde então não obteve resposta. Nela, expressa seus sentimentos diante da onda midiática despertada pelos abusos de alguns sacerdotes, enquanto pouco surpreende o interesse que desperta nos meios o trabalho cotidiano de milhares e milhares de sacerdotes.
“É doloroso muito saber que as pessoas que deveriam ser sinais de amor de Deus tenham sido um punhal na vida de inocentes. Não há palavra que justifique tais atos. Não há dúvida de que a Igreja está do lado dos fracos, dos mais indefesos. Portanto, todas as medidas que forem tomadas para a proteção e prevenção da dignidade das crianças serão sempre uma prioridade absoluta”, afirma em sua carta.
Contudo, destaca, “é curiosa a pouca noticiabilidade e desinteresse por milhares e milhares de sacerdotes que trabalham em prol dos milhões de crianças, adolescentes e demais desfavorecidos nos quatros cantos do mundo”.
“Penso que para seu meio de informação não interessa as muitas crianças desnutridas que tive de carregar por caminhos minados em 2002 desde Cangumbe a Luena (Angola), pois nem o governo se dispunha a fazer isso, e as ONGs não estavam autorizadas; tive de enterrar dezenas de pequenos, falecidos entre os deslocados  pela guerra e os que retornaram; que salvamos a vida de milhares de pessoas no México mediante o único posto médico a 90 mil km de distância, assim como a distribuição de alimentos e sementes; que demos a oportunidade de educação nestes 10 anos e escolas a mais de 110 mil pequenos…”, afirma.
“Não é de interesse – destaca – que ,como outros sacerdotes, tivemos de socorrer a crise humanitária de cerca de 15 mil pessoas nos quartéis da guerrilha, depois de sua rendição, porque não chegavam os alimentos do governo e da ONU.”
E, em seguida, enumera uma série de ações, muitas vezes em situação de risco ou perda de vida, por seus companheiros que são ignoradas pela mídia.
“Não é notícia um sacerdote de 75 anos, Pe. Roberto, que vai até as cidades de Luanda curando os meninos da rua, levando-os a uma casa de recuperação, para que se desintoxiquem; que alfabetiza centenas de presos; e outros sacerdotes, maltratados e até violentados e buscam um refúgio. Menos ainda que o Frei Maiato, com seus 80 anos, passe de casa em casa confortando os doentes e desesperados.”
“Não é notícia que mais de 60 mil, dos 400 mil sacerdotes e religiosos, deixaram sua terra e sua família para servir seus irmãos em leprosários, hospitais, campos de refugiados, orfanatos para crianças acusadas de bruxaria ou órfãos de pais que faleceram com Aids, em escolas para os mais pobres, em centros de formação profissional, em centros de atenção a portadores do HIV… ou sobretudo em paróquias e missões, dando motivações para as pessoas viverem e amarem.”
“Não é notícia que meu amigo, Pe. Marcos Aurélio, por salvar alguns jovens durante a guerra na Angola, transportou-os de Calulo a Dondo e, voltando à sua missão, foi morto no caminho; que o irmão Francisco, com cinco senhoras catequistas, por ir ajudar as áreas rurais mais escondidas, foram mortos em um acidente na estrada; que dezenas de missionários na Angola morreram por falta de socorro sanitário, por uma simples malária; que outros voaram pelo céu, por motivo de minas terrestres, visitando seus povos. No cemitério de Kalulo estão os túmulos dos primeiros sacerdotes que chegaram à região… Nenhum deles passou dos 40 anos.”
“Não é notícia acompanhar a vida de um sacerdote ‘normal’ em seu dia-a-dia, em suas dificuldades e alegrias, consumindo sem barulho sua vida a favor da comunidade à qual serve.”
“A verdade é que não procuramos ser notícia, mas simplesmente levar a Boa Notícia, essa notícia que sem barulho começou na noite de Páscoa. Há mais ruído por uma árvore que cai do que por um bosque que cresce”, destaca.
“Não pretendo fazer uma apologia da Igreja e dos sacerdotes – afirma. O sacerdote não é nenhum herói nem um neurótico. É um simples homem que, com sua humanidade, busca seguir Jesus e servir seus irmãos. Há miséria, pobreza e fragilidade, como em cada ser humano; e também beleza e bondade, como em cada criatura…”
“Insistir na perseguição obsessiva em um tema, perdendo a visão de conjunto, cria verdadeiramente caricaturas ofensivas do sacerdócio católico, nas quais me sinto ofendido”, afirma.
E conclui: “Só lhe peço, amigo jornalista, que busque a Verdade, o Bem e a Beleza. Isso o tornará nobre em sua profissão”.



