20 de jul. de 2011

O ativismo que distancia de Deus.



Ativismo, correria, compromissos e metas a bater. A vida de quase todos no mundo atual gira em torno desta obcecada aspiração por uma vida melhor, o homem enfrenta toda e qualquer adversidade pelas glorias terrenas.
A busca em si pelas conquistas é plausível, o trabalho é inspiração divina e isto se vê nas cartas paulinas e, sobretudo na tradição beneditina ( Ore et labore) . Porém é preciso muita atenção para que o ativismo não conduza o cristão para o distanciamento de Deus.
Infelizmente muitos irmãos na fé tem se perdido nesta busca pelas glorias humanas. Compromissos com faculdade, trabalho, relacionamento amoroso, família e tantas coisas têm tirado de pessoas antes piedosas a aspiração pelas realidades sagradas.
Da faculdade são levados para boates, do trabalho para os finais de semanas em sítios, do namoro para os cinemas e shoppings e no final das contas oque vemos é uma terrível falta de compromisso com aquilo que antes era inegociável. Um dia foram fervorosos e hoje chegam a passar semanas, meses e até anos sem sequer ouvir a voz da consciência. Já não rezam, não participam da Santa Missa dominical, esqueceram-se da Virgem Maria e chegam a evitar as antigas amizades da Igreja. Isto é lamentável.
Faculdade, trabalho, relacionamento e família são coisas que fazem parte da vida de todos. São bençãos de Deus para nós. Nenhum cristão deve descuidar da vida pessoal, porém de forma alguma a sua agenda pode ser organizada deixando Deus no ultimo plano. É triste ver “fieis” se esquecendo de Deus em uma Igreja que teve Santa Gemma Galgani que perdia a respiração quando era impedida pelo seu diretor espiritual de pensar no seu Mestre.
Estas pessoas facilmente são conduzidas para a perversão moral, não tendo um Deus que lhe basta elas buscam suas realizações nos pecados capitais. A perversão se torna idolatria e consequentemente o terrível vazio existencial toma conta de um coração que era para ser do Deus da alegria.
Muitos escondem atrás da questão da falta de tempo, isto é um equivoco. A realidade eclesial nos mostra que com a virtude da ordem é possível servir a Deus e cuidar das necessidades terrenas. Conheço muitos católicos universitários, trabalhadores e com família para cuidar que conseguem até mesmo assumir cargos de liderança na Igreja. Às vezes o não poder é na verdade um não querer.
Espero em Deus que estes “Filhos Pródigos” voltem para o “Santo Redil”, que consigam com a virtude da ordem conquistar bens terrenos sem deixar de lado Nosso Senhor e sua Santa Igreja.
Meu twitter: @bhc.vida

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