30 de jun. de 2011

Será que amo corretamente as pessoas e a Igreja?


Você já parou para pensar na sua forma de amar? Pensa ai nas pessoas, coisas e instituições que você ama? Será que o seu amor é um amor que edifica o ser amado?

Nos últimos dias estou acompanhando uma pessoa que têm sofrido muito por ver sua mãe em uma clínica de recuperação de dependentes químicos. Chora por saber que sua mãe esta em um lugar confinado, em uma vida ascética, tendo que obedecer muitas regrinhas de vida comunitária e sem poder se divertir. Realmente as clínicas de recuperação têm estas características “radicais” e até compreendo a razão de ser de tantas lagrimas.

Mas o centro da questão é o seguinte: Será que esta pessoa chorava e sofria tanto quando sua mãe estava se “divertindo” nos bares, enchendo a “cara” de cervejas, vinhos e até mesmo cachaça? Se embriagando, chegando de madrugada em casa e sendo abusada por “amizades interesseiras”? Não, não existiam todas estas lagrima. Mal, mal uma leve preocupação.

A pessoa sofre absurdamente ao saber que sua mãe esta se recuperando em uma clinica e não sofria tanto quando via sua mãe se matando nos bares. Que amor é este? É o amor doente. A Filáucia. Um amor que em nada edifica o ser amado. Se você quiser entender mais sobre este amor doente escute esta palestra do Padre Paulo Ricardo:

Espero em Deus que a alma desta pessoa seja curada para que consiga amar de forma ordenada e edificante sua mãe.

Refletindo nesta situação cheguei à conclusão que existem em muitas almas um amor doente pela Igreja. Tenho visto muitas pessoas doentes de filáucia no contexto eclesial.

Vamos de exemplo para ficar mais claro. Algumas pessoas ficam revoltadas quando alguém denuncia um herege que está na hierarquia da Igreja, todos nós sabemos que os hereges na hierarquia fazem um mal terrível para as almas, porém o “falso amor” faz com que exista um diabólico silencio que em nada edifica o Corpo de Cristo.

Sempre se escuta o seguinte: “odeio quem fala mal de Padres”, “Estes leigos deveriam se colocar nos seus lugares” ou “não aguento mais este povo que dividi a Igreja”.

Querem uma falsa união e uma falsa paz na Igreja tal como o filho do caso acima queria uma falsa liberdade para a mãe. A igreja neste caminho se torna amiga do relativismo e da mentira. Isto é um absurdo e que acontece muito na nossa realidade.

Querem o bem da Igreja. Mas que bem é este que omite a verdade? Que bem é este que dá liberdade para mentirosos falarem o que querem em nome da Igreja? Um bem desvinculado da verdade e da clareza só tem poder de destruir.

Satanás é o “bom macaco” que sempre desvirtua as coisas de Deus, o desgraçado consegue fazer com que estejamos mergulhados em vícios achando que somos virtuosos.

Convido os leitores a pensar na forma com que tem amado as pessoas e a Igreja. É um amor que edifica ou é um amor “superprotetor” que só faz mal para o ser amado? Vale a pena parar e refletir.

Bruno Cruz

@bhcvida

2 comentários:

  1. Bruno a Paz de Cristo!
    Irmão que partilha abençoada...estava doente e não sabia!
    Falava de Deus, estava com Deus, mas não Amava como Deus.
    É enquanto estava escrevendo aqui agora pensei que;
    Quando me converti eu me assemelhava ao filho prodigo, mas hoje me tornei o filho mais velho, vivo com o pai, trabalho para o pai, mas não amo como o pai, irmão.(descobri a tempo, ainda estou vivo e posso mudar).

    mas na verdade, vim aqui para dizer que não consegui abrir o link do padre Paulo Ricardo, que voce colocou aí. Qual é titulo da formação? que procuro no site...

    A ternura de Maria a mãe de Deus!

    ResponderExcluir
  2. Eduardo,
    Deus seja louvado pela graça de Deus na sua
    vida através do artigo.
    O tema da palestra é Filáucia.
    É a segunda palestra do curso de doenças
    espirituais.
    Abraços irmão!

    ResponderExcluir