7 de dez. de 2011

CNBB nega acordo com Marta Suplicy, mas não se impõe

Conforme informou o site da CNBB, ( http://www.cnbb.org.br/site/imprensa/noticias/8262-nota-de-esclarecimento-sobre-projeto-de-criminalizacao-da-homofobia ) o Cardeal Raymundo Damasceno Assis alegou que a CNBB não fez acordo algum com o PT, mas que está aberto a um diálogo fraterno pelo bem da pessoa humana. Segue a nota abaixo:


NOTA DE ESCLARECIMENTO

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

Brasília, 07 de dezembro de 2011


A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por fidelidade a Cristo e à Igreja, no firme propósito de ser instrumento da verdade, vem esclarecer que, atendendo à solicitação da senadora Marta Suplicy, a recebeu em audiência, no dia 1º de dezembro de 2011, e ouviu sua apresentação sobre o texto substitutivo para o PL 122/2006.

A presidência da CNBB não fez acordo com a senadora, conforme noticiou parte da imprensa. Na ocasião, fez observações, deu sugestões e se comprometeu com a senadora a continuar acompanhando o desenrolar da discussão sobre o projeto. Reiterou, ainda, a posição da Igreja de combater todo tipo de discriminação e manifestou, por fim, sua fraterna e permanente disposição para o diálogo e colaboração em tudo o que diz respeito ao bem da pessoa humana.




Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB

O irritante ao ler esta nota é a mornidão, o medo e a falta de autoridade na qual a CNBB vem se mostrando diante deste assunto. Se fosse para emitir uma nota tão fria, tão sem defesa da honra de Nosso Senhor Jesus Cristo e Sua Igreja, algo do tipo "não quero assumir que fiz o acordo", mas praticamente defendendo o direito à lei, melhor, então, que não tivesse feito nota!

Diferentemente do Pastor Silas Malafaia, do Pe Paulo Ricardo, de Dom Luiz Bergonzini, Olavo de Carvalho e Júlio Severo, a CNBB, enraizada na Teologia da Libertação, deixou claro em sua nota que não tem acordo algum (no momento!), mas que está aberta a um diálogo a fim de combater todo tipo de discriminação.

O que será que o Cardeal Damasceno quis dizer com discriminação? Será que ele entende que se a PCL 122 for aprovada os cristãos não poderão se manifestar? Será que ele sabe que se esta lei, que será votada no dia de guarda, dia da Imaculada Conceição da Virgem Santíssima, for aprovada, nós, cristãos, jamais poderemos emitir qualquer julgamento a respeito da homossexualidade, enquanto gays continuarão a julgar o Papa, a mim, a você e a qualquer tipo de cristão?

Senti falta de um verdadeiro furor evangélico nesta nota da CNBB. Queria vê-la denunciando a mentira e exaltando a verdade, bradando o Evangelho aos quatro ventos. Mas o que eu noto é uma CNBB cada dia mais covarde. Cada dia mais reclusa.

Que vergonha!

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