4 de jun. de 2010

Máfia do aborto. dinheiro de sangue BloodMoney ( video em PT)










Este filme será lançado em breve, vejam este trecho: “Nós tínhamos todo um plano para vender abortos, e se chamava ‘educação sexual’. Quebrar a inocência natural das meninas, separá-las de seus pais e dos valores, tornarmo-nos ‘experts’ de sexo para elas, assim elas se voltariam para nós. Quando nós então daríamos pílulas anticoncepcionais de baixa dosagem que as fariam ficar grávidas, ou camisinhas defeituosas. Nossa meta era 3 a 5 abortos em cada garota entre 13 e 18 anos”.


Mundo necessita cristãos que anunciem a verdade: Jesus Cristo, diz o Papa Bento XVI

(foto Radiovaticana.org)
.- Na igreja Ágia Kiriaki Chrysopolitissa, lugar de culto ortodoxo aberto desde 1987 aos católicos e anglicanos por vontade do então bispo ortodoxo de Paphos e atual arcebispo do Chipre, Sua Beatitude Crisóstomo II, o Papa Bento XVI assinalou que "a comunhão eclesiástica na fé apostólica é ao mesmo tempo um dom e uma chamada à missão", tarefa urgente que o mundo necessita sedento da verdade que é Jesus Cristo.

Assim o indicou o Santo Padre na igreja de onde se vê umas ruínas onde se encontram os restos da basílica paleocristiana do século IV e muito perto a "Coluna de São Paulo", objeto de devoção popular e ligada à estadia do Apóstolo de Gentes na ilha.

À sua chegada, Bento XVI foi recebido pelo pároco da comunidade latina e depois de rezar uns minutos em silêncio no templo, saiu pela antiga porta central para saudar os fiéis reunidos na zona arqueológica. O arcebispo ortodoxo do Chipre, Sua Beatitude Crisóstomo II, saudou o Papa e depois da leitura do relato da primeira viagem de São Barnabé e São Paulo à ilha, o Pontífice pronunciou um discurso.

Desde este lugar, disse o Papa, "a mensagem do Evangelho começou a estender-se por todo o Império e a Igreja fundada sobre a predicação apostólica, foi capaz de plantar raízes em todo mundo então conhecido".

Por isso, "a Igreja do Chipre pode sentir-se legitimamente orgulhosa de seus laços diretos com a predicação de Paulo, Barnabé e Marcos e da comunhão na fé apostólica, que a une a todas as igrejas que têm a mesma regra de fé. Esta é a comunhão real, embora imperfeita, que já nos une e nos impulsiona a superar nossas divisões e lutar para restaurar a plena unidade visível que o Senhor deseja para todos os seus seguidores".

"A comunhão eclesiástica na fé apostólica é ao mesmo tempo um dom e uma chamada à missão", sublinhou o Papa. Por isso, todos os cristãos devem dar "testemunho profético do Senhor ressuscitado e do seu Evangelho de reconciliação, misericórdia e paz. Neste contexto, a Assembléia Especial para o Oriente Médio do Sínodo dos Bispos refletirá sobre o papel vital dos cristãos na região, animá-los-á em seu testemunho do Evangelho e os ajudará a fomentar um maior diálogo e cooperação entre os cristãos na região. É significativo que os trabalhos do Sínodo se enriqueçam com a presença de delegados fraternos de outras Igrejas e comunidades cristãs da zona, como um signo de compromisso compartilhado ao serviço da Palavra de Deus e de nossa abertura à força de sua graça que reconcilia".

A unidade de todos os discípulos de Cristo, prosseguiu o Papa, "é um dom que se implora ao Pai, com a esperança de que reforce o testemunho do Evangelho no mundo de hoje. Há cem anos, durante a Conferência Missionária de Edimburgo, a aguda consciência de que as divisões entre os cristãos eram um obstáculo para a difusão do Evangelho deu origem ao movimento ecumênico moderno".

"Hoje devemos estar agradecidos ao Senhor, que, através do seu Espírito, levou-nos especialmente nas últimas décadas a redescobrir a rica herança apostólica compartilhada pelo Oriente e Ocidente e, mediante um diálogo paciente e sincero, a encontrar os caminhos para nos aproximar uns aos outros, superando as controvérsias do passado e olhando para um futuro melhor", continuou.

"A Igreja do Chipre, que demonstrou ser uma ponte entre o Oriente e Ocidente, contribuiu muito a este processo de reconciliação. O caminho que leva a meta da plena comunhão não estará, certamente, isento de dificuldades, mas a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa do Chipre se comprometeram a avançar no caminho do diálogo e a cooperação fraterna".

"Que o Espírito Santo ilumine nossas mentes e fortaleça nossa decisão, para que juntos possamos levar a mensagem de salvação aos homens e mulheres de nosso tempo, que têm sede dessa verdade que leva à autêntica liberdade e à salvação, essa verdade, cujo nome é Jesus Cristo!", finalizou o Papa.

Depois de rezar o Pai Nosso e escutar um canto bizantino, o Papa voltou a entrar na igreja e abençoou uma placa que será colocada em uma nova residência de anciãos realizada pela comunidade católica do Chipre. Dali se deslocou em automóvel a Nicósia, a capital da ilha.

Somente a Bíblia?




"Assim, pois, irmãos, permanecei firmes, e conservai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa." (2 Ts 2,15)
Para os protestantes, a Bíblia é a única regra de fé, ou melhor, a Bíblia é a autoridade máxima da igreja. Mas será que esta também era a fé dos primeiros cristãos? (Por Cristãos, entenda-se Católicos) 
A Doutrina da Igreja vem do ensino oral que Cristo deixou para os Apóstolos. Note que nos primeiros quatro séculos, muitos cristãos nasceram, viveram e morreram, sem mesmo saber quais eram os livros que deveriam compor a Bíblia. Nos primeiros quatro séculos a Igreja vivia somente da Tradição e do Magistério.
Foi com base na Tradição Apostólica, é que o Magistério Católico definiu o catálogo sagrado. Isto mostra claramente que a Bíblia é filha da Igreja e não sua mãe. Como diz meu amigo Professor Carlos Ramalhete: "pode algo maior sair de algo menor?", é claro que não. A própria Bíblia declara que "A Igreja é a Coluna e o Fundamento da Verdade" (1Tm 3,15).A Igreja é tão anterior à Bíblia que a própria Igreja é citada na Bíblia.
A doutrina protestante "Sola Scriptura", isto é, "Somente as Escrituras", não encontra amparo na Tradição Apostólica, no Magistério da Igreja e nem nas próprias Escrituras. Vamos utilizar a própria Bíblia para desmentir tal doutrina:
A Bíblia não contém toda revelação
  • "Jesus fez muitas outras coisas. Se cada uma delas fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que seriam escritos." (Jo 21,25) - o testemunho do apóstolo fala tudo, nem tudo que Jesus ensinou e realizou foi escrito, mas ficou mantido na Tradição Apostólica.
     
  • "[Jesus] depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias e falando do que respeita ao reino de Deus." (At 1,3) - o que Jesus ensinou aos apóstolos nestes quarenta dias após sua ressurreição não foi importante? Será que Jesus esteve com eles à toa? A Bíblia não nos relata o que Jesus ensinou neste período, mas a Tradição Apostólica sim.
     
  • "Tenho muito a vos escrever, mas não quero fazê-lo com papel e tinta. Antes, espero ir ter convosco e falar face a face, para que nossa alegria seja completa" (2Jo 1,12)."Tenho muitas coisas que te escrever, mas não quero fazê-lo com tinta e pena. Espero, porém, ver-te brevemente, e falaremos face a face" (3Jo 1,13-14) - São João ensinou muitas coisas oralmente.
     
  • "E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados." (Tg 5,10) - São Tiago Menor recebeu tal instrução da Tradição Apostólica, já que em nenhum lugar da Bíblia, Nosso Senhor Jesus Cristo ensina tal coisa.
A Tradição Apostólica tem autoridade
  • "Assim, pois irmãos, permanceis firmes, e conservai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa." (2Ts 2,15)
     
  • "E o que de mim, através de muitas testemunhas ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para ensinarem outros." (2Tm 2,2)
     
  • "Ó Timóteo, guarda o depósito [a tradição] que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência [gnose]." (1Tm 6,20)
     
  • "E [os cristãos] perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações." (At 2,42)
     
  • "E, quando [Paulo, Timóteo e Silas] iam passando pelas cidades, lhes entregavam, para serem observados, os decretos que haviam sido estabelecidos pelos apóstolos e anciãos em Jerusalém." (At 16,4) - forte testemunho da ação do Magistério da Igreja no cristianismo primitivo.
Este é o testemunho da própria Bíblia sobre a doutrina protestante da "Sola Scriptura".

Papa Bento XVI fala sobre Santo Tomás de Aquino















Caros irmãos e irmãs,
depois de algumas catequeses sobre o sacerdócio e de minhas últimas viagens, retornamos hoje ao nosso tema principal, isto é, à meditação sobre alguns dos grandes pensadores da Idade Média. Havíamos visto, na última vez, a grande figura de São Boaventura, franciscano, e hoje desejo falar daquele que a Igreja chama Doctor communis: isto é, Santo Tomás de Aquino. O meu venerado Predecessor, o Papa João Paulo II, na sua Encíclica Fides et ratio, recordou que Santo Tomás “foi sempre proposto pela Igreja como mestre de pensamento e modelo quanto ao reto modo de fazer teologia” (n. 43). Não surpreende que, depois de Santo Agostinho, entre os escritores eclesiásticos mencionados no Catecismo da Igreja Católica, Santo Tomás venha citado mais que qualquer outro, precisamente sessenta e uma vezes! Ele foi chamado também Doctor Angelicus, provavelmente por suas virtudes, em particular a sublimidade do pensamento e a pureza de vida.
Tomás nasceu entre 1224 e 1225 no castelo que a sua família, nobre e abastada, possuía em Roccasecca, nas proximidades de Aquino, vizinho à célebre abadia de Montecassino, aonde foi enviado pelos pais a fim de receber os primeiros elementos de sua instrução. Alguns anos depois se transferiu para a capital do Reino da Sicília, Nápoles, onde Frederico II fundara uma prestigiosa universidade. Ali era ensinado, sem as limitações vigentes alhures, o pensamento do filósofo grego Aristóteles, no qual o jovem Tomás foi introduzido, e cujo grande valor subitamente intuiu. Mas sobretudo, naqueles anos transcorridos em Nápoles, nasceu a sua vocação dominicana. Tomás foi, na verdade, atraído pelo ideal da Ordem fundada poucos anos antes por São Domingos. Todavia, quando revestiu o hábito dominicano, a sua família se opôs a esta escolha e ele foi constrangido a deixar o convento e a passar algum tempo com a família.
Em 1245, já maior de idade, pode retomar o seu caminho de resposta ao chamado de Deus. Foi enviado a Paris para estudar teologia sob a direção de um outro santo, Alberto Magno, sobre o qual falei recentemente. Alberto e Tomás cultivaram uma verdadeira e profunda amizade e aprenderam a estimar-se e a se querer bem, a ponto de Santo Alberto querer que seu discípulo o seguisse a Colônia, aonde o próprio Alberto fora enviado pelos Superiores da Ordem a fundar uma escola de teologia. Tomás teve então contato com todas as obras de Aristóteles e de seus comentadores árabes, que Alberto esclarecia e explicava.
Naquele período, a cultura do mundo latino fora profundamente estimulada pelo encontro com as obras de Aristóteles, que permaneceram desconhecidas por muito tempo. Tratava-se de escritos sobre a natureza do conhecimento, sobre ciências naturais, sobre metafísica, sobre a alma e sobre a ética, ricos de informações e de intuições que pareciam válidas e convincentes. Era toda uma visão completa do mundo desenvolvida sem Cristo e antes d’Ele, somente com a razão, e parecia impor-se à razão como “a” própria visão; despertava, pois, um incrível fascínio nos jovens ver e conhecer esta filosofia. Muitos acolheram com entusiasmo, até mesmo com entusiasmo acrítico, esta enorme bagagem do saber antigo, que parecia poder renovar vantajosamente a cultura, abrir totalmente novos horizontes. Outros, porém, temiam que o pensamento pagão de Aristóteles estivesse em oposição à fé cristã e se recusavam a estudá-lo. Encontraram-se duas culturas: a cultura pré-cristã de Aristóteles, com sua radical racionalidade, e a clássica cultura cristã. Certos ambientes foram levados à rejeição de Aristóteles também pela apresentação que de tal filósofo fora feita pelos comentadores árabes Avicena e Averróis. De fato, foram eles que transmitiram ao mundo latino a filosofia aristotélica. Por exemplo, estes comentadores haviam ensinado que os homens não dispõem de uma inteligência pessoal, mas que neles há um único intelecto universal, uma substância espiritual comum a todos, que opera em todos como “única”: portanto uma despersonalização do homem. Um outro ponto discutível veiculado pelos comentadores árabes era aquele segundo o qual o mundo é eterno como Deus. Compreensivelmente surgiram, no mundo universitário e no eclesiástico, disputas sem fim. A filosofia aristotélica estava sendo difundida inclusive entre o povo simples.
Tomás de Aquino, na escola de Alberto Magno, desenvolveu uma operação de fundamental importância para a história da filosofia e da teologia, eu diria, para a história da cultura:estudou a fundo Aristóteles e os seus intérpretes, buscando novas traduções latinas dos textos originais gregos. Assim não se apoiava mais somente nos comentadores árabes, mas podia ler pessoalmente os textos originais, e comentou grande parte das obras aristotélicas, distinguindo nelas o que era válido daquilo que era dúbio ou que devesse ser recusado totalmente, mostrando a consonância com os dados da Revelação cristã e utilizando ampla e agudamente o pensamento aristotélico na exposição dos escritos teológicos que compôs. Em definitivo, Tomás de Aquino mostrou que entre a fé cristã e a razão existe uma natural harmonia. E esta foi a grande obra de Tomás, que naquele momento de conflito entre duas culturas – momento no qual parecia que a fé devia dobrar-se diante da razão – mostrou que ambas caminham juntas, que quando aparecia uma razão não compatível com a fé não era razão, e quando aparecia uma fé não era fé, enquanto oposta a uma verdadeira racionalidade; assim ele criou uma nova síntese que formou a cultura dos séculos seguintes.
Por seus excelentes dotes intelectuais, Tomás foi chamado a Paris como professor de teologia na cátedra dominicana. Ali também deu início a sua produção literária, que prosseguiu até a morte, e que há algo de prodigioso:comentários à Sagrada Escritura, porque o professor de teologia era sobretudo intérprete da Escritura, comentários aos escritos de Aristóteles, obras sistemáticas poderosas, entre as quais se destaca a Summa Theologiae, tratados e discursos sobre vários temas. Para a composição de seus escritos era coadjuvado por alguns secretários, entre os quais o confrade Reginaldo de Piperno, que o seguiu fielmente e ao qual se ligou por uma profunda e sincera amizade, caracterizada por uma grande familiaridade e confiança. Esta é uma característica dos santos: cultivam a amizade, porque ela é uma das manifestações mais nobres do coração humano e que tem em si algo de divino, como o próprio Tomás explicou em algumas quaestiones da Summa Theologiae, na qual escreve: “A caridade é a amizade do homem com Deus principalmente, e com os seres que a Ele pertencem” (II, q. 23, a. 1).
