19 de mar. de 2011

Ainda sobre o Bolsa-Gay

Depois de escrever este artigo, uma amiga me chamou no canto. Leu meu artigo e me deu algumas dicas, além de fazer algumas menções. Acolhi com muito carinho e cuidado. A partir do que ela me disse, resolvi escrever estas linhas para que algumas coisas se esclareçam e para que outros leitores não venham a ter dúvidas sobre o que eu realmente critiquei no referido artigo, bem como sobre o que eu penso a respeito do tema.

O que eu tenho observado é que o que estamos vendo no Brasil não é legislar o direito do gay, mas impor à nação que devemos aceitar o homossexualismo sem discutir. Querer impor a estudantes que estão em formação de personalidade uma prática que estão considerando normal não é a saída (ao menos para mim, como educadora, não procede). Ademais, TODA PESSOA, independente do seu credo, cor, raça, "opção" sexual DEVE ser respeitada. Só que não é isso o que está ocorrendo. O que ocorre é que decidiram IMPOR uma desconstrução de heteronormatividade. Trocando em miúdos: hoje, para a nossa sociedade, ser APENAS hetero não é mais normal. Mas da onde tiraram isso? Até hoje NINGUÉM, nenhum cientista, conseguiu provar a origem fiel do homossexualismo. Uma hora é opção, outra hora é descendência psicoistórica, outra hora é isso e aquilo... E enquanto eles não decidem isso, eu, como Mãe, sou vedada a dizer ao meu filho que homossexualidade não é algo natural porque o Governo disse. Então é assim que as coisas andam? Isto é liberdade de expressão? Não. Para mim, pelo menos, não é o que parece.
Eu tenho para mim o seguinte: se o sujeito quer viver sua homossexualidade, vá lá. Eu não tenho nada a ver com isso. Só pago as minhas contas. Cada um sabe de si e responderá pelo que fizer. Mas daí dizer que não posso, de forma alguma, nadar contra isso, já é o fim da picada. E mesmo que queiram tapar o sol com a peneira, a gente está vendo sim uma construção de uma ideologia em cima do homossexualismo (e eu, sinceramente, a partir de alguns gays que conheço, não acredito que seja um ideal real de todo o mundo homossexual, e sim, de alguns militantes. Aliás, até entre os gays há conflito sobre esse assunto). Que se deva abondanar toda espécie de agressão a um homossexual por que ele é homossexual, eu compreendo perfeitamente e APOIO. Porém, não admito que isso se faça vetando os meus direitos.
 E eu também não acredito que o fato de alguém ser homossexual o torna um criminoso. Tenho amigos que o são, eu os conheço bem e sei que são pessoas de bom coração. Minha crítica, não são aos homossexuais, mas ao SISTEMA que quer impor uma ideologia a toda a sociedade. Esta mania do politicamente correto já está interferindo na maneira como o ser humano enfrenta a verdade dentro da sociedade. Até na educação familiar há interferência - vide a tal lei da palmada. O Brasil não tem que ficar criando mais leis em cima de rótulos. O Brasil precisa fazer valer as leis que já existem. Até quando a gente vai ver uma remontação de leis, de isso e aquilo enquanto os verdadeiros direitos não são postos em prática? É ao Governo, ao Sistema que critico. É isso o que me aborrece. Se a pessoa decidiu - ou sei lá eu como é que se define isso - ser homossexual, isto já não é problema meu. Porém, será problema meu quando esta opção, ação ou sei-lá-eu-o-quê passar a ditar as regras dentro da minha casa ou sala de aula, porque já estará interferindo com os meus valores, com a forma como eu enfrento a sociedade e da maneira como eu transfiro isso.
Por fim, devo dizer que eu também me sinto bastante magoada em ver que porque eu sou católica eu tenho que engolir um monte de coisas que o Governo quer que eu engula. E não só eu, como a qualquer outra pessoa que se sinta impedida de dizer algo porque pensa completamente diferente das regras que se estão ditando (e que nem por isso são cristãs). E nós sabemos bem que leis que impeçam qualquer tipo de preconceito a um cristão (alá "Cristãofobia") não serão criadas.  E até as que já existam, como em tudo neste país, não são tão postas em práticas como deveriam. Até porquê, à nossa sociedade, ser cristão é o mesmo que ser um fanático, um atrasado intelectual, um adorador de tabus, um preconceituoso e etc e etc.  Então, como cidadã civil, quero dizer que é hora de o Governo parar de expor a sociedade em uma guerra ideológica e passar a trabalhar com as pessoas a partir do que elas são (leia-se: pessoas, seres humanos, gente!), e não do que decidiram ser. Somos gente e queremos ser tratados como gente. Jogar o peixe numa piscina cheia de piranha e vê-las se matando não será a solução. Mas parece que o nosso Governo quer ver o circo pegar fogo. E está dando certo.

PS: Não estou pedindo a ninguém que concorde comigo, só não quero ser impedida de pensar sobre tudo.

0 comentários:

Postar um comentário