25 de mai. de 2011

Namoro e Laicismo

Gregório Vivanco Lopes
Em meio ao caos do mundo moderno, cada vez mais se nota uma tendência a “legitimar” situações ilegítimas, designando-as com palavras de uso corrente. A palavra como que “escorrega” e passa a significar uma coisa diferente do que antes significava.

Plínio Corrêa de Oliveira já nos advertia para a manipulação das palavras com vistas a produzir uma “baldeação ideológica inadvertida”, ou seja, a pessoa muda de ideologia sem perceber. Usando um mesmo vocábulo vão sendo designadas situações progressivamente diferentes, até que, no final do processo, a palavra passa a designar o contrário do que ela significava no início.

É o que se passa, por exemplo, com as palavras “namoro” e “laicismo”.

Até há pouco “namoro” era um primeiro relacionamento afetivo entre pessoas de sexo diferente, para se conhecerem melhor com vistas a um engajamento mais sério, no noivado, e por fim o casamento.

Hoje em dia, não. O termo “namoro” vem sendo empregado para designar um relacionamento já diretamente sexual, incluídos o concubinato, o adultério e até a homossexualidade! Tudo é namoro!

O propagandeado líder sem-terra, João Pedro Stédile, declarou formalmente que “a maioria das freiras que foi morar em acampamento [dos sem-terra] acabou arrumando namorado” (Revista “Atenção”, maio/1996).

O mesmo vai ocorrendo com a palavra “laicismo”.

Originariamente, “laicismo” significava a doutrina pela qual o Estado é separado da Igreja. Portanto não há uma religião oficialmente professada pelo Estado. No Brasil, no tempo do Império, Igreja e Estado eram unidos. Com o advento da República, houve a separação e o Estado ficou reduzido à categoria laical. Igreja e Estado passaram a conviver autonomamente.

Depois disso, tanto fizeram e mexeram na palavra “laicismo”, que hoje muitos entendem o Estado leigo como sendo aquele que deve perseguir a religião. Daí a campanha contra os crucifixos em locais públicos, proibição de ensino religioso nas escolas, projetos contra a “homofobia”, que visam a criminalizar os cristãos que usam de sua liberdade de expressão religiosa para criticar as práticas homossexuais etc.

Razão tinha o saudoso Prof. Plinio Corrêa de Oliveira ao insistir em que as palavras fossem usadas com precisão e clareza!

Fonte: IPCO

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