Não permanece muito tempo e estavelmente em Paris. Em 1259 participou do Capítulo Geral dos Dominicanos em Valenciennes, onde foi membro de uma comissão que estabeleceu o programa de estudos na Ordem. Depois, de 1261 a 1265, Tomás estava em Orvieto. O Papa Urbano IV, que nutria por ele uma grande estima, lhe confiou a composição dos textos litúrgicos para a festa de Corpus Christi, que celebramos amanhã, instituída em seguida ao milagre eucarístico de Bolsena. Tomás teve uma alma autenticamente eucarística. Os belíssimos hinos que a liturgia da Igreja canta para celebrar o mistério da presença rela do Corpo e do Sangue do Senhor na Eucaristia são atribuídos à sua fé e à sua sabedoria teológica. De 1265 até 1268 Tomás residiu em Roma, onde, provavelmente, dirigia um Studium, isto é, uma Casa de estudos da Ordem, e onde começou a escrever a sua Summa Theologiae (cf. Jean-Pierre Torrell, Tommaso d’Aquino. L’uomo e il teologo, Casale Monf., 1994, pp. 118-184).
Em 1269 foi novamente chamado a Paris para um segundo ciclo de magistério. Os estudantes – compreende-se bem – eram entusiastas de suas aulas. Um ex-aluno seu declarou que uma grande multidão de estudantes seguia os cursos de Tomás, tanto que as salas mal podiam comportá-los e acrescentava, com uma anotação pessoal, que “escutá-lo era para ele uma felicidade profunda”. A interpretação de Aristóteles dada por Tomás não era aceita por todos, mas mesmo os seus adversários no campo acadêmico, como Godofredo de Fontaines, por exemplo, admitiam que a doutrina de frei Tomás fosse superior às outras por utilidade e valor e servia como corretivo às de todos os outros doutores. Talvez também a fim de subtraí-lo às intensas discussões em curso, os Superiores o enviaram uma vez mais a Nápoles, à disposição do rei Carlos I, que pretendia reorganizar os estudos universitários.
Além do estudo e do ensino, Tomás se dedicou também à pregação ao povo. E também o povo, de boa vontade, ia escutá-lo. Eu diria que é verdadeiramente uma grande graça quando os teólogos sabem falar com simplicidade e fervor aos fiéis. O ministério da pregação, por outro lado, ajuda os próprios estudiosos de teologia com um saudável realismo pastoral, e enriquece de vivos estímulos suas pesquisas.
Os últimos meses de vida terrena de Tomás permanecem circundados por uma atmosfera particular, diria até misteriosa. Em dezembro de 1273 chamou o seu amigo e secretário Reginaldo para comunicar-lhe a decisão de interromper todo trabalho, porque, durante a celebração da Missa, havia compreendido, em seguida a uma revelação sobrenatural, que tudo quanto havia escrito até então era somente “um monte de palha”. É um episódio misterioso que nos ajuda a compreender não somente a humildade pessoal de Tomás, mas também o fato de que tudo aquilo que conseguimos pensar e dizer sobre a fé, não obstante elevado e puro, é infinitamente superado pela grandeza e pela beleza de Deus, que nos será revelada em plenitude no Paraíso. Alguns meses depois, sempre mais absorvido em uma profunda meditação, Tomás morreu enquanto viajava para Lyon, para onde se dirigia a fim de tomar parte no Concílio Ecumênico convocado pelo Papa Gregório X. Expirou na Abadia cisterciense de Fossanova, depois de ter recebido o Viático com sentimentos de grande piedade.
A vida e a doutrina de Santo Tomás de Aquino se poderia resumir em um episódio transmitido pelos antigos biógrafos. Enquanto o Santo, como seu costume, estava em oração diante do Crucifixo, logo pela manhã na Capela de São Nicolau, em Nápoles, Domingos de Caserta, o sacristão da igreja, ouviu desenvolver-se um diálogo. Tomás perguntava, preocupado, se tudo o que havia escrito sobre os mistérios da fé cristã estava correto. E o Crucifixo responde: “Tu falaste bem de mim, Tomás. Qual será a tua recompensa?”. E a resposta que Tomás deu é aquela que também nós, amigos e discípulos de Jesus, queremos sempre dar-lhe: “Nada além de Ti, Senhor!” (Ibid., p. 320).
BENEDICTUS PP. XVI
Fonte: Santa Sé, 2 de junho de 2010
Tradução: OBLATVS