21 de mar. de 2011

Quando se faz necessário quebrar o jejum

Às vezes acontece de, durante tempos em que estamos jejuando longamente - como na Quaresma - quebrarmos o jejum, não por desejo ou esquecimento, mas por uma ocasião. Como devemos agir?

Fonte Foto: blog da canção nova

Já houve épocas em que eu enlouquecia com estas questões. Um caso era quando eu jejuava carne às sextas-feiras, mas meu marido, não. Como eu saberia se a carne estaria boa, com o tempero em ponto? Acabava que, ao provar, eu comia a carne e meu jejum ia por água abaixo.

Porém, como Deus é misericordioso, um dia, um padre, após a confissão, explicou-me sobre isso e repasso agora a vocês.

Quando estamos jejuando, o Senhor Jesus pediu que não fizéssemos cara feia a fim de que as pessoas notem que estamos jejuando, mas sim que estampássemos a alegria no rosto para que ninguém perceba. Logo, se os seus familiares sabem que você costuma praticar o jejum, eles não se sentirão constrangidos quando você não comer carne ou qualquer outra coisa que você esteja abstendo por uma causa. No entanto, se é você quem cozinha e precisa provar justamente aquele alimento que decidiu jejuar, prove. Provar não é comê-lo todo. E isto é uma prova de amor, de caridade para com os seus pares. Não é gentil servir-lhes algo insonso ou salgado. Prove um pedacinho que lhe permita sentir o gosto e pronto. Provar não nos dá o direito de quebrar o jejum, mas de agirmos com caridade com o próximo.

Outro exemplo é quando somos convidados para ir a casa de alguém. Se é possível dizer a esta pessoa que você está jejuando e por isso irá se abster de tal prato, ok. Agora, se esta pessoa não lhe conhece e deixar de comer algo que ela está servindo for motivo de constrangimento a ela,come um pouquinho.Situação: você deixou de comer massa na Quaresma. De repente sua amiga lhe convida para jantar em casa dela a fim de comemorarem a notícia da gravidez dela.O prato principal: lazanha (=massa). Será impossível que sua amiga não note que você não comeu. Logo, pegue um pedacinho pequeno e ofereça ao Senhor este ato a fim de alegrar o coração desta amiga e serví-la. O mesmo quando, por algum motivo, você convidar alguém à sua casa para um jantar. Se você sabe que aquela pessoa não tem a prática de jejuar e você está jejuando carne, por exemplo, seria extremamente faltoso com a caridade se só lhe servisse peixe. E se ela não come peixe? Portanto, ofereça-a o que deseja comer. Faça o peixe, mas também faça a carne. Você não será obrigado a comê-la, mas ao menos ofereceu à sua visita algo que ela gostaria de comer.

Conto-lhes isso porque eu tenho passado por situações semelhantes. Minha sogra não tem a prática de jejuar. Ela adora cozinhar pratos maravilhosos e nota quando não comemos. Sexta-feira mesmo ela fez linguiça e ovo. Comi só o ovo. Ela notou, mas não comentou nada, porque sabe que eu jejuo. Quando ela insiste, eu pego um pedacinho, mas não abandono a prática.

Por fim, "quebrar" o jejum neste sentido não tem mau, mas também não nos dá o direito de despedir o jejum. Ao contrário. Que estas ocasiões sirvam par alimentar em nós o domínio próprio, a temperança e a fortaleza. E tudo isso só será possível com oração, pois jejum sem oração é regime.

1 comentários:

  1. gostaria de saber como fazer um jejum, se tem uma maneira certa, e de ler um testemunho

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