21 de mai. de 2012

Bento XVI: Não há nada que a força da oração não consiga


Em suas palavras prévias à oração do Regina Caeli, na Praça de São Pedro, junto a milhares de fiéis, o Papa Bento XVI animou a confiar plenamente na oração ao Senhor para alcançar nossos desejos.


Bento XVI sublinhou que “para alcançar as petições que temos em nosso coração, não há melhor médio que pôr a força de nossa oração naquela coisa que agrada mais a Deus".

"Então, não só dará o que lhe peçamos, que é a salvação mas ainda mais, o que Ele vê que nos convém e embora não o peçamos”.

O Papa assinalou que a Ascensão de Jesus aos Céus, Festa que a Igreja celebra hoje, “proclama não só a imortalidade da alma, mas também aquela da carne".

"Não só confirmados como possuidores do paraíso, mas também penetrados em Cristo nas alturas dos céus”.

O Santo Padre explicou que com o mistério da Ascensão, Deus “nos diz que em Cristo nossa humanidade é elevada às alturas de Deus, e assim, cada vez que oramos, a terra se une ao Céu. E como o incenso, queimando, faz subir para as alturas sua fumaça de suave aroma, deste modo, quando elevamos ao Senhor nossa fervente e confiada oração em Cristo, ela atravessa os céus e alcança o Trono de Deus, escutada por Ele e respondida”.

“Por isso, quando os discípulos viram o Mestre elevar-se sobre a terra e elevar-se às alturas, não invadidos pelo desconsolo, mas pelo contrário, experimentaram um grande gozo e se sentiram impulsionados a pregar a vitória de Cristo sobre a morte. O Senhor ressuscitado atuava neles, distribuiu a cada um deles um carisma próprio, para que a comunidade cristã, em seu conjunto, refletisse a harmoniosa riqueza dos Céus”.

O Papa recordou que Deus depositou em todos um dom, a uns deu o “dom de ser apóstolos, a outros profetas, a outros pregadores do Evangelho, a outros pastores ou mestres”, e “organizou em ordem à edificação do Corpo de Cristo, até que todos cheguemos à plenitude de Cristo”.

Bento XVI indicou que a Ascensão do Jesus se cumpre quarenta dias depois de sua Ressurreição e marca o cumprimento da salvação iniciada pela Encarnação. O Senhor, “depois de instruir pela última vez os seus discípulos, sobe ao céu".

"Mas não se separou de nossa condição; mas com efeito, (...) revelou o destino final de nosso peregrinar terrestre”.

Bento XVI sublinhou que a Ascensão é o último ato de nossa liberação do pecado, e assim como o Senhor “descendeu do Céu por nós, sofreu e morreu na cruz por nós, também ressuscitou e retornou a Deus, por isso não está longe, mas é nosso Deus, Nosso pai”.

Ao concluir a oração do Regina Caeli, o Papa recordou a celebração da Jornada das Comunicações Sociais, cujo tema deste ano é “Silêncio e Palavra: Caminho de Evangelização”.

O Santo Padre indicou que o silêncio “é parte integrante da comunicação, um lugar privilegiado para o encontro com a Palavra de Deus, e com nossos irmãos e irmãs”.

Por isso, o Papa convidou a todos “a orar para que a comunicação, em cada uma de suas formas, sirva sempre para instaurar com o próximo, um diálogo autentico, baseado no respeito recíproco, a escuta e o compartilhar”.

Ao final de sua catequese o Santo Padre dirigiu algumas palavras aos peregrinos lusófonos: “Saúdo os peregrinos de língua portuguesa, em particular o grupo brasileiro da paróquia Nossa Senhora Aparecida de Piabetá, a quem agradeço o apoio espiritual e material que dão ao meu serviço de Sucessor de Pedro. Sobre todos invoco os dons do Espírito Santo, para serem verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, fazendo jorrar a sua Vida no meio das respectivas famílias e comunidades, que de coração abençôo”.